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terça-feira, 12 de maio de 2015

Alerta Total




Alerta Total


  • A merda ainda é pequena no Brasil 
  • Dilma escala Temer para conter rebeldia no PMDB e evitar vexame da recusa ao nome de Fachin ao STF 
  • A Anta Insepulta 
  • 15 anos da LRF 
  • A Revolução através das Togas 
  • Destruição Física no Comunismo e no Nazismo 



Posted: 11 May 2015 12:00 PM PDT








2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






Se o Pep Guardiola pede desculpas e reclama que é uma merda ser considerado o melhor treinador de futebol do mundo (ele hoje dirige o Bayer de Munique, mas cansou de ser campeão pelo Barcelona), imagina o que não devem estar reclamando os membros da cúpula petista, que formam um mais incompetentes, ineficientes e corruptos desgovernos do mundo.






Merda de verdade é o doleiro Alberto Youssef soltar o verbo na CPI da Petrobras, confirmando sua crença-denúncia de que todos no Palácio do Planalto sabiam de tudo de errado, irregular e ilegal que acontecia na maior "estatal" brasileira, e nada de realmente grave acontecer em função do que foi dito por ele. Mais merda ainda é que Youssef negou que o próprio "Palácio do Planalto" coordenasse o esquema...






A imprensa faz alarde. Mas a repercussão não significa que nada concreto aconteça contra a bandidagem política. Eis o real tamanho da nossa cagada institucional: Será que só o juiz Sérgio Moro funciona e condena alguns bandidos, enquanto outros peixes grandes permanecem impunes, tirando onda com a cara de todo mundo?






Youssef reiterou que o líder do esquema era nomeado pelo Palácio do Planalto, e garantiu que tudo serviu aos interesses do partido (PT) e automaticamente aos partidos da base aliada: "Com certeza, eu não era o líder dessa organização criminosa. Isso começou lá atrás, quando Paulo Roberto Costa foi posto como diretor da Petrobras. Eu fui engrenagem. No primeiro momento, o líder era o (ex-deputado morto José) Janene. Quem nomeia é o Planalto".






Agora, merda de verdade é o que o empresário Ricardo Pessoa - apontado como o coordenador do "Clube de Empreiteiras" - pode denunciar ao juiz Sérgio Fernando Moro. A expectativa é que Pessoa seja mais um a aderir ao sistema de "colaboração premiada". Se ele falar realmente tudo que sabe, aí sim, com certeza, mais merda estará formada...






A verdadeira merda, no entanto, é que, apesar de tanta cagada, tudo demora demais para ter um desfecho contra os criminosos - principalmente aqueles que contam com a proteção de muito dinheiro que roubaram e a poderosa blindagem gerada pela força política.






A merda ainda é uma pequena merda no Brasil. É por isso que, quem pode, já está comprando sua casinha milionária em Miami. Os rentistas tupiniquins já estão imitando os colegas venezuelanos, que preferiram correr do pau da ditadura chavista, em vez de encarar o monstro de frente. Quando o modelo bolivariano se apossar do Brasil - e não estamos longe disto -, aí sim as "zelites" vão conhecer o tamanho e o volume da merda...






Até lá, vamos aguardar para ver quem vai rir no final: o Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, ou seu desafeto predileto, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Quem sobrar terá a honra de apertar a descarga do grande vaso sanitário em que Bruzundanga foi transformada pela irresponsabilidade de uma oligarquia e pela passividade de um povo historicamente idiotizado e escravizado.






País em que sobram exemplos de impunidade só pode se transformam em um cenário permanente para o crime institucionalizado, sendo o paraíso perfeito para grandes gênios delinquentes ou para marginais de quinta categoria que apavoram, assaltam, sequestram e matam as "zelites" ou os moradores do andar de baixo da escala social...






A merda ainda é pequena. Vai faltar papel higiênico para escrever o que vai restar da história...






Vai um lanchinho?









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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 11 de Maio de 2015.




Posted: 11 May 2015 03:37 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






O desgoverno faz um esforço concentrado de bastidores nesta segunda-feira, entre senadores, para impedir aquele que pode ser o maior desastre institucional dos últimos tempos: a rejeição do nome do jurista paranaense Luiz Edson Fachin para a vaga deixada por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Dilma Rousseff, que já teve oito grandes derrotas no Legislativo, ao longo de três meses, não aceita sofrer mais uma no Senado, onde o presidente Renan Calheiros promove um mordaz jogo de gato e rato com o Palhasso do Planalto.






Até espalhar que o "doutor Fachin" é grande amigo do popular juiz Sérgio Moro, tido como algoz dos petistas nos processos da Lava Jato, tem sido um argumento curioso para convencer senadores a referendarem o nome dele. Dilma também apela até para outro parlamentar que sempre se posicionou como "opositor sistemático", mas que agora é um dos principais "padrinhos" da indicação de Fachin ao STF. O senador tucano Alvaro Dias até conseguiu uma nova "nota técnica" do Senado para garantir que Fachin não cometeu ilegalidade alguma enquanto acumulou a advocacia privada com o cargo de procurador do Estado do Paraná, entre os anos de 1994 a 2006.






O novo parecer contraria o que foi escrito, semana passada, pelo consultor do Senado, João Trindade Cavalcanti Filho, concluindo que Fachin desrespeitou o impedimento imposto pela Constituição Estadual do Paraná para o exercício da advocacia particular com a função de procurador (advogado) do Estado. A polêmica entre os pareceres marcará a terça-feira quente no Senado, onde tudo pode acontecer. A aposta mais segura é que a aprovação de Fachin custará bem cara ao desgoverno Dilma... O vice-Presidente Michel Temer é, novamente, o grande encarregado de negociar a aprovação de Fachin, contendo a rebeldia dentro do PMDB.






Paneladas infames





Releia o artigo de domingo: Os filhos da mãe sempre jogam juntos






Pérola da Rose











O Globo revelou e-mail enviado pela amigona de Lula, Rosemary Noronha, em 18 de novembro de 2009, manifestando preocupação com a bebedeira de jovens nos arredores de uma universidade particular, em São Paúlo.






Brasil secretíssimo






Reportagem de O Globo revela que o governo federal mantém pelo menos 11,4 mil documentos ultrassecretos.






Desses, 11,3 mil foram produzidos pelo Ministério das Relações Exteriores a partir de 1983.






É como se a diplomacia produzisse uma informação sigilosíssima por semana.






Morte da Transparência






A Lei de Acesso à Informação, criada para garantir a transparência na coisa pública, estabelece que documentos públicos podem ter três graus de sigilo: além do ultrassecreto, há o reservado, que só pode ser divulgado após cinco anos de sua produção; e o secreto, protegido por 15 anos.






Só nos últimos dois anos, 110 documentos foram classificados pelo Itamaraty com o mais alto grau de sigilo previsto na legislação.




Documentos com esse grau de proteção só podem ser divulgados 25 anos depois.





Sem resposta






Cadê a CUT para defender os trabalhadores dos efeitos negativos do arrocho fiscal do Levy?






Cadê a UNE para defender os estudantes que foram vítimas do corte criminoso do FIES?






Resposta: CUT e UNE estão mais preocupadas com a eleição de Lula, em 2018...






Recado do Mourão






Nas redes sociais, um grande desafio do domingão das mães foi interpretar o que disse - ou deixou nas entrelinhas - o comandante militar do Sul, General Antonio Mourão, em entrevista ao jornal paranaense Gazeta do Povo:






"O Exército se posiciona de uma forma muito clara, de acordo com a missão que nós temos. Uma das nossas missões é a GARANTIA dos poderes constitucionais - Constituição, no Artigo 142. O Exército, com as demais Forças Armadas, estará PRONTO para manter as instituições em funcionamento. O Exército NÃO vai assumir o PODER, não vai fazer nada disso. O que vai fazer é MANTER as instituições; garantir que o Executivo, Legislativo e o Judiciário funcionem. Isso é manter a DEMOCRACIA".






Os defensores da Intervenção Constitucional gostaram do que o General de quatro estrelas (aparentemente nenhuma do PT) falou...






Eleição no inferno













Emboladores Caju e Castanha versejando sobre o mote "A eleição no inferno". Imperdível...






Significado do robalo











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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 11 de Maio de 2015.




Posted: 11 May 2015 03:33 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Defenestrada será por catapulta a Anta amestrada e pouco culta.






Como seis ou meia dúzia igual resulta, depois do episódio acima dito, teremos o governo de um vampiro, de quem distância prudente, sugiro, deve tomar pessoa inteligente.






O hematófago tem padrinho inglês e morde só um de cada vez.






Primeiro os que lhe possam fazer sombra; depois um inimigo ou simples desafeto, mais tarde o amigo predileto.






Como o Daniel excelso não soube, sabe lidar com leões, jovens, velhos ou desdentados por problemas com delações.Talvez haja ainda um cadaver mal enterrado por um personagem do passado, que possa ser útil no futuro, na hora de descer do muro.






Tem a temer por sua idade, só as tentações da vaidade.






Se a fruta ainda está um pouco verde - espere - porque quem tudo quer tudo perde.









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 11 May 2015 11:53 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Henrique Abrão






Festejamos sem muitos barulhos e rojões os quinze anos de vigência da lei de responsabilidade fiscal, tida no começo como uma legislação moderna e inovadora, hoje é colocada em dúvida com as pedaladas fiscais, o endividamento público e o descompasso entre o orçamento e a receita propriamente dita.






O governo federal receoso de que não conseguiria cumprir a lei de responsabilidade fiscal mudou sua fórmula por meio de mais uma manobra, a fim de não se demonstrar o grande rombo que hoje traz à baila o chamado ajuste fiscal. E nem seria preciso cogitarmos dele se a lei fosse seguida e cumprida à risca.






Não são tantos os casos de condenações, mas as cortes de contas tem tido um enorme e imenso trabalho de inserir cada comuna e estado, as administrações diretas e indiretas dentro da tessitura da regra de responsabilidade fiscal.






O viés é um tanto desproporcional, pois que não há força alguma para se deter o avanço da administração indireta e cortar na própria pele os gastos desnecessários e os contratos administrativos com superfaturamento. 






Pensávamos que, com a ordem jurídica fiscal em dia, os nossos administradores não tergiversariam e teriam mais escrúpulos em lidar com seus conceitos e preceitos, na circunstância de saber gerir as contas públicas dentro dos valores orçamentários recebidos dos contribuintes.






Infelizmente não foi o que se viu. Isso porque no momento da economia em crescimento o orçamento também acresce, mas quando ocorre contrário, na desaceleração do produto interno bruto, da criação de empregos e estratégias de investimentos do capital estrangeiro, as finanças não suportam.






Não é inexplicável pois as greves que pipocam nos quatro cantos do país e a baixíssima qualidade do serviço público, em três focos essenciais: saúde, educação, e cultura.






Na saúde pouco ou nada a se falar, com a propagação da dengue em vários e diversos estados da federação. A previsão com a vacina não dá sinais de otimismo. Na educação continuamos ainda em marcha ré e o descontentamento geral dos professores. Na cultura também um ponto negativo, pois teríamos que incentivar uma leitura de boa qualidade, teatros, orquestras, e espetáculos, cuja maioria da população infelizmente não pode frequentar.






Convivêssemos com bons números orçamentários, a terrível lei de responsabilidade fiscal não seria tão destratada e colocada a reboque. Invariavelmente os administradores públicos sucateiam e quando saem deixam zerado e vazios as suas burras. Esses limites criados pela Lei e regras específicas são muito alentadores, mas depois de quinze anos o bom exemplo não vingou, qual seja a União.






O governo central gasta desenfreadamente e por meio de uma centralização inaceitável, redistribui os tributos para estados e municípios nos fundos de participação, porém os trilhões arrecadados ao longo de cada exercício fiscal não são capazes e necessários para reduzirmos os déficits e melhorarmos as condições de vida da população.






Em Nações de primeiro mundo a tributação é racional e proporcional aos custeios dos serviços, mas a grande diferença é que os percentuais são direcionados aos planos orçamentários aprovados sem maquiagens, e o embelezamento das cidades é incrível, não faltam remédios, água, transporte público de qualidade e opções de lazer e entretenimento.






O balanço que fazemos do aniversário de quinze anos da lei de responsabilidade fiscal é de equilibrio e mudança, mas para que isso ocorra precisaremos de dupla mudança, a tributária e também orçamentária, com a distribuição mais equitativa daquilo que se arrecada, principalmente eliminando os tributos de gêneros alimentícios e aumentando a concorrência empresarial.






No ano de 2000 nascia a lei de responsabilidade fiscal, mas o gestor público jamais estará conscientizado de sua importância e grandeza. Daí a imperativa necessidade de uma boa fiscalização, responsabilização e mudanças pontuais para adaptação ao quadro declinante da economia contemporânea.









Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.




Posted: 11 May 2015 03:31 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Percival Puggina






Só não vê quem não quer: um STF onde não existam liberais nem conservadores, onde todos, num grau ou noutro, sejam "progressistas" ou marxistas, selecionados a dedo pelo mesmo partido, é uma revolução através das togas. Dispensa luta armada ou desarmada, dispensa Gramsci, movimentos sociais, patrulhamento. Bastam onze homens e seus votos. E tudo fica parecendo Estado de direito.






A bússola das decisões normativas sobre a vida nacional, sobre os grandes temas, está saindo do Congresso, onde opera a representação proporcional da opinião pública. Aquela história dos três poderes, este faz a lei, aquele executa e aquele outro julga - lembra-se disso? - vai para as brumas do passado. Há mais de três décadas estão sendo transferidas para o Judiciário deliberações que vão do acessório ao essencial, do mais trivial ao mais relevante. Já escrevi muito sobre tal anomalia e percebo que a migração prossegue, através dos anos, com determinação e constância.






A judicialização da política, braços dados com o ativismo judicial, causa imensas preocupações cívicas. Opera uma revolução silenciosa. Não usa barracas de campanha, não cava trincheiras e não precisa de arsenais. Ataca a partir de luxuosos gabinetes. Reúne-se em associações e congressos de magistrados militantes. Seu material bélico está contido em meia dúzia de princípios constitucionais que disparam para onde a ideologia aponta.






O QG dessa conspiração sofreu uma derrota, terça-feira, com a aprovação da PEC que postergou para os 75 anos a aposentadoria compulsória dos magistrados. Mas isso não resolve o problema diante do mal que atacou o caráter republicano da nossa democracia - o instituto da reeleição - cortando o movimento pendular do poder. Se o Congresso, e especialmente o Senado, não reagir, se for aprovada a inacreditável indicação do Dr. Fachin (que até o Lula teria achado "basista" demais), se aprofundará o abismo entre o pluralismo como inequívoco princípio constitucional e a composição do STF.




É algo de que, aparentemente, ninguém se deu conta. Pluralismo é pluralismo. Dispensa interpretação. É um severo princípio impresso no preâmbulo da Constituição. Como pode ele ser desconsiderado quando se trata de indicar membros para a mais alta corte do Poder Judiciário (isso para não falar nos demais tribunais superiores)? É admissível que os membros desse elevado poder expressem o ideário e os interesses de uma mesma corrente política? O que a presidência da República vem fazendo e o Senado aprovando é uma revolução branca, via totalitarismo judiciário. 






Toleraremos, aqui, o que já aconteceu na Venezuela?









Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+. Originalmente publicado no Zero Hora em 10 de maio de 2015.




Posted: 11 May 2015 03:30 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I.S. Azambuja






Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel, ou SS - a grande organização paramilitar pertencente ao partido nazista alemão – pronunciou, durante a II Guerra Mundial, numerosos discursos diante dos oficiais superiores e dos chefes de serviço da SS. O tom foi sempre o da exortação moral. Em um desses discursos, em 9 de junho de 1942, ele disse: "Há milênios é o dever da raça loura dominar a Terra e sempre lhe propiciar felicidade e civilização (...) No interior da sociedade, restaurar-se-á, assim, a ordem natural que quer que dominem os melhores, os mais duros, os mais puros, os mais cavalheirescos, cujos exemplos vivos são fornecidos pela elite da SS". Quando Himmler pronunciou esse discurso, os incuráveis, os deficientes, os alienados da 'raça' alemã estavam sendo eutanasiados clandestinamente nos hospitais e nos asilos.







Antes da comparação entre as experiências nazista e comunista, seis palavras devem ser recordadas: Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Foram os seis centros nazistas de extermínio industrial dos judeus. A seqüência era a de sempre: transporte, seleção na descida do trem, tatuagem de um número, câmara de gás ou fossa comum imediata para as mulheres, crianças e os inaptos para o trabalho. Não se pode pronunciar essas seis palavras sem que voltem à memória os documentos, as testemunhas, os estudos, as meditações, os poemas, os cantos, as preces que buscaram comunicar o incomunicável.







A destruição dos judeus europeus, segundo Raul Hillberg (*) deu-se em cinco etapas: a expropriação; a concentração; as operações móveis de assassinato; a deportação; os centros de extermínio. Segundo esse mesmo plano, a destruição comunista utilizou os quatro primeiros meios, mas acrescentou duas outras que o nazismo não teve necessidade: a execução judiciária e a fome.







A Expropriação – foi a primeira medida do poder comunista. Considera que o mal social tem suas raízes na propriedade privada. Como é preciso arrancar do povo a idéia de propriedade e submetê-lo completamente ao novo Poder, a expropriação de casas, contas bancárias, terra, gado, é uma conseqüência lógica. Aos poucos, as pessoas foram ficando apenas com suas roupas. O Direito, estando ligado à propriedade privada, desaparece subitamente, restando apenas as decisões 'jurídicas' do partido. Já na Alemanha nazista, a expropriação e a proscrição só afetaram inicialmente os judeus. Para os 'arianos', o Direito e a propriedade subsistiram, embora destinados a desaparecer também na lógica do sistema. 




A Concentração – A filtragem e o registro não eram feitos no regime comunista da mesma forma que no regime nazista. O nazismo encarava os judeus como pessoas físicas, focos individuais de infecção. Era preciso, então, encontrá-los, como se faz numa operação de desratização ou de combate a insetos, e o regime destinou a essa tarefa dinheiro, pessoal e meticulosidade.







O comunismo, por seu lado, se encarregava de uma tarefa mais ampla, porque mais vaga e com contornos pouco definidos. Ele devia destruir 'o inimigo do socialismo', 'o inimigo do povo'. Era necessário, em primeiro lugar, achar, sem causar dano, o inimigo previamente designado, o inimigo institucional: o rico, o nobre, o burguês, o capitalista, o camponês rico. Depois, era a vez dos que podiam abrigar sentimentos hostis, 'fora da linha', e até mesmo os indiferentes. Eles eram localizados no proletariado, no campesinato médio e pobre, na intelligentzia progressista e também no partido, no Exército e na Polícia. Esses inimigos escondidos não tinham características visíveis, nem marcas físicas como a circuncisão, e não pertenciam a uma comunidade bem delimitada. É preciso reconhecê-los, fazê-los confessar seus pensamentos escondidos, seus desígnios de sabotadores e eliminá-los. Era um trabalho contínuo... 




É essa a razão de os órgãos de repressão dos regimes comunistas serem mais numerosos que os órgãos encarregados simplesmente de levar os judeus aos campos de extermínio. Alguns milhares de policiais bastavam para a Gestapo, contra cerca de 500 mil da KGB. Só a Stasi, na RDA, passou a empregar bem mais gente que a Gestapo em toda a Alemanha. Segundo Raul Hillberg (1), bastaram dois anos (1941-1942) para que a 'solução final' fosse executada para cerca de três quintos do seu total. Para os órgãos soviéticos, a tarefa nunca foi concluída. De novembro de 1917 até o último dia – 25 de dezembro de 1991 - eles tiveram que fazer triagem, recensear, manter dossiês, filtrar e refiltrar toda a população. 




As operações móveis de assassinato – Cerca de um quarto dos judeus assassinados, talvez até mais, o foram por unidades especiais: os Einsatzgruppen e osKommandos, que avançavam atrás das tropas regulares e faziam as execuções. Unidades da Wehrmacht também fizeram, ocasionalmente, a mesma coisa. Essas 'operações móveis de assassinato' foram praticadas abundantemente pelos regimes comunistas. As chacinas a céu aberto acompanharam as reconquistas pelo Exército Vermelho, da Ucrânia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ásia Central. Além disso, elas foram maciças e sistemáticas durante a guerra camponesa, iniciada em 1910 e que durou até 1921. Contra os camponeses expropriados, submetidos à fome, e contra os cossacos – quase exterminados como povo -, o Exército Vermelho utilizou diversos métodos, desde tanques a gases asfixiantes. Os fuzilamentos a céu aberto recomeçaram durante a coletivização e, no transcurso do grande expurgo caminhões a gás foram utilizados. 




Na China, as execuções coletivas e públicas se multiplicaram várias vezes nos dois primeiros anos após a tomada do Poder, na época do Grande Salto para Frentee depois na Revolução Cultural. Elas aconteceram também na Coréia, no Vietnã e na Etiópia. Foi no Camboja, porém, que se tornaram mais maciças. Na falta de um equipamento moderno, as execuções eram realizadas com facas, martelos, machados ou porretes. 




A deportação – A deportação para os campos de trabalho foi inventada e sistematizada pelo regime soviético. O nazismo apenas a copiou; a palavra Lager é comum ao russo e ao alemão. Os primeiros campos foram abertos na Rússia em junho de 1918, cerca de seis meses após a tomada do Poder pelos bolcheviques. A deportação soviética foi um fenômeno mais amplo e mais complexo do que a deportação nazista. 
Na Alemanha havia diferenças informais entre os campos com mortalidade relativamente pequena (Dachau) e aqueles com mortalidade tão alta (Dora), que se aproximava do extermínio. 




Na URSS a gama é mais extensa e as categorias nitidamente separadas. Três podem ser distinguidas: a primeira, a deportação de povos inteiros – tártaros, chechenos, alemães do Volga – ou categorias 'sociais'inteiras: os 10 milhões de kulaks. A segunda categoria foi a deportação para campos de trabalho. O Gulag tornou-se uma vasta construção administrativa que encontrou a sua forma clássica nos anos 30. Ela foi capaz de gerar uma notável parcela – estima-se em 11% - da força de trabalho do país. 




Os detalhes concretos são os mesmos, tanto no nazismo como no comunismo, tanto em Kolyma como em Auschwitz: o roubo generalizado, o cada um por si, o esgotamento físico, a lenta ou muito rápida degradação moral, o mesmo acampamento, as mesmas trapaças para fugir do trabalho, o mesmo sono, os mesmos sonhos. Para se designar o detento que chegou ao fim de suas resistências, já não se defende mais e vai morrer, no campo nazista se dizia muçulmano, e no campo soviético,dokhodiaga. 




Algumas variantes: em Kolyma os mortos não eram incinerados num forno crematório mas, no inverno, eram empilhados, em grupos, com uma etiqueta presa no dedão do pé, esperando que o degelo permitisse cavar as fossas. Nos Gulags, a mortalidade chegava a 30% ou 40% ao ano, o que, levando em conta a duração das penas e a longevidade do regime soviético, chega às raias do extermínio, embora esse extermínio não fosse imediato, no estilo de Treblinka. 




A terceira categoria: em torno do Gulag estendia-se uma zona de trabalho forçado e de residência vigiada. A mão-de-obra era empregada nos grandes canteiros de obras, barragens, canais e arsenais militares secretos. Os contornos eram indefinidos, como tudo o mais nos regimes comunistas. É por isso que o dissidente soviético Vladimir Bukovski, à pergunta 'Quantos prisioneiros há na URSS?', respondeu em tom de gracejo: '270 milhões'.







A execução judiciária e a fome foram dois procedimentos de execução que o nazismo não teve necessidade de utilizar.







A execução judiciária – O nazismo não a praticou contra os judeus, pois, em sua opinião, eles não pertenciam à espécie humana e não mereciam, portanto, nenhuma 'justiça'. Já, no comunismo, a execução (fuzilamento, tiro na nuca, enforcamento) deveria, em princípio, proceder de um exame jurídico, a fim de que o 'povo' pudesse reconhecer e condenar o inimigo declarado ou oculto. 




As execuções sumárias dos primeiros tempos foram progressivamente assumindo uma forma cada vez mais judiciária à medida que o aparelho – a prokuratura – se aperfeiçoava. Na época do chamado 'Grande Terror', que teve início em 1934, a confissão era buscada e obtida por diversos meios, sendo a tortura o mais simples. Nessa época, as pessoas esperavam ser presas porque viam desaparecer silenciosamente seus vizinhos e, à noite, mantinham sob a cama a trouxa de roupa de preso. 




A maioria dos países comunistas, democracias populares da Europa e sobretudo da Ásia, atravessou períodos desse tipo. Há razões para imaginar que Hitler se inspirou na idéia do 'Grande Terror'. A 'Noite dos Longos Punhais'– 1934 -, uma depuração relâmpago do partido nazista fez, talvez, 800 vítimas. Stalin multiplicou essa cifra por mais de mil.







A fome – A fome, diferentemente da penúria que foi constante, é um espectro reiterado que acompanha a história dos regimes comunistas. Ela está presente na Rússia, na China, na Etiópia, na Coréia. A fome é, na maior parte do tempo, uma conseqüência da política comunista, pois é da essência dessa política estender seu controle à totalidade de seus súditos. Não é tolerável deixar os camponeses se organizarem espontaneamente à margem do Poder. Ao expropriá-los, fazendo-os entrar nos quadros artificiais do Kolkoz, provoca-se inevitavelmente uma crise de subsistência. Não se pode, no entanto, dizer que o Poder desejava a fome como tal, mas foi esse o preço que ele aceitou pagar para atingir seus objetivos políticos e ideológicos. No Cazaquistão, a população foi reduzida à metade. 






Entretanto, houve casos em que a fome foi desejada e organizada com um fim preciso de extermínio. Foi o que aconteceu na Ucrânia durante os anos 1932-1933. O objetivo foi o de terminar não com uma resistência qualquer do campesinato, porque a coletivização já a quebrara, mas com a existência nacional do povo ucraniano. Falou-se a esse respeito e, com razão, de genocídio. Consentida como meio ou desejada como fim, a fome foi o procedimento mais mortífero da destruição comunista das pessoas. Ela responde por mais da metade dos mortos imputáveis ao sistema na URSS, e por três quartos, talvez, na China. 




Finalmente, o nome e o anonimato – Dos judeus exterminados pelo nazismo, conhece-se o número com uma precisão rigorosa pela pesquisa e pela piedade judaicas. Existem números que indicam o efetivo de cada trem, a data de sua partida. Os nomes foram preciosamente guardados e conservados. 




Dos mortos pelo comunismo, conhece-se apenas uma estimativa em uma aproximação em cerca de várias dezenas de milhões. A mostra admitida pelo Livro Negro do Comunismo vai de 85 milhões a mais de 100 milhões. 






Essa diferença terrível que faz com que uns, exterminados como animais, sejam honrados como pessoas, e os outros, assassinados talvez de forma mais humana – se é que isso é possível – sejam esquecidos como animais, não tem a ver somente com a piedade ou impiedade da memória. Ela tem a ver também com o fato de as pesquisas serem impossíveis ou proibidas na quase totalidade do território antes ou ainda hoje sob o domínio comunista, e ainda com a vontade geral de amnésia do comunismo e da hipermnésia (estado de excitação anormal da memória; e não hiperamnésia, conforme a tradução de Emir Sader) do nazismo. Tem a ver, finalmente, com a natureza de um e de outro. 






O nazismo procedeu por categorias determinadas, administrativamente delimitáveis, sucessivas (os deficientes físicos na véspera da guerra, os judeus, os ciganos...); o comunismo por dizimações vagas, simultâneas, aleatórias, podendo incidir sobre o conjunto da população submetida.







O modo de execução não é um critério de avaliação. É preciso resistir à tentação de julgar uma morte mais atroz em si mesma do que outra; nenhuma pode ser vista de perto. Ninguém pode saber o que sentia uma criança ao inalar o gás zyklon B ou ao morrer de fome numa cabana ucraniana. 




Uma vez que se matavam pessoas à margem de qualquer justiça, é preciso afirmar que todas elas morreram horrivelmente, tanto umas quanto outras, porque eram inocentes. E quando há Justiça é que se pode imaginar que algumas execuções são mais honrosas – a espada, por exemplo, mais que a corda. Mas uma vez que os extermínios do século foram alheios à idéia da honra, classificar os suplícios é impossível e indecoroso.







O texto acima é um resumo do capítulo A Destruição Física, do livro de Alain Besançon, "A Infelicidade do Século – sobre o Comunismo, o Nazismo e a Unicidade da Shoah", editado em 1998 na França e em 2000 no Brasil, fazendo uma comparação impressionante entre os assassinatos praticados por nazistas e comunistas.







(*) Raul Hillberg, A Destruição dos Judeus Europeus, 1985.





Carlos I.S. Azambuja é Historiador.



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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015