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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Alerta Total




Alerta Total


  • Dilma finge que aceita críticas pesadas de Lula - cada vez mais com medo de acabar preso na Lava Jato 
  • A Anta e o São João 
  • Carta Aberta a Augusto Nardes, do TCU 
  • Submissão deturpada 
  • Devidamente Advertido pela Direção da Petrobras 
  • MAG 
  • Estado, não se meta 
  • Monólogo do Comuna Feliz 
  • A KGB e o DGI na América Latina 



Posted: 24 Jun 2015 03:45 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






A confirmação de que o tesoureiro petista João Vaccari Neto ficará preso até seu julgamento, e a confirmação de Paulo Roberto Costa sobre o pagamento de propinas pela Odebrecht para conquistar contratos na Petrobras alimentaram a tensão sobre um desfecho desfavorável a Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. O risco de ter um pedido de prisão decretado pelo Juiz Sérgio Moro é concreto e objetivo.






Ao também ratificar que Antônio Palocci pediu dinheiro para a campanha de Dilma, Paulinho (como Lula o tratava intimamente antes de estourar o escândalo) agrava a situação já periclitante da cúpula petista no mega esquema de corrupção na Petrobras - que deve ter similares em outras estatais. Tudo deve piorar quando Henrique Pizzolato voltar extraditado ao Brasil, com alto risco de revelar novidades sobre os desdobramentos ocultos do Mensalão (um crime que não terminou, segundo provou o Petrolão).






Enquanto os petistas se borram, parece que, ao menos no jogo de cena da política, Dilma Rousseff entubou a crítica de Luiz Inácio Lula da Silva, o "comentarista do abismo" que proclamou que ele, o PT e o governo Dilma estão no "volume morto". Dilma minimizou ontem, para a imprensa, os ataques de Lula: "Todo mundo tem o direito de criticar, mais ainda o presidente Lula, que é muito criticado por vocês".






Mas o líder do (des)governo na Câmara dos Deputados pensa diferente. O deputado federal José Guimarães, irmão do José Genoíno, ficou pt da vida com as recentes broncas de Lula. Advertindo que falava como petista, e não como líder (dá para diferenciar?), Guimarães lascou a peixeira cearense no companheiro $talinácio:






"O Lula tem todo o direito de criticar o que ele quiser, ele é ex-presidente da República, não me estresso com essas coisas. Só posso dizer que a perspectiva do PT no Nordeste é muito boa. Quem fica apregoando essa história do PT está no fundo do poço, está no volume morto ou coisa que o valha... Vamos esperar as eleições. Já vi tantas previsões feitas e não realizadas, vamos aguardar 2016".






José Guimarães indicou o que pode salvar o governo Dilma e o PT: "Quem ganha a eleição é economia, é bolso, não é nada de outra coisa. Se a economia retoma o processo de crescimento em 2016, não tenho a menor dúvida que vamos sair bem. Tem muita água para rolar ainda, muita coisa a ser feita".






Quem mais bem avacalhou a suposta brinca interna dentro do PT, gerada por Lula, foi o vice-líder do PSDB na Câmara. O deputado federal Nilson Leitão ironizou a jogada do grande chefão da Petelândia: "O PT é o próprio presidente. Se o Lula mudasse de nome ele se chamaria PT. Agora, deu PT no Lula. Esse é o problema. E agora querem fazer essa mudança".







O Alerta Total repete por 13 x 13 para dar sorte: os recentes "sincerícídios" de Luiz Inácio Lula da Silva têm três evidentes intenções. A clara motivação estratégica é reconstruir o PT, de repente até mudando o nome do partido que desmoralizou a honradez, de olho no médio e longo prazos. Já o objetivo tático, nada fácil, é teatralizar uma autocrítica que permita a Lula se descolar do fracasso de Dilma, para uma tentativa de disputar a sucessão de 2018, ainda muito distante. Uma terceira jogada, não declarada, consiste em sensibilizar a militância para a guerra que pode ser gerada com uma eventual queda da Presidenta ou com uma nada improvável prisão do próprio Lula pela Lava Jato.






Em busca da Salvação











Estranha punição






Um empregado da Petrobras na Bahia recebeu uma estranha punição, alegadamente baseada no Código de Ética e Conduta da empresa, apenas porque escreveu um e-mail ao presidente Adelmir Bendine.






Oscar Cezar Ferreira Magalhães, Geofísico Sênior, pegou três dias de suspensão (23/06 24/06 e 25/06/2015) pela utilização do Lotus Notes.






Motivo real: o conteúdo da mensagem por ele enviada ao escalão máximo da Petrobras continha uma crítica ao patrocínio publicitário da estatal de economia mista à Parada Gay.
O Alerta Total publica, abaixo, a íntegra do documento enviado a Bendine, para comprovar que o Brasil sobrevive em uma ditadura sob o regime da Petelândia: Devidamente Advertido pela Direção da Petrobras






Direito e Justiça em Foco






Será que o Brasil tem jeito? Que perspectivas que podemos enxergar diante de uma crise política, econômica e moral?






Aqui no Brasil tem um Estado que não trabalha para a sociedade, ele não serve a sociedade, esse Estado se serve da sociedade!






Esse foi nosso pontapé inicial nestes dois blocos do programa Direito e Justiça em Foco, com o desembargador Laércio Laurelli, domingo passado (22 de junho 2015) na Rede Gospel.




















Vitrine Olímpica






A empresária Luiza Trajano acaba de sair da vitrine de seu Magazine Luiza para entrar em outra que pode gerar grandes desgastes políticos.


A "amiga" Dilma Rousseff nomeou Luiza como a nova presidente do Conselho Público Olímpico (CPO), depois de muito elogio em evento no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca:


"Uma pessoa de altíssima qualidade, mulher, empreendedora, batalhadora, sobretudo, com grande capacidade e eficiência".


Luiza Trajano substitui o ex-ministro Henrique Meirelles, que deixou o cargo em maio deste ano.


Para que serve?


O Comitê Público Olímpico é o órgão mais alto do organograma olímpico. 

O CPO é responsável por aprovar o orçamento apresentado pelos demais órgãos, as obras que serão executadas.


Também tira as dúvidas sobre as responsabilidades de cada esfera governamental em cada projeto olímpico.


O CPO reúne as principais autoridades envolvidas com os Jogos, como o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes, e os principais dirigentes do comitê organizador Rio 2016.


Vitrine Maçônica


No dia 13 de julho, às 10 horas da manhã, Luiza Trajano vai palestrar na reunião da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, que reúne representantes das Grandes Lojas Maçônicas, em São Paulo, do dia 9 a 14 de julho.


Luiza falará aos maçons até o maio dia, no primeiro pavimento do Pavilhão da Bienal Ibirapuera.


A empresária já tinha sido convidada pelo Grão Mestre Ronaldo Fernandes, que presidirá a CMSB, bem antes de ser nomeada "presidenta" do CPO...






Crise de Frouxidão











Oportunidade de emprego













Vaga para profissional que apresente habilidades para trocar lâmpada e que gosta de curtir paisagens

Serviço de manutenção tranquilo, que não exige hora extra, executado com toda segurança.






Quem se habilita para este trabalhinho nas alturas?






Colabore com o Alerta Total






Neste momento em que estruturamos mudanças para melhor no Alerta Total, que coincide com uma brutal crise econômica, reforçamos os pedidos de ajuda financeira para a sobrevivência e avanço do projeto.






Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente conosco poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades.

Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções:

I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão.

OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim.

II) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito).

III) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior.






Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!








O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Junho de 2015.




Posted: 24 Jun 2015 03:40 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Estampidos jamais ouvidos na história deste País, estão por um triz.






A quadrilha está pronta pra dançar no arraiá de Ritiba.






A situação periclitante está na sílaba faltante do local da lambança.






A banda furiosa está com tudo e não é prosa.






Só falta o noivo bebaço e a noiva com nervos de aço (a situação não é rosa não!). A galega de surpresa foi pega?






"Óia a chuva !"; "Balançando !"; " A cobra !". "Caminho da roça! Salve-se quem possa !"http://chapafria.bandcamp.com/track/salve-se-quem-possa






Todos estão no caminho certo; o de Santo Antão no deserto.






No arraiá da Petralhada, não falta quentão e sobra marmelada. 






E tem milho pra chuchu, pra quem não tomá no TCU






O padre é um japonês: Massariko Noku.






A Anta disse que vem à festa, mesmo com gente que a detesta.






Com desarranjo intestinal veremos o merdandante sujar o leito nupcial.






O vampiro está dividido: a Anta ou seu partido?






Entre o cabeleira e o porquinho prático, o povo caipira acha este mais simpático.






Mau mesmo é o cara de capa preta; com ele não tem mutreta.






Se ele mandar prender o pai da noiva Anta, acaba a festança do pilantra.






Porque o caminho da roça, de verdade, fica bem atrás da grade...









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 24 Jun 2015 03:39 AM PDT








Documento no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos






A Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos parabeniza o Senhor Ministro Augusto Nardes, relator do processo das contas públicas do Governo Federal referentes ao ano de 2014, pela coragem e precisão ao apontar as treze gravíssimas irregularidades que importam crime de responsabilidade fiscal cometido pela Presidente da República Dilma Rousseff, demonstrando à sociedade que nem todos os órgãos e instituições estão subjugados ao poder corruptor da máquina petista.






Desde já depositamos confiança plena neste Colendo Tribunal para rechaçar qualquer manobra do Governo e(ou) da Presidente da República no sentido de transferir a responsabilidade sobre as contas da Presidente Dilma para qualquer outro membro do Poder Executivo, pertencente ou não ao primeiro escalão, uma vez que a responsabilidade exclusiva sobre as contas é da própria Presidente, nos termos do art. 71, I da CF/88. 






Seguiremos atentos até a conclusão deste processo, na certeza de que a irresponsabilidade fiscal do Governo Federal em 2014 será definitivamente consignada com a reprovação das contas, por este douto órgão, no parecer técnico que seguirá para julgamento pelo Congresso Nacional.






Respeitosamente, 









Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos. 1. Acorde 2. Avança Brasil-Maçons.BR 3. Amazonas em Ação 4. Basta Brasil 5. BHCC - BH Contra a Corrupção 6. Brasil Melhor 7. Brava Gente Brasileira 8. Central das Manifestações 9. Chega de Impostos 10. Diferença Brasil 11. Eu Amo o Brasil 12. Face do Norte 13. Fora Dilma Vitória 14. IDE - Instituto Democracia e Ética 15. Jovens Transformadores 16. Levanta Sacode a Poeira 17. MBCC - Brasil Contra a Corrupção 18. MBR - Movimento Brasil 19. MCB - Movimento Cidadania Brasil 20. MEB - Movimento Endireita Brasil 21. Movimento Liberal Acorda Brasil 22. MPB - Movimento Pró Brasil 23. Movimento 31 de Julho 24. Movimento Civil 15 de Março 25. Movimento Cariocas Direitos 26. Movimento de Rua MS 27. Movimento dos Indignados 28. Movimento Guarulhos Livre 29. Movimento Muda Brasil 30. Movimento pela Ética 31. Movimento Quero Me Defender 32. Movimento Voz do Brasil 33. Nação Digital 34. Nas Ruas 35. Nós Somos Oposição 36. O Meu Partido é o Brasil 37. Organização Contra a Corrupção 38. Pátria Livre 39. Patriotas 40. QEP - Queremos Ética na Política 41. Que Brasil Nós Queremos? 42. Reage Brasil 43. UPB - Unidos Pelo Brasil 44. VPR - Vem Pra Rua 45. Xô Corrupção.




Posted: 24 Jun 2015 03:37 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Rogério Medeiros Garcia de Lima






Sou assinante e leitor diário do jornal Folha de S. Paulo. É um bom jornal, que pratica o pluralismo de opiniões e publica manifestações de leitores de variadas tendências.






Não obstante, li criticamente o editorial Submissão (Folha de S. Paulo, 14.06.2015). Enviei carta ao jornal na edição seguinte, publicada com o seguinte teor:






"Respeitosamente, discordo totalmente do editorial. Se há submissão no Brasil, é ao pensamento politicamente correto de viés esquerdizante. Quem ousa criticá-lo toma pancada impiedosamente, na imprensa ou nas redes sociais" (Folha de S. Paulo, 15.06.2015, seção Painel do Leitor).






Na edição subsequente, o leitor Maurício Rothberg, de Nova Friburgo (RJ), sem debater o cerne da minha manifestação, publicou carta de conteúdo agressivo:






"Rogério Medeiros Garcia de Lima reclamou do que chamou de viés esquerdizante do politicamente correto (Painel do Leitor, 15/6). Ora, a direita e grupos afins também usam dessa excrescência de linguagem quando seus símbolos são atacados. Evangélicos e católicos insultam os seguidores de outras religiões e os sem religião, mas logo se encrespam se recebem a mínima crítica. Consideram-se intocáveis" (Folha de S. Paulo, 16.06.2015, seção Painel do Leitor).






Basta reler a minha sucinta carta para verificar que, em nenhum momento, defendi "a direita e grupos afins" e nem sustentei que sejam "intocáveis".


Essa pequena polêmica, por si só, retrata fidedignamente a deturpação de ideias imperante no Brasil atual.






O que mostrarei neste artigo é a inadequada alusão, no editorial da Folha, ao excelente livro Submissão, do escritor francês Michel Houellebecq:






Submissão






Num futuro não muito distante, a aliança entre grupos políticos moderados e fundamentalistas religiosos obtém expressiva vitória eleitoral. Logo se estabelece, num país de tradições laicas e liberais, o predomínio da repressão, do obscurantismo e do preconceito.






Em "Submissão", polêmico livro de Michel Houellebecq recém-traduzido no Brasil, imagina-se o domínio de certa "Fraternidade Muçulmana" sobre o Estado francês.






O Brasil por certo não é a França retratada nesse romance, e se o fanatismo de alguns grupos traz perigo à sociedade ocidental, não há sinais de sua atividade em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Brasília.






Um espírito crescente de fundamentalismo se manifesta, contudo, em setores da sociedade brasileira –e, como nunca, o Congresso Nacional parece empenhado em refleti-lo, intensificá-lo e instrumentalizá-lo com fins demagógicos e de promoção pessoal.






O ativismo legislativo que se iniciou com a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, e que Renan Calheiros (PMDB-AL) não deixou de seguir no Senado, possui o aspecto louvável de recuperar para o Parlamento um padrão de atuação e de debate por muito tempo sufocado.






Essa aparência de progresso institucional se acompanha, porém, dos mais visíveis sintomas de reacionarismo político, prepotência pessoal e intimidação ideológica.






Tornou-se rotineiro, nos debates do Congresso, que este ou aquele parlamentar invoque razões bíblicas para decisões que cumpre tratar com racionalidade e informação.






Condena-se a união homoafetiva, por exemplo, em nome de preceitos religiosos e de textos – não importa se a Bíblia ou o Corão – que podem muito bem ser obedecidos na esfera privada, mas pouco têm a contribuir para a coexistência entre indivíduos numa sociedade civilizada e plural.






Muitas religiões pregam a submissão da mulher ao homem, abominam o divórcio, estabelecem proibições a determinado tipo de alimento, condenam o consumo do álcool, reprovam o onanismo, legislam sobre o vestuário ou o corte de cabelo.






Nem por isso se pretende, nas sociedades ocidentais, adaptar o Código Penal a esse tipo de prescrições, dos quais muitos exemplos podem ser encontrados no texto bíblico. Sobretudo, não é função do Estado legislar sobre a vida privada.






Ainda assim, num evidente aceno a parcelas crescentes do eleitorado, uma verbiagem religiosa toma conta do Congresso.






Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição constitucional brasileira. O conservadorismo sem dúvida é forte no Brasil; a pena de morte, a redução da maioridade penal, a rejeição ao aborto e à liberação das drogas têm apoio em larga parcela da população –e diante de tais assuntos, naturalmente, cada pessoa tem o direito de se posicionar como lhe parecer melhor.






Mas nossa sociedade também é, felizmente, mais complexa do que pretendem os mais conservadores. A tradição do sincretismo religioso, da liberalidade sexual, do bom humor, da convivência com pessoas vindas de todos os países e das mais diversas culturas, a prática do respeito, da cortesia e do perdão constituem elementos tão cultivados na identidade brasileira quanto o que possa haver –e indiscutivelmente há – de autoritário e violento em nosso cotidiano.






O debate entre essas forças contraditórias é constante e, a rigor, interminável. Não combina com o açodamento das decisões que, em campos diversos, têm sido tomadas na Câmara dos Deputados.






Seria equivocado criticar seu presidente por ter finalmente posto em votação algo que se arrastava há anos nos labirintos da Casa, como a reforma política. É inegável, entretanto, que Eduardo Cunha atropelou as próprias instâncias institucionais ao impor ideias como a do distritão na pauta de votações.






A toque de caixa, questões intrincadas como a do financiamento às campanhas eleitorais sofreram apreciações seguidas, e nada comprova mais a precipitação do processo do que o fato de que, em cerca de 24 horas, inverteram-se os resultados do plenário.






Uma espécie de furor sacrossanto, para o qual contribui em grande medida o interesse fisiológico de pressionar o Executivo, alastra-se para o Senado. No susto, acaba-se com a reeleição e se altera a duração dos mandatos políticos. O cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado.






No meio dessa febre decisória, há espaço para que o Legislativo comece a transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais duras e sabidamente ineficazes.






Setores políticos moderados se veem quase compelidos a conciliar-se com a virulência ideológica dos que consideram a defesa dos direitos humanos uma complacência diante do crime; dos que consideram a defesa do Estado laico uma agressão contra a fé; dos que consideram a racionalidade ocidental uma forma de subversão, e as conquistas do iluminismo uma espécie de conspiração diabólica.






Os inquisidores da irmandade evangélica, os demagogos da bala e da tortura avançam sobre a ordem democrática e sobre a cultura liberal do Estado; que, diante deles, não prevaleça a submissão.






Li, em abril de 2015, uma tradução portuguesa do romance do francês Houellebecq. Posteriormente foi lançada aqui a tradução brasileira. Tão logo me deparei com o editorial do diário paulista, verifiquei que aquele romance não respalda as críticas dirigidas aos deputados federais evangélicos.






Além do mais, aqueles parlamentares – goste-se ou não - foram democraticamente eleitos, têm um eleitorado fiel e sua bancada aumenta a cada eleição. Sinto-me a cavaleiro para opinar, porque não sou eleitor de nenhum deles e tampouco comungo de muitas ideias por eles apregoadas.






Em vez de criticá-los, portanto, é preciso perguntar a razão do seu sucesso em "impor" a dita "agenda conservadora".






Na verdade, desde a redemocratização de 1985 é imposto à sociedade brasileira o discurso politicamente correto, de viés esquerdizante, com maciço apoio da mídia.






Tradicionalmente, os políticos receavam confrontar esse discurso, embora ele destoe, não raras vezes, dos valores aspirados pela maioria dos brasileiros.






Os cidadãos, assim, passaram a se sentir representados pelos deputados evangélicos na defesa de valores familiares, religiosos, de segurança pública etc.






Michel Houellebecq – é bom lembrar - foi bastante criticado, em seu país, por suposta "islamofobia". 






Contudo, numa terrível coincidência cronológica, sobreveio, logo após o lançamento da obra na França, o sanguinário atentado perpetrado por terroristas islâmicos:






"Atentado mata 12 em jornal de Paris; Hollande chama ato de terrorista


Folha de S. Paulo, 08.01.2015, caderno Mundo






Atiradores atacaram a sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo, deixando 12 mortos nesta quarta-feira (7) em Paris, antes de escapar em um carro.












Entre os mortosestá o diretor da publicação, o cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb.






Gritando "Allahu akbar!" (Deus é maior) enquanto disparavam, os homens falavam um francês impecável e sem sotaque e usavam uma roupa em estilo militar, disseram testemunhas.






Fontes policiais disseram ter identificado os suspeitos como os irmãos franceses de origem argelina Said Kouachi,34, e Cherif Kouachi, 32, e Hamyd Mourad, um jovem de 18 anos cuja nacionalidade não foi revelada.






O jornal já sofreu outros ataques por publicar caricaturas de líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação, que fica perto do monumento da Bastilha, foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas sobre Maomé".






Pois bem, concluída a proveitosa leitura de Submissão, o leitor constatará que o romance não revela ódio preconceituoso contra islâmicos. Ao contrário, são tratados com moderação. 






Chegaram ao poder pelas urnas e tiveram apoio decisivo dos partidos de esquerda, para evitar que a extrema direita vencesse as eleições no segundo turno. Vejam o contraste para o qual não atentou o editorialista da Folha de S. Paulo. No Brasil as forças políticas e movimentos sociais de esquerda são ofensivamente críticos aos políticos evangélicos e igrejas a que pertencem.






Outra inusitada discrepância na ficção de Houellebecq é a dócil adesão de professores da Sorbonne e intelectuais ditos "progressistas" ao novo regime islâmico, mediante retribuição em polpudos salários, uso gratuito de confortáveis apartamentos e até permissão para poligamia (casam-se com mais de uma de suas jovens alunas, adaptadíssimos à tradição islâmica...).


Até mesmo o cético protagonista do livro, o professor e escritor François, adere ao Islã para ter um livro publicado.






Para mim, o grande mote do livro é a falência da civilização ocidental, como o personagem professor Rediger diz ao colega François (HOUELLEBECQ, 2015, p. 226-227):






"Essa Europa que era o ponto máximo da civilização humana pura e simplesmente suicidou-se, no espaço de quantas décadas. Houve em toda a Europa movimentos anarquistas e niilistas, apelos à violência, negação de qualquer lei moral".






E completa, mais adiante, falando da "submissão" (HOUELLEBECQ, 2015, p. 230):






"É a submissão. A ideia espantosa e simples, jamais expressa anteriormente com essa força, de que o máximo da felicidade humana reside na submissão mais absoluta".






Nada a ver, pois, com imposição. A submissão, no romance, é uma adesão facilmente consentida das esquerdas e da intelectualidade francesa à nova ordem islâmica (logo, conservadora). Essa nova ordem resultou da falência da civilização ocidental, que abriu mão de valores éticos.






E antes de ser enquadrado como "direitista", faço a minha defesa preventiva.






Como desembargador primeiro vogal, na 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, fiquei vencido em um julgamento, ao votar a favor da liberdade de imprensa:






"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CAUTELAR INOMINADA - JORNALISTA - PUBLICAR INFORMAÇÕES - UTILIZAÇÃO POR MEIO ILÍCITO Mesmo tendo o jornalista imunidade de imprensa, essa imunidade não dá direito ao jornalista de obter as informações também por meios fraudulentos. Finalmente, deve ser considerado que a Constituição da República diz que todos serão considerados inocentes até sentença condenatória transitada em julgado. Voto vencido. O artigo 220, caput e parágrafos, da Constituição Federal, consagra o princípio da liberdade de expressão e veda o embaraço à plena liberdade de informação jornalística e toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. "Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, pouco importando o Poder estatal de que ela provenha. Isso porque a liberdade de imprensa não é uma bolha normativa ou uma fórmula prescritiva oca. (...) A crítica jornalística em geral, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura. Isso porque é da essência das atividades de imprensa operar como formadora de opinião pública, lócus do pensamento crítico e necessário contraponto à versão oficial das coisas, conforme decisão majoritária do Supremo Tribunal Federal na ADPF 130"" (Supremo Tribunal Federal, Referendo na Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.451-DF, min. Ayres Britto, DJe 01.07.2011). A reparação de eventuais danos morais e materiais, decorrentes de abuso no exercício da liberdade de expressão deverá ser buscada pelas vias adequadas (des. Rogério Medeiros)" (Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Agravo de Instrumento nº 1.0567.11.000236-5/001, des. Antônio de Pádua, julg. 02.02.2012).






Em publicação acadêmica, defendi ações afirmativas, quando necessárias à correção de injustiças sociais históricas:






"(...) Segundo o historiador JOSÉ MURILO DE CARVALHO (2001), No Brasil, não se afirma a noção de cidadania. Somente a denominada Revolução de 1930 abriu caminho para os direitos sociais, que foram impulsionados após o golpe militar de 1964. No entanto, houve fortes constrangimentos aos direitos políticos, inteiramente suspensos de 1937 a 1945 (durante o Estado Novo) e bastante cerceados após 1964. Os direitos políticos e civis - e não os direitos sociais - são alvos mais frequentes de regimes políticos discricionários. Os direitos sociais ocupam posição central na percepção da população sobre a cidadania, embora não tenham colaborado sempre para o fortalecimento do Estado democrático. Após a redemocratização, se os direitos políticos completam sua expansão, os direitos sociais passam a sofrer ameaças e os direitos civis permanecem retardatários. Não se configura, realmente, um percurso bem-sucedido.






"Não destoa o contexto da América Latina, conforme JACQUES LAMBERT (1969:332):






'Sob uma forma ou outra, as constituições da América Latina têm sempre afirmado que os homens nascem livres e iguais e, como afirma a constituição do Uruguai, 'não há entre eles outra diferença senão a do talento e da virtude'. Nesses países que conheceram, todos, a escravidão no período colonial e que, por vezes, a conservaram por muito tempo após a independência, considerou-se necessário insistir na proibição de toda servidão involuntária. Pelo fato de que, no mais das vezes, as nações latino-americanas constituem sociedades plurirraciais, que conheceram, durante o período colonial, discriminações jurídicas em detrimento dos ameríndios, dos africanos, dos mestiços e dos mulatos, insiste-se, também, muitas vezes, na igualdade das raças'".






"Andaram bem o constituinte de 1988, o legislador ordinário e o Supremo Tribunal Federal ao consagrar, no Direito Brasileiro, as ações afirmativas.


"Em suma, José Saramago, no romance Todos os Nomes (1997), sintetizou bem o princípio da igualdade:






'Quanto maior é a diferença, maior será a igualdade, e quanto maior é a igualdade, maior a diferença será'" (GARCIA DE LIMA, Rogério Medeiros. As cotas raciais e o Supremo Tribunal Federal, publicado à Revista Eletrônica do Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte-MG, nº 18, 2012).






Como é moda atribuir rótulos às pessoas no Brasil contemporâneo, eu sou defensor da liberdade, da democracia, da justiça social, do desenvolvimento nacional e da proteção devida pelo Estado também – e principalmente - às pessoas de bem.






Sigo, enfim, o jurista romano Ulpiano, para quem os preceitos do direito são viver honestamente, não ofender ninguém e dar a cada um o que lhe pertence:






"Juris praecepta sunt haec: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere" (PIMENTA, 1963, p. 375).






Se isso for "extrema direita", paciência...






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS






CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2001.


GARCIA DE LIMA, Rogério Medeiros. As cotas raciais e o Supremo Tribunal Federal, publicado à Revista Eletrônica do Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte-MG, nº 18, 2012, disponível em http://npa.newtonpaiva.br/direito/?page_id=20.


HOUELLEBECQ, Michel. Submissão. Lisboa: Alfaguara, trad. Carlos Vieira da Silva, 2015.


LAMBERT, Jacques. América Latina: estrutura social e instituições políticas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, trad. Lólio Lourenço de Oliveira, 1969.


PIMENTA, Joaquim. Enciclopédia de Cultura. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, vol. II, 2ª ed., 1963, p. 375.


SARAMAGO, José. Todos os Nomes. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.









Rogério Medeiros Garcia de Lima (Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Doutor pela UFMG, professor universitário).




Posted: 24 Jun 2015 03:35 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por José Netto






As paradas gay tem fracassado ano após ano, com públicos decrescentes e perda de patrocínios. 

Números: Segundo os dados publicados na mídia, o público de 220 mil participantes em 2013 caiu para 100 mil em 2014, e neste ano de 2015 para 20 mil. 

Nenhuma gestão séria vincula a imagem de sua empresa a algo que cada vez provoca mais repúdio na sociedade. Muito mais um evento que nitidamente quer ofender seus empregados. Os protestos contra as agressões da parada gay já ganham espaço nas redes sociais contra seus patrocinadores, entre eles a Petrobras.






Os tucanos foram péssimos para a Petrobras, mas não conseguiram chegar a tanto.






Vejam o texto enviado por e-mail por Oscar Cezar Ferreira Magalhães






Caros (as): Acabo de vir de uma reunião com o Gerente Geral da UO-BA, o meu Gerente de Setor da (UO-BA/ENGP/CER) e a presença de dois outros empregados, onde fui punido com três dias de suspensão (23/06 24/06 e 25/06/2015) pela utilização do Lotus Notes.




Alegaram que a punição deveu-se a reincidência de correspondências indevidas e mais especificamente a uma recente. Não informaram quais as correspondências, no que se constitui numa prática absurda.

Não assinei a punição, porque não constam quais as correspondências e sim a classificação dentro do código de ética. O que fica cada vez mais fácil punir, relembrando os tempos ditatoriais, sem especificar claramente em que correspondência eu fui desrespeitoso.

Verbalmente, o Gerente Geral da UO-BA, citou que a punição foi devida à minha advertência em correspondência abaixo, para o Presidente da PETROBRAS, Sr. Adelmir Bendine. Tenho a dizer o seguinte:

1- A cultura milenar, ensinou para milhões de seres humanos, que só tem Cidadania, quem tem Poder. Isto se agravou no Brasil com a escravidão, ou seja, o ser humano não vale nada, é gado, apenas são Cidadãos aqueles que detém título nobiliárquico, são donos de escravos ou mais recentemente, que possuem poder por indicação política ou mesmo por dinheiro.




Adverti o Presidente porque sou CIDADÃO, maiúsculo, ele é apenas um empregado com Função Presidencial e trabalha para todos os Cidadãos Brasileiros. Possuo legítima AUTORIDADE;

2- Sou empregado com mais de 30 anos de trabalho na PETROBRAS, com contribuição e muita, para a defesa da empresa e ele, em que pese a função, possui apenas alguns meses de Empresa. Possuo legítima AUTORIDADE;

3- Sou um HOMEM DE FÉ e como tal, tenho a AUTORIDADE delegada pelo meu MESTRE, SENHOR JESUS CRISTO, quando diz que todos que acreditarem e tiverem fé, farão o mesmo ou mais do que ELE fez. Possuo legítima AUTORIDADE.

Para resumir, o Gerente de Setor, Sr. José Acúrcio Canário de Moraes, me chamou para uma reunião com o Gerente Geral da UO-BA, sem comunicar o motivo, dizendo que o GG queria apenas conversar comigo e utilizando-se de uma pegadinha, me espera na sala de reunião da gerência geral com o Gerente Geral e mais duas pessoas.

Tanto o Gerente de Setor como o Gerente Geral, me desrespeitaram enquanto empregado e pessoa, porque poderiam ter me chamado e caso eu não assinasse a punição, aí sim, chamariam as testemunhas. 




A desculpa de procedimento usual da Empresa para estes casos, mais uma vez nos remete à DITADURA. 




Nunca dei motivos na PETROBRAS, para não ter a confiança dos meus Gestores, quanto a assumir as minhas responsabilidades como empregado e muito menos, de que fui covarde ou me amedrontei.

A Ouvidoria e os Gestores, deveriam atentar mais, para aqueles que levaram a nossa Empresa a tão terrível situação e alguns, ainda estão gozando de função gerencial, mesmo levando bandeirada vermelha da PWC e com conhecimento do Diretor de GRC.

Outros estão tranquilamente se aposentando e nunca tiveram sequer uma advertência verbal, quanto mais suspensão, chegando ao ponto de serem elogiados, como o foi, Paulo Roberto da Costa.

O Presidente da PETROBRAS é responsável sim, pela afronta a todos os Cidadãos deste País, quando permite via patrocínio e utilização da marca PETROBRAS, que a Constituição seja Desrespeitada, pois a nossa Constituição prevê o direito e o devido respeito para a religião, raça, credo, cor e diversidade.

O Presidente da PETROBRAS não foi advertido por um funcionário subalterno, foi ADVERTIDO por um CIDADÃO, EMPREGADO E HOMEM DE FÉ.

Conclamo a todos os irmãos, que peguem da Cruz Sagrada, da Bíblia, do Alcorão, da Torah e dos ensinamentos AFRO. 




Conclamo a todos que têm em um ser Superior, qualquer que seja o nome, como sendo seu DEUS, que não se deixem abater, pois o tempo é chegado de lutarmos por justiça.

Atenciosamente,

Oscar Cezar Ferreira Magalhães é Geofísico Sênior e empregado da Petrobras na UO-BA/ENGP/CER.






Liberdade, Igualdade e Fraternidade.






Princípio 8: Assuma responsabilidade pelo todo.






"O emitente desta mensagem é responsável por seu conteúdo e endereçamento. Cabe ao destinatário cuidar quanto ao tratamento adequado. Sem a devida autorização, a divulgação, a reprodução, a distribuição ou qualquer outra ação em desconformidade com as normas internas do Sistema Petrobras são proibidas e passíveis de sanção disciplinar, cível e criminal."









José Netto é Cidadão.



MAG

Posted: 24 Jun 2015 03:33 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Paulo Roberto Gotaç






O Senhor Marco Aurélio Garcia, conhecido pelo acrônimo de MAG, beneficiado pela lei da anistia em 1979, quando regressou ao Brasil após auto-exílio no Chile e na França, foi um dos fundadores do PT e teve papel preponderante na coordenação dos programas de Governo de Lula e Dilma.






Sempre arredio e atuando nos bastidores, emergiu na mídia, no entanto, por protagonizar o insólito episódio do "top-top", quando foi flagrado ao gesticular obscenamente, em regozijo pela divulgação de que a queda do avião da TAM em 2007, no qual 199 pessoas perderam a vida, decorreu de defeito técnico, eximindo assim a então propalada responsabilidade do governo, veiculada por alguns setores da imprensa, dentro do contexto da crise aérea da época.






Sem formação específica na área diplomática, ocupa hoje o indefinido cargo de Assessor Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, o que faz dele, entretanto, o verdadeiro timoneiro da política externa do país, desastrada, com posicionamentos constrangedores diante da comunidade internacional, e divorciada dos verdadeiros interesses comerciais do país, por estar atrelada a tratados que a engessam, relegando, ao mesmo tempo, a segundo plano o Ministério respectivo, com pesada tradição de atuação.






É conhecido por suas tendências esquerdistas radicais, fato ilustrado pelo seu papel preponderante na montagem do subterrâneo Foro de São Paulo e pela circunstância de ter formado sua equipe de "companheiros" no âmbito da diplomacia.






Assim, não é surpreendente que tenha manifestado, como constou em alguns órgãos da imprensa, seu descontentamento pela desaprovação no Senado, do nome do Sr. Guilherme Patriota para ocupar cargo na OEA, anunciando inclusive uma ameaçadora crise a ser desencadeada pela decisão.






Seria interessante que MAG fizesse uma auto-crítica da sua atuação durante os governos petistas, reconhecesse os entraves na política externa pelos quais foi responsável, descesse do alto de sua arrogância e, sendo minimamente coerente, renunciasse.






Certamente a diplomacia brasileira respiraria aliviada.






Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.




Posted: 24 Jun 2015 03:24 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Percival Puggina






Está em curso, no Ocidente, um enorme projeto de reengenharia da sexualidade humana. É a Ideologia de Gênero, ou da ausência de sexo. O igualitarismo é seu objetivo, e a diferença, o inimigo a ser atacado mediante desconstrução. Para tanto pasme leitor! , sem nenhuma evidência científica, contra o que a observação da natureza revela, seus difusores sustentam que ninguém nasce homem ou mulher, macho ou fêmea.






Afirmam que a sexualidade é uma construção social, sujeita a mudanças, definida e redefinida de inúmeros meios e modos, desde quando o bebê é vestido de tal ou qual cor. Assim, o sexo deixa de ter significado para a definição do masculino e do feminino.






Livre pensar é só pensar, ensinava insistentemente Millôr Fernandes. É livre o direito de teorizar, de ideologizar, de expor teses. O problema é quando se transforma um disparate qualquer em objeto de ação do Estado. Foi o que aconteceu há alguns anos com a produção de material didático sobre sexualidade infantil para distribuição nas escolas.






O conteúdo era tão abusivo e tão absurdo, que foi rejeitado pela própria presidente Dilma. Pois aquilo já era produto da Ideologia de Gênero, que pretendeu, posteriormente, se tornar conteúdo obrigatório no Plano Nacional de Educação, o PNE.






Quando o projeto do governo foi submetido ao Congresso Nacional, as duas Casas suprimiram todos os dispositivos relativos a esse assunto, mantendo uma regra simples e correta: "erradicação de todas as formas de discriminação". 






No entanto, como costumam fazer quando contrariados, os promotores da desconstrução das diferenças buscaram outros caminhos para chegar onde pretendiam. Optaram pelo mais comum. Reuniram-se consigo mesmos noutro fórum e decidiram segundo queriam.






Foi o que aconteceu na Conferência Nacional de Educação, quando os mesmos conteúdos suprimidos da lei federal retornaram oficialmente como orientação para os programas estaduais e municipais.






Agora, deputados estaduais e vereadores em todo o país deliberam sobre o tema nos respectivos planos, desatentos à lei federal e em obediência à ideologia hegemônica da burocracia educacional.






O Estado, os governos, seus funcionários, jamais receberam da sociedade, e tampouco das famílias, poderes para orientar a sexualidade e o comportamento sexual das crianças e dos adolescentes. Esse é um papel da natureza e dos pais. O Estado não é nem pode ser educador sexual. 






Além de ensinar os conteúdos curriculares, nos quais falha clamorosamente, que ensine a não discriminação, o respeito mútuo e a responsabilidade. E, no mais, que não se meta!









Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.




Posted: 24 Jun 2015 03:21 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Arnaldo Jabor






"Eu sou mais eu. A direita do latifúndio e do imperialismo americano estão massacrando meus ideais, mas eu não ligo. Eu sou mais eu. Eu tenho a linha justa. Eu e meu partido sabemos que sempre houve esta divisão entre oprimidos e opressores, desde que um macaco mais forte explorou macaquinhos, roubando-lhes as bananas. Não me venham com enganações tipo sociedade global, nova era, direitos humanos, esse papo furado. A História é a história da luta de classes — ponto. Nós somos o bem. Nós defendemos os oprimidos, e eles, os opressores. Por isso somos assim: nós e eles.






"Estou convencido de que sou superior a esta manada de babacas, burgueses, alienados, como por exemplo aquela marcha de 2013, inventada pelo CIA e adotada pela "elite branca" que não suporta que os pobres andem de avião.






"Eu sou superior, eu sou um agente da História que marchará com nossos militantes para um futuro cheio de delícias e harmonia, quando distribuiremos toda a produção como me disseram no cursinho do partido: 'A cada um segundo suas habilidades, a cada um segundo suas necessidades'. Nunca li Marx, mas sempre soube isso porque não precisei estudar — bastou-me o prefácio de um livro da Academia de Ciências da URRS. Os pobres são puros, e deles emana uma sabedoria que me basta. 






Por exemplo, pensei muito e digo: qual o problema de roubar, ou melhor, 'desapropriar' grana da Petrobras? Esse dinheiro todo servirá para financiar a marcha para o socialismo do século XXI, como batizou o grande Chávez.






"Ah, que saudades da república soviética, quando tudo marchava sob a batuta de Stalin, com a produção industrial imensa. Claro que precisava mão de ferro para conseguir isso, e nosso guia o fez. É verdade que muitos reacionários resistiram, como os kulaks, os camponeses fascistas e sabotadores que queriam impedir a agricultura coletiva. Camponeses reacionários tinham de sumir. Teve de matar uns 20 milhões de 'alienados', mas era para o Bem.... E falam em massacre, violências e outras mumunhas, mas, como disse o traidor Trotsky: 'Quem foi que disse que a vida humana é sagrada?' Esta foi a sua única grande frase. O resto é lixo, que nosso Stalin raspou da terra, com a mão sagrada do vingador Ramon Mercader, no México, onde Trotsky se gabava de comer a Frida Kahlo. Foi uma bela machadada naquele agente do fascismo.






"Agora, vamos combinar que o grande culpado de toda essa provocação que vemos hoje é um nome só: Nikita Kruschev, canalha revisionista que denunciou o que ele chamou de crimes de Stalin. Foi ali que começou nossa desgraça, piorada pelo maior cão imperialista da CIA: O Gorbachov... Que 'glasnost'ou 'perestroika' porra nenhuma, aquilo foi uma missão da burguesia internacional. Ainda bem que o grande Putin da KGB está botando a Rússia nos eixos de sua antiga grandeza. Como me alegrei quando Mao Tsé-Tung proibiu Beethoven na 'revolução cultural', declarando: 'Temos de raspar tudo o que a burguesia inventou e começar de novo'.






"Ainda bem que o companheiro Osama usou armas dos capitalistas contra eles mesmos... Ah, a beleza das torres caindo em Nova York! Inesquecível.






"A única coisa que importa é o controle da sociedade. Temos de tutelá-la. O povo deve ser educado com o mesmo cuidado com que um jardineiro cultiva um pé de alface. Por isso, sabem os militantes como eu, que o Estado tem de ser o centro do amor ao povo que de nada sabe, por isso é belo ver como infiltramos nossos homens no Estado brasileiro. Dizem que são aparelhados, pois são, sim, deles depende nossa marcha para a vitória que almejamos. Muita vezes somos duros, sim, cruéis até, mas não ligamos, porque como disse nosso grande líder: 'Compaixão é um sentimento de enfermeiras, assim como a gratidão é uma doença de cachorros'. Aliás, este lero-lero de defender a democracia é só enganação. Democracia é o cacete! Usamos muito essa palavra para disfarçar e atingir nossos planos de, por exemplo, controlar essa mídia reacionária, encanar opositores, assim como nos ensina o grande sucessor de Chávez, dando uma porrada nos senadores de direita que outro dia quiseram invadir a Venezuela, vanguardeira da América Latina. E falam em 'direitos humanos'... Idiotas.. Não sabem que o homem novo que estamos forjando não sente falta da individualidade perdida. Eu conheço a beleza, o encanto infinito da servidão, a alegria de pertencer a um partido infalível. Dá um imenso alívio não ter que pensar, só obedecer.






"O comunismo, camarada, é o substituto do sonho de 'imortalidade' dos cristãos. Comunista não morre; vira um conceito. O homem é um ser social, não é? Pois é — o ser social nunca morre. O individuo é uma ilusão que criou essa dor melodramática. Quem morre é pequeno-burguês. Aliás, esses sentimentos burgueses: angústia, medo, fobias, solidão, amor, paixão são bobagens psicológicas de direita que nada explicam dos homens. A verdade revolucionária está nos termos: sectarismo, alienação, aventureirismo, traição, massa atrasada e massa adiantada, revisionismo. Os operários não têm pátria. A nossa revolução é a locomotiva da História. Vamos beijar os seios nus da liberdade e tingir de sangue os lençóis dos traidores neoliberais.






"Já antevejo nosso paraíso brasileiro no socialismo do século XXI: os grandes festivais de balalaicas russas e de pachangas cubanas, os lindos cantos de hinos sertanejos do MST, todos uniformizados em terninhos vermelhos e enxadas erguidas contra os fascistas da agroindústria, a paz da ignorância, a visita ao campo dos refugiados burgueses obrigados a cantar a Internacional na colheita da soja.






"E há o grande, imponente monumento do Homem Novo, uma cópia do "Davi" de Michelangelo com grande bandeira vermelha hasteada em seu pênis revolucionário.






"E finalmente a visita ao Museu Lula, onde está seu corpo embalsamado para toda a eternidade".









Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 23 de junho de 2015.




Posted: 24 Jun 2015 03:16 AM PDT








"Quando Cristóvão Colombo descobriu Cuba, em um domingo, 28 de outubro de 1492, surpreendeu-se com seu encanto a tal ponto que a chamou de a mais bela terra que os olhos humanos contemplaram. Mas Colombo jamais poderia imaginar que, sob o regime da foi ce e do martelo, Cuba seria o mais fenomenal desastre na história do Continente" 
(George Schpatoff, "KGB-História Secreta", 1999, Editora Juruá). 






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I.S. Azambuja






O fato que talvez mais tenha contribuído para a penetração da KGB (Comitê de Segurança do Estado) na América Latina foi o ajustamento ideal ocorrido com um outro movimento revolucionário: o nacionalismo, cuja característica foi a de sempre se manifestar contra o atraso econômico e social da região.

Desde 1922, a União Soviética tudo fez para estabelecer uma cabeça-de-ponte na América Latina, somente conseguindo esse objetivo em 1959, em Cuba. A partir de então, a Doutrina Monroe – América para os americanos – simplesmente deixou de existir.

Em 1933, Fulgêncio Batista deflagrou em Cuba, com o apoio dos comunistas, a famosa "revolta dos sargentos" e, após ter-se tornado ditador, ajudou-os a assumir o controle dos 52 sindicatos então existentes. Vinte anos mais tarde, novamente como ditador, Batista julgou vantajoso tornar-se anticomunista e rompeu relações diplomáticas com a URSS. O Secretário-Geral do Partido Comunista Cubano – então PSP-Partido Socialista Popular -, Lázaro Cardenas, fugiu do país e exilou-se em Moscou.

Posteriormente, em 1959, chegaria a vez de Fulgêncio Batista fugir do país, quando Fidel Castro tomou o Poder.

O primeiro agente da KGB que estabeleceu contato com Fidel foi o kamarada Nikolai Leonov – isso, anos antes da revolução contra Batista -. Esse fato foi revelado pelo chefe da KGB no Brasil, entre 1983 e 1990, Vladimir Novikov (revista "Veja", 12 de julho de 1995). No entanto, a primeira grande leva de kamaradas da União Soviética a visitar Cuba ocorreu em 1960, conduzida pelo chefe da Seção Latino-Americana do Ministério das Relações Exteriores, Alexander Alekseyev, chefiando um grande grupo de "conselheiros" para orientar Fidel a respeito da política externa. O grupo era formado por 78 kamaradas.

O regime de Fidel logo tornou-se repleto de estranhos acidentes: Camilo Cienfuegos, comandante do Exército Rebelde, morreu num misterioso acidente aéreo. Outro comandante, Hubert Matos, foi condenado a 20 anos de prisão. Vários destacados guerrilheiros acabaram presos, exilados ou morreram de forma enigmática. O líder comunista Aníbal Escalante caiu em desgraça e mergulhou no ostracismo. O ministro da Reforma Agrária, comandante Sorí-Marin, foi preso e fuzilado.

Foi nessa época que a prisão de La Cabaña ganhou projeção internacional. Em seus porões, o ex-comandante do Exército Rebelde, Abel Palomino, passou 30 anos de sua vida. E o companheiro Frank Pais desapareceu. Uma esquizofrenia ideológica, descrita por Marguerite Yourcenar em "A Obra em Negro". 

A partir dos anos 60, a KGB instalou seu Estado-Maior para a América Latina em Havana e, a partir dali, passou a penetrar nos demais países do Continente, recorrendo a um operoso organismo de espionagem denominado DGI-Dirección General de Inteligência.

Durante a Guerra Fria 5.800 soviéticos estavam instalados em Cuba, entre oficiais, soldados e os imprescindíveis "técnicos" da KGB. Então, Cuba recebia do bloco soviético 8 de cada 10 dólares de seu orçamento, ao troco de sempre fazer, em matéria de política externa, o que Moscou determinava. Ao final dos anos 70, o regime cubano já estava financiando, sob a supervisão dos "técnicos" da KGB, 42 organizações armadas em 26 países.

A obsessão cubana pela espionagem remonta à década de 40, quando Fidel Castro, ainda estudante, era um freqüentador assíduo da rua Miramar nº 6, residência de Bachirov, embaixador soviético em Havana. Seu irmão, Raúl, recebeu treinamento no Instituto Internacional de Jijkov, na Checoslováquia. E Manuel Piñero Losada, chefe do DGI, após ser adestrado em uma escola da KGB, encarregou-se da supervisão direta dos primeiros 392 espiões cubanos no Hemisfério Sul.

Em 1969, um acordo secreto foi assinado entre Cuba e a União Soviética. O acordo estipulava que, independentemente da penetração cubana através do DGI, no Hemisfério, Moscou levaria avante sua própria política no chamado campo da Inteligência, livre de qualquer interferência de Havana. Como parte do acordo, a URSS proveria o auxílio econômico indispensável ao regime, em petróleo e outros produtos, estimado em cerca de 500 milhões de dólares por ano. Outra cláusula do acordo dizia respeito ao envio de cerca de 5 mil técnicos para dirigir os setores de "frente rural", pesca, mineração e, sobretudo, a Inteligência. Ou seja, os serviços de espionagem e contra-espionagem cubanos. Uma exigência sine qua non referia-se à nomeação de consultores da KGB para o DGI, a fim de atribuir-lhe "a necessária estrutura de organismo com dimensão continental". Tudo isso feneceu quando o kamarada Gorbachev pôs fim ao artificialismo parasitário da economia cubana.

O DGI mantinha seus escritórios na rua Línea, em Vedado. Outra seção do DGI passou a funcionar em Marianao, onde também existe uma escola para treinamento de espiões. Essa seção era dirigida por Alberto Boza-Hidalgo Gato, mais tarde integrante da delegação cubana nas Nações Unidas, expulso dos EUA por atividades de espionagem.

Os agentes do DGI são chamados de "oficiales". São observados, todavia, por outros "oficiales". O DGI divide o Hemisfério Ocidental em seis zonas, para fins de recrutamento e espionagem: Colômbia, Venezuela e Equador; Brasil e Uruguai; Argentina, Chile e Peru; República Dominicana, Haiti e Jamaica; Guatemala e América Central; Bolívia. Mantém escritórios de espionagem em sete capitais da Europa Ocidental, acobertados pela imunidade diplomática: Paris/Bruxelas, Roma, Lisboa, Madri, Genebra, Londres e Viena. Além disso, o DGI mantém escritórios no Canadá, com o objetivo principal de apoiar os "oficiales" que entram e saem dos EUA.

Com a instalação de fato e de direito da KGB em Cuba, a ilha foi transformada em um verdadeiro trampolim de agressões. Em Matanzas, nas cercanias de Havana, foi montado um campo de treinamento para terroristas estrangeiros supervisionado pelo coronel da KGB Viktor Simeonov. Um venezuelano, Manuel Celestino Marcano Carrasquel relata o que aprendeu durante tal curso: "participei de cursos de tática de guerrilha e espionagem, com aulas teóricas e práticas; aprendi a montar e desmontar armas curtas e longas... desde bombas caseiras de clorato, até granadas, bombas-relógio e coquetéis Molotov de todos os tipos. Também recebi instruções quanto ao campo da Inteligência: investigações e contra-investigações; guarás de explosivos, armas e dinheiro; caixas de correio para correspondência indireta na base da criptografia; além de fotografia, infiltração, falsificação de documentos, maquiagem, roupas, simulação de dialeto, fonética, etc... para falsa identidade" ("KGB-História Secreta", de George Schpatoff, Juruá Editora, 1999).

Fidel Castro, a exemplo de Stalin, já recebeu, entre outros títulos, o de "primeiro cientista do país". É citado como o primeiro em todos os campos da atividade humana. "El Comandante" é reverenciado e apresentado como um ser que paira acima dos demais mortais.

A espionagem interna em Cuba anda a passos largos. Os Comitês de Defesa da Revolução (CDRs), criados em 1960, têm o objetivo de elevar a arte da delação a níveis nunca vistos. Trata-se de fazer com que os filhos delatem seus pais e os alunos a seus mestres. Os CDRs abastecem, através de quotas pré-estabelecidas, as 196 prisões existentes no país. No fim dos anos 90, havia nessa verdadeira ilha da fantasia 10.500 presos políticos, conforme dados de entidades de defesa dos direitos humanos. Além da intimidação, cárcere e fuzilamento, existem ainda as Brigadas de Resposta Rápida, um outro órgão auxiliar da repressão interna. Trata-se de grupos paramilitares que possuem incrível similitude com as SS nazistas dos anos 30. Apedrejam casas de suspeitos, espancam e disseminam o medo por toda a parte. Em 1978, os membros dos CDRs eram estimados em 500.000, enquanto os membros das Brigadas de Resposta Rápida eram cerca de 100.000. Essas duas formações são um verdadeiro exército de alcagüetes profissionais que, pouco a pouco, estão dividindo os cubanos em três categorias: prisioneiros, ex-prisioneiros e futuros prisioneiros.

Alem disso, Cuba também é a ilha dos mistérios. Até hoje permanecem sem explicação os suicídios do presidente Osvaldo Dorticós Torrado, o que permitiu a chegada de Fidel ao poder total, e de uma das filhas de Salvador Allende, exilada em Cuba e casada com um cubano, Luiz Fernandez Oña, que chefiou a guarda-pessoal de Allende. O próprio governo cubano reconheceu, em 1999, que o índice de suicídios em Cuba era o maior da América Latina.

Em Cuba, a palavra liberdade é sinônimo de heresia. A repressão, além de prender também mata. A Guarda-Costeira do regime abre fogo contra qualquer infeliz – homem, mulher, velho e criança – que, agarrado a pneus tenta escapar da ilha da fantasia. Os felizardos que conseguiram cruzar a cortina de tubarões superam o total de um milhão e duzentas mil pessoas. Todos fogem de Cuba, entre eles o brigadeiro Rafael del Pino, a própria irmã de Fidel, Juanita, e também Alina Revuelta, sua filha legítima. Se os pais do El Comandante fossem vivos, certamente fariam a mesma coisa. No entanto, somente até 1983, mais de 25 mil cubanos haviam perdido a vida no mar do Caribe no desespero de fugir do paraíso tropical.

Autoproclamada "primeiro território livre da América Latina", a ilha da fantasia não foi mais foi mais do que uma sovietskaya guberniya, sob o controle ideológico, econômico e político da KGB.

Aliás, a filha de Fidel, Alina Revuelta, deixou um recado para todos aqueles que ainda vivem no belo lago da utopia: "O grande problema deste país é que várias gerações embarcaram na conquista de um sonho, mas só alcançaram um pesadelo, e não querem reconhecê-lo". 





Carlos I.S. Azambuja é Historiador.



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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015