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terça-feira, 23 de junho de 2015

Alerta Total




Alerta Total


  • Lula posa de autocrítico do PT para se descolar de Dilma e mobilizar fanáticos caso Moro mande prendê-lo 
  • Cobra mal matada é mais perigosa que cobra viva 
  • Grito no deserto 
  • Planejamento, governo e obras públicas 
  • Crescimento do Subdesenvolvimento 
  • O Quinto Elemento 
  • Uma nação partida 
  • As contradições do Antiamericanismo 



Posted: 23 Jun 2015 04:16 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






Os recentes "sincerícídios" de Luiz Inácio Lula da Silva têm três evidentes intenções. A clara motivação estratégica é reconstruir o PT, de repente até mudando o nome do partido que desmoralizou a honradez, de olho no médio e longo prazos. Já o objetivo tático, nada fácil, é teatralizar uma autocrítica que permita a Lula se descolar do fracasso de Dilma, para uma tentativa de disputar a sucessão de 2018, ainda muito distante. Uma terceira jogada, não declarada, consiste em sensibilizar a militância para a guerra que pode ser gerada com uma eventual queda da Presidenta ou com uma nada improvável prisão do próprio Lula pela Lava Jato.






Lula aproveitou ontem a conferência "Novos desafios da democracia" - em parceria com as fundações Friedrich Ebet e Perseu Abramo - para vender a visão ilusória que ele e seu grupo político têm de "democracia". Lula até tocou em um tema que sempre tratou, publicamente, como tabu: o Foro de São Paulo - que caiu na boca da oposição nas redes sociais que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, resolveu amaldiçoar. Enquanto manda o recado pseudodemocrático, Lula arma seu exército para reagir e resistir caso seja preso e/ou Dilma seja derrubada ou forçada a renunciar em função das crises política, econômica e institucional.






Novamente, Lula voltou suas baterias contra seu alvo preferencial: a tal "mídia" - aquela mesma que os governos petistas compram, através das verbas de publicidade oficial, ou usando o recurso invisível dos mensalões pagos a jornalistas amigos nas redações e nos blogs amestrados. Lula, que teve o patrocínio da Odebrecht para montar um mega sistema de informação e informática em seu instituto, bateu na imprensa adversária-inimiga e cobrou reação dos petistas no terreno virtual, onde mais apanha: "Aqui no Brasil nós reclamamos muito da mídia. A oposição aqui é a imprensa. Em alguns jornais, eles fazem oposição pelo editorial. Ao invés de brigar com isso, temos que melhor saber usar a internet, melhor saber usar as redes sociais".






Sempre deixando clara sua visão autoritária do controle midiático pelo Estado, $talinácio até invocou a memória de seu histórico inimigo Leonel Brizola para reclamar: "O Brasil está defasado. A regulação é de 1962, no tempo que ligar do Rio Grande do Sul para Brasília, segundo o Brizola, levava seis horas. Não tinha nem fax. E na era da TV Digital, ainda tem nove famílias que controlam toda a comunicação do país". Na verdade, se o Mensalão e a Lava Jato não tivessem atrapalhado, Lula gostaria de ter conseguido hegemonia suficiente para destronar as nove famílias e implantar a dele e do PT no negócio lucrativo e estratégico da mídia.






Se falar mal da mídia faz parte do cardápio natural de $talinácio, ganha ares patéticos a tentativa de criticar o PT, para tentar o milagre de fingir que a crise do partido nada tem a ver com ele. Depois de ter proclamado a religiosos, quinta-feira passada, que "Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto e ele próprio está no volume morto", Lula voltou ontem a teatralizar uma autocrítica: "Eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Eu lembro como é que a gente acreditava nos sonhos, como a gente chorava quando a gente mesmo falava, tal era a crença. Hoje nós precisamos construir isso porque hoje a gente só pensa em cargo, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito e ninguém hoje mais trabalha de graça".






Lula voltou a falar na tal "revolução interna" do PT, em uma jogada, até desesperada, para devolver motivação aos militantes desiludidos. Para tanto, Lula jogou com a demagógica comparação ideológica comunista entre o velho que precisa ser sempre superado pelo novo. $talinácio encenou: "O PT precisa urgentemente voltar a falar pra juventude tomar conta do PT. O PT está velho. Eu, que sou a figura proeminente do PT, já estou com 69 (anos), já estou cansado, já estou falando as mesmas coisas que eu falava em 1980. Fico pensando se não está na hora de fazer uma revolução neste partido, uma revolução interna, colocar gente nova, mais ousada, com mais coragem. Temos que decidir se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos, ou queremos salvar nosso projeto. E acho que nós precisamos criar um novo projeto de organização partidária nesse país".






Aproveitando a presença no debate do ex-presidente do Governo da Espanha, Felipe González, filiado ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Lula indicou que o PT deve adotar um modelo semelhante a um partido surgido na Europa, o Podemos: " O PT era, em 1980, o que é hoje o Podemos. A gente nasceu de um sonho, de que a classe trabalhadora pudesse ter vez e ter voz, e nós construímos essa utopia. Há necessidade de repensarmos a esquerda, o socialismo e o que fazer quando chegamos ao governo. Enquanto você é oposição é muito fácil ser democrata você pode sonhar, pensar, acreditar, mas quando você chega ao governo, precisa fazer, tomar posições. Nunca antes na história do Brasil o povo exerceu tanto a democracia e participou tanto das decisões do meu governo como o povo participou quando o PT chegou ao governo".






Nesse momento, Lula aproveitou para falar de um tema que sempre tratou como tabu: o Foro de São Paulo, organização que ele fundou junto com Fidel Castro, em 1990, para reorganizar as ações da esquerda revolucionária na América Latina e Caribe, contando com a parceria de grupos guerrilheiros e de narcotraficantes (que sempre os petistas omitem). Lula falou romanticamente do FSP: "O Foro de São Paulo foi criado com a ideia de educar a esquerda latino-americana a praticar a democracia. Na Argentina, nem o Maradona unificava a esquerda. Hoje, os partidos de esquerda participam de governos nesses países".






Em síntese: Lula com certeza está com medo do dano que pode lhe causar um eventual pedido de prisão emitido pelo juiz Sérgio Moro, em função de delações de empreiteiros. Os movimentos que Lula faz agora são, exatamente, para tentar transformá-lo em "vítima do autoritarismo", caso o pior aconteça. Assim, se fingindo de coitadinho autocrítico, Lula tenta manter mobilizado o fiel "exército" de militantes fanáticos pela causa da velha seita nazicomunopetralha.






Pelos movimentos de Lula, a hora de uma batalha (sangrenta ou não) se aproxima... Como se vê, $talinácio está cheio de gás... Ele sabe que, não demora, o cenário vai feder...






Pneu de trator











Realmente, esta turma das redes sociais não tem medo de exercer a liberdade de expressão humorística, mesmo quando troca o dólar na cueca pelo famoso pneuzão de bosta...






Bola fora do Okamoto











No seminário "Novos caminhos da Democracia", o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, lançou sua tese odiosa contra o papel democrático das redes sociais:






"A democracia hoje é uma coisa muito complexa. A democracia pressupõe que as pessoas têm muito conhecimento, as pessoas tentam pensar nas suas decisões o que é bom para a maioria das pessoas. E hoje, com a globalização da informática, com as redes sociais, muitas opiniões são criadas muito rapidamente, muitas vezes sem ter os fundamentos, sem ter as informações. Hoje, construir a democracia baseada em informações, em conhecimento, em fundamento, é uma coisa mais complexa. Precisamos quebrar a cabeça para ver como vai dar conta disso".






Amigo e eterno responsável pelas finanças pessoais de Lula, Okamoto também reclamou do que chamou de tentativa de criminalizar a entidade que preside:






"Tem setores que querem criminalizar, ver coisas onde não existem. As coisas são lícitas, transparentes. Não há nenhum problema, não tivemos que fazer nada de especial para conseguir recursos a não ser mostrar nossos propósitos, como esse evento para discutir a democracia. Quem contribuiu com o instituto foram as melhores empresas, em todos os setores. Isso muito nos orgulha porque não é fácil convencer uma empresa dessas a contribuir com o instituto. A origem do dinheiro é a mais lícita. Foi pedido, dado para o instituto. Esse procedimento tem em vários países do mundo. Não é coisa que inventamos, outros ex-presidentes também fazem isso". 






Perder a utopia custa caro











Pragmatismo






Do presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, mais uma declaração polêmica, porém pragmática, sobre o comportamento do torcedor de futebol:






"Não contrato jogador nenhum para agradar a torcida. Se não for interessante para nós, não contrato. É uma coisa que não me preocupa, se a torcida vai gostar ou não. Torcida só quer saber de uma coisa: resultado. Ela não quer saber se você está pagando jogador, se as finanças estão em dia, se pintou ou não pintou a sede. Torcedor, de uma maneira geral, quer saber de resultado, o resto não interessa".






Bola com as Redes Sociais?






O lateral direito Léo Moura confirmou que desistiu das negociações para jogar no Vasco por pressão da torcida do Flamengo na internet.






Ídolo rubro-negro, onde jogou por 10 anos, Moura chegou a ser anunciado por Eurico Miranda como novo contratado dos lanternas de São Januário.






Léo Moura usou as redes sociais para fazer o comunicado oficial de que não jogaria no Vasco, para alívio da grande Nação Rubro-Negra.






O comunicado






A versão oficial de Léo Moura, veiculada pela assessoria dele na internet, dá bem a dimensão da pressão social exercida cada vez mais pelas redes sociais:


"Aos meus fãs, um pequeno esclarecimento, pois tenho o carinho e a admiração por vocês, que sempre torceram por mim. Então, mais tranquilo, resolvi me pronunciar.


Realmente, a proposta existiu, chegou até mim como qualquer profissional. Mas em nenhum momento assinei qualquer documento firmando um compromisso e falei algo na imprensa ou em qualquer outro lugar. Todos têm o direito de falar, mas devemos pensar antes de julgar qualquer coisa. Por respeito e carinho à nação rubro-negra, meus fãs e pelo clube, por tudo o que aconteceu na minha despedida, eu não poderia fazer isso. Estou com a cabeça tranquila e em paz, tomei a decisão certa. Mesmo com todos os comentários negativos à minha pessoa e à minha família que fizeram, não tenho mágoa. Mas peço sempre que julguem, só falem quando tiver certeza. Eu hoje pertenço ao FTLL Strikers e isso tem que ser respeitado. Um abraço e boa noite. Léo Moura".






Paulista em férias






Piadinha muito séria que circula nas redes sociais - aquela que deixou a democracia complicada, na visão do Paulo Okamoto:






Um PAULISTA está passando suas férias no Rio de Janeiro, e resolve visitar um zoológico da cidade maravilhosa.






Durante o seu passeio, de repente, ele vê uma menininha se aproximando demasiadamente da jaula do leão. O leão, rapidamente, a ataca e, agarrando-a pela manga do casaco, tenta puxá-la para dentro da jaula para matá-la, sob os olhares de seus pais que, paralisados de terror, ficam gritando.




O PAULISTA corre rapidamente para a jaula e, por entre as suas barras, acerta em cheio um potente soco, direto no nariz do leão. Gemendo de dor, o leão dá um pulo para trás, soltando a menininha e o PAULISTA, com cuidado, a pega e a entrega aos seus apavorados pais, que, muito emocionados, ficam lhe agradecendo por muito tempo.




Um repórter, que assistiu a todo o desenrolar da cena, diz ao PAULISTA:




- "Senhor, esta foi a atitude mais nobre e corajosa que eu já vi um homem tomar , em toda a minha vida".




O PAULISTA responde:




- "Não foi nada de mais, realmente. O leão já estava preso, atrás das grades, e eu apenas vi esta menininha em perigo e fiz o que achei que era a coisa mais acertada a ser feita".




O repórter diz:




"Bem, eu lhe garanto que este ato de heroísmo não irá passar em branco. Eu sou um jornalista, e o meu jornal de amanhã trará esta história, estampada na primeira página."




E o repórter pergunta ao homem:




- "Apenas para complementar a notícia, qual é a sua profissão, e qual é o seu posicionamento político?"




O PAULISTA:




- "Eu estou atualmente em férias; sou Militar aposentado e nas eleições para Presidente votei contra a Dilma.




O jornalista então se despede e vai embora.




Na manhã seguinte, o PAULISTA compra o jornal - O GLOBO, curioso para ler como saiu a notícia sobre o salvamento da menininha das garras do leão; e, para sua grande surpresa, lê na primeira página:




"Radical de extrema-direita, ligado à ditadura militar, ataca imigrante africano, e rouba o seu almoço."

Qualquer semelhança com algum jornalista bancado pelo PT não será mera coincidência!






Passando atestado de burrice?











Vão deixar passar?






Antes de ser preso, sexta-feira passada, Marcelo Bahia Odebrecht teria feito uma ligação e mandado um recado geral:






"É pra resolver essa lambança ou não haverá República na segunda-feira"... Por isso, persiste a pergunta:






Será que o mundo acaba a partir de logo mais, por causa da Erga Omnes da Lava Jato? Marcelo ou seu pai Emílio (que teria dito o mesmo que o filho) terão coragem e sensatez de cumprir a ameaça emocionalmente feita, ou tudo não passará de mais uma bravata que desaparece após o desespero inicial?






A pergunta continua sem resposta, mas a Família Odebrecht deve agir, se não quiser perder sua empresa...






Contra, porém a favor











Colabore com o Alerta Total






Neste momento em que estruturamos mudanças para melhor no Alerta Total, que coincide com uma brutal crise econômica, reforçamos os pedidos de ajuda financeira para a sobrevivência e avanço do projeto.






Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente conosco poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades.

Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções:

I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão.

OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim.

II) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito).

III) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior.






Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!









O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Junho de 2015.




Posted: 23 Jun 2015 04:06 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Dizimados os ratos, chegou a hora das cobras; às vezes não são cobras, mas tentáculos de um infernal molusco.






Já soltou seu veneno e sua tinta. A inteligência de todos pensa que finta. Se estropia quanto mais minta pra gente deseperada, esfolada pela antarada.






Da limpeza também não escapa, o "bonzinho" boca de caçapa.






O roto do esfarrapado fala asneira, dizendo não tapar sol com peneira.






Nos lembrarão de Inês de Castro quando por acaso já mortos forem, depois desenterrados para serem fuzilados.






O exemplo de Floriano calará o desgoverno insano.






Deus queira que se cumpra a profecia.






"Segunda-feira não haverá mais República!"






Teremos de volta a monarquia pela qual muita gente ansia.






Limpemos logo toda essa ralé antes que a cobra nos morda o pé.









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 23 Jun 2015 07:55 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Henrique Abrão






A nova encíclica Papal alinha técnica e sabedoria desafiando o modelo economico global e as consequencias nefastas na natureza. O fundamental é mostrar à toda humanidade que essa forma de crescimento, desenvolvimento e exploração dos recursos da natureza não progridem no quesito de sustentabilidade.






Muitos aplaudiram, outros ficaram indiferentes, mas alguns criticaram pois que suas economias seriam prejudicadas, implicando custos sociais elevados. A Grécia vive seu momento histórico de negociações e indefinições com o Banco Central Europeu e o FMI. A sua saída da comunidade européia já é dada como certa e os riscos estariam precificados.






Vivemos de fortes assimetrias no conjunto global, e o Brasil não é nada diferente. De uma economia de grau de investimentos, passamos, por pedaladas e corrupção, a ingressar na perigosa situação do ajuste com a previsão de um produto interno bruto negativo que pode alcançar 2,5%, um retrocesso histórico.






Em quais medidas os americanos e europeus estariam dispostos a colocar em prática o bem lançado documento do Papa Francisco para advertir a humanidade no sentido de que o planeta terra não pode ser um depósito de lixo e a ambição pelo lucro a única finalidade existencial. Os combustíveis fosseis já tem dada certa para a finalização, mas não basta o verde estar sendo cada vez mais agredido.






A corrupção somente gosta do verde se for em moeda norte americana, levando bilhões dos países emergentes que não diagnosticam seus resultados e perdem nos serviços sociais prestados à população. A encruzilhada da humanidade parece se aproximar com o numero intransitável de carros, fábricas e o crescimento, ainda que menor, da China e da India. As populações migram com mais frequencia e abarrotam pelos mares as entradas na Europa.






O Brasil sofre o mesmo problema. Milhares de estrangeiros, dentre os quais haitianos, sem mão de obra qualificada, entupindo ainda mais a carente cidade de São Paulo, desprovida, minimamente, de água e com enormes contrastes habitacionais.






Faltam-nos planejamento e dimensionar o social, no propósito de erradicar bolsões de miséria, como existentes no Rio de Janeiro, às vésperas dos jogos olímpicos para que todos visitantes se deparem com essa dura e crua realidade.






Passados todos os momentos e atendidas suas circunstâncias esperamos, sinceramente, que a nova Encíclica Papal não represente um grito no deserto, mas um momento de reflexão, um ponto fora da curva, acenando para que as lideranças mundiais compreendam suas ações e reduzam as assimetrias com os países em desenvolvimento.






O peso forte das moedas estrangeiras e o reduzido comércio exterior fazem do Brasil refém de produtos agrícolas primários e de ineficiente tecnologia exportadora. Assim precisamos mirar a competição e a concorrência, até para a redução dos preços que se praticam no País.






Que a Encíclica de Francisco seja um grito de alerta para o planeta e a reconstrução gradual do interior da humanidade.









Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.




Posted: 23 Jun 2015 04:03 AM PDT




Negócios: Marcelo Odebrecht, Dilma e Raul Castro






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Helio Duque






Nem os adeptos do Estado mínimo ignoram que ele é um indutor do desenvolvimento. O planejamento estratégico é o corpo e o espírito da administração pública. Fixando metas e objetivos, buscando racionalidade e melhores resultados econômicos e administrativos. A sua ausência na gestão pública gera resultados de baixa eficiência e qualidade, em todas as esferas da administração, provocando a insatisfação na sociedade.






O planejamento é o núcleo central dos governos responsáveis, permitindo a fixação dos seus programas de investimentos públicos. Opera como indicativo fundamental para os investimentos privados, o carro chefe do desenvolvimento. Quando o planejamento é ignorado e relegado a vontades de governos autossuficientes a crise socioeconômica é apenas questão de tempo, não ficando adstrita aos investimentos públicos, arrastando os investimentos privados. Com consequências desastrosas para a sociedade. Vivemos essa realidade no presente.






No Brasil, a Constituição no artigo 174 diz: "Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado." O texto constitucional define que pensar e projetar o País no curto, médio e longo prazo deveria ser inegociável programa de governo. Planejar o desenvolvimento definindo projetos e atividades, principalmente de longo prazo, vem sendo relegado a metas improvisadas e de curto prazo.






A história do planejamento no Brasil marca as décadas que se estenderam de 1940 a 1970. Nas décadas de 80 e 90, foi relativizado. E nas últimas duas décadas foi concretamente marginalizado. Na Europa, nos EUA ou nas principais nações asiáticas, o planejamento estratégico é parte fundamental dos seus projetos nacionais.






A baixa qualidade da administração pública brasileira não é, portanto, obra do acaso. É responsabilidade direta dos governos que se sucedem, sejam federais ou estaduais. Um exemplo objetivo é o que acontece na gestão das obras públicas, onde grandes empreiteiras assumiram nos setores de infraestrutura a condição de planejadores dos investimentos nos seus canteiros de obras.






Historicamente a contratação de obras públicas é um escárnio. O advogado Massami Uyeda Junior, atuante há 25 anos no setor de infraestrutura, em "O Globo" (14-5-2015), afirma: "Já vi projeto que era um traço, mostrando que era preciso ligar o ponto X ao Y. Já vi estudo de viabilidade de obra pública baseado em foto do Google Earth".






Completando: "Falta planejamento. Toda contratação de obra pública tem um componente político. É compreensível que se trabalhe com o horizonte do mandato de um governante. Mas, para projetos de infraestrutura, é preciso pensar num prazo de oito, dez, 12 anos, do projeto à execução da obra. Precisam de estudos de viabilidade, de projeto básico e executivo".






Datada de 1993, a Lei de Licitações 8.666, seria um porto seguro na disciplina das obras públicas. Ao contrário disso, transformou-se no estimulador de grande número dos escândalos de corrupção que vem inundando a esfera pública e privada nacional.






Recentemente a Câmara dos Deputados instalou Comissão Especial para revisar a Lei 8.666; o Regime Diferenciado de Contratações, usado em obras federais; e o Decreto 2.748, de 1998, que regula os investimentos da Petrobrás, unificando os diferentes modelos de licitação em um único projeto. É iniciativa positiva. Mas precisa ir além disso. 






Especialista em direito econômico, o jurista Modesto Carvalhosa, defende a criação de seguros nos contratos de obras públicas. Nos EUA, desde 1893, é realidade na administração pública. Ele exemplifica: "Nos EUA e em países europeus, não se ouve falar sobre escândalos de licitação. O seguro impede a interlocução entre o poder público, as empreiteiras e fornecedores. E garante que a obra será entregue no prazo, com a qualidade contratada e sem custo adicional".






Enquanto nos EUA, o seguro nos contratos cobre 100% da obra pública, no caso de falência da empreiteira, no Brasil o seguro varia na cobertura de 5% a 10%. Especialistas do mercado de seguros no País atestam que ele tem capacidade de absorção dos 100% em qualquer contrato. Deveria a Comissão Especial da Câmara, analisar a viabilidade de se adotar o vitorioso modelo nas "terras brasilis". Certamente impediria o surgimento de futuros Lava-Jatos. 









Helio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.




Posted: 23 Jun 2015 04:01 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Adriano Benayon






A economia brasileira está seriamente doente. A crise põe-se à mostra: negócios fechando, desemprego crescente, violência e insegurança recrudescendo.






A atual é uma das muitas provenientes da enfermidade estrutural e crônica que assola o País, há mais de 60 anos. Sem ordem constitucional de verdade não há como sair do atoleiro, pois os beneficiários da corrupção sistêmica a institucionalizaram e criaram mecanismos, em todas as esferas do poder, para aprofundá-la.






Os desequilíbrios agravam-se, porque o poder, sob todos os regimes e governos que se têm sucedido, é controlado pelos que acumulam poder através do dinheiro e faturam com os desequilíbrios.






Aristóteles ensinou que o hábito forma uma segunda natureza. Então, há muito tempo, através da psicologia aplicada - e utilizando formadores de opinião e o crédito de instituições supostamente científicas - o sistema de poder acostuma as pessoas a ignorar as causas da doença política e social. 






A economia brasileira perde qualidade através da concentração, da desnacionalização, da desindustrialização e do consequente empobrecimento tecnológico.






Afora a indústria, prejudicada desde meados dos anos 50, as infraestruturas foram deterioradas e privatizadas, principalmente a partir dos anos 90. A regulação dos serviços favorece a manipulação dos preços de suas tarifas e a falta de qualidade, sob o beneplácito das agências, ao bel prazer dos carteis que os controlam.






Nessas fabulosas negociatas - que a grande mídia nunca denunciou - foram entregues a carteis estrangeiros as infraestruturas construídas e pagas pelo Estado. Além disso, privatizaram-se e desnacionalizaram-se bancos, cada vez mais favorecidos pela legislação e pelo BACEN.






A entrega dos monopólios das infraestrutura e as normas pró-carteis da precificação de suas tarifas tornaram-se causa maior da alta da inflação.






Daí também, e em combinação com a produção industrial dominada por carteis transnacionais, advém a perda de competitividade da economia e os déficits nas transações correntes, formadores da dívida externa.






Na lógica perversa do sistema, em vez de se construir uma infraestrutura eficiente e independente, finge-se combater a inflação através da elevação das taxas de juros.






Ora, aumentar os juros significa:






1) fazer crescer as insuportáveis despesas financeiras do Tesouro, incapacitando-o de realizar os prementes investimentos de infraestrutura, baixar o "custo Brasil" e melhorar o grau de competitividade;






2) elevar a taxa de inflação, uma vez que os juros são um dos custos de produção, além de dissuadir investimentos produtivos e assim reduzir a oferta de bens e serviços, determinante da alta dos preços;






3) tornar ainda mais concentrada a renda e o poder nas mãos dos oligarcas financeiros: daí ser essa política promovida pelas "autoridades monetárias" e endossada pelos beneficiários das doações de grandes empresas e bancos às campanhas eleitorais.






Mais efeitos estruturais negativos são gerados a pretexto de conter os preços através das importações, deixando de desvalorizar a taxa de câmbio em correspondência com a alta dos preços internos: agrava-se a falta de competitividade da indústria local e aumenta a desindustrialização.






As empresas estatais foram entregues a preços muito abaixo de seu valor patrimonial, envolvendo a subavaliação dos lances iniciais, o pagamento em "moedas podres" (títulos de dívida desvalorizados) e a participação de fundos de pensão de estatais. Ainda por cima, a União despendeu centenas de bilhões de reais para sanear passivos trabalhistas e financeiros das empresas privatizadas.






Assim, o Brasil tornou-se a casa da sogra dos carteis. Nas telecomunicações, até as tarifas promocionais são múltiplos enormes das normais do exterior. O serviço é de baixa qualidade, e áreas imensas ficam sem sinal. 






Mudanças na Lei Geral das Telecomunicações (nº 9.472/97) permitiram a operação de telefonia e celular por um único conglomerado, e incentivos à concentração favoreceram as mega-empresas, apoiadas por ANATEL e CADE.






No sistema elétrico, danos semelhantes ao País: a infraestrutura deteriorou-se, e, desde a privatização, as tarifas elevaram-se em cerca de 150%, acima da alta média dos preços.






A Petrobrás, foi privada, desde sua fundação, do monopólio da distribuição, o segmento privilegiado da indústria do petróleo, feudo para obter grandes lucros e que nada produz. A estatal já tivera desgastes, mesmo antes dos pesados golpes decorrentes da Lei 9.497 de 1997, entre os quais sua desnacionalização parcial e a perda dos monopólios da prospecção e exploração.






Desde 1955, a preponderância dos combustíveis fósseis, não-renováveis, esteve associada à deletéria expansão subsidiada da indústria automotiva, nas mãos dos carteis transnacionais, com a míngua de investimentos nas ferrovias e demais meios eficientes e econômicos, como a navegação fluvial e a marítima.






A mesma linha pró-subdesenvolvimento – característica da política inaugurada em agosto de 1954 - faz que, nas hidrelétricas, a geração de energia seja grandemente diminuída, e os custos elevados.






As mesmas normas e intervenções falsamente ambientais e pró-indígenas, impedem ou reduzem as eclusas, para grande dano do aproveitamento de rios e canais que tornariam baratíssimo o transporte interior no Brasil.






A política pró-subdesenvolvimento fez, nos anos 90, entrar em cena os negócios corruptos do gás da Bolívia, em favor das angloamericanas Shell, BP e Enron, tendo o Brasil pagado pelos gasodutos e investido em termelétricas antieconômicas, sem falar nas alimentadas por óleo combustível.






Ao mesmo tempo, impede-se que a energia de biomassa assuma o lugar principal que deve ter:






1) desvirtuando o Programa do Álcool, criado sob a liderança de Severo Gomes e Bautista Vidal, a partir de 1975; o etanol chegou a suprir integralmente a demanda de veículos novos produzidos no País, antes do final dos anos 80, mas concentrou-se em usinas e plantations gigantescas, que implicam transportar a cana a grandes distâncias e depois o álcool, de volta: a produção descentralizada, e combinada com alimentos, trazia vantagens econômicas, sociais e ecológicas; mas, nos últimos decênios o setor sucroalcooleiro passou a integrar o agronegócio e tem sido desnacionalizado;






2) marginalizando a produção de óleos vegetais, com a escolha de matérias primas e tecnologias erradas, como o biodiesel, além de adotar a lógica concentradora, antieconômica e antissocial, dificultando o acesso ao mercado de cooperativas e pequenos produtores;






3) coerentemente com a opção pela dependência tecnológica, não dando espaço à alcoolquímica e nem à oleoquímica;






4) entre as fontes renováveis de energia, preferindo e subsidiando as de tecnologia proprietária de empresas estrangeiras, como a eólica e a solar.






Juntamente com a desorganização econômica, política e social, fortalece-se a ordem colonial sobre o País, enquanto este perde a identidade nacional.






O caminho para isso tem sido as respostas subalternas dos governos às crises recorrentes derivadas do modelo dependente. Ao contrário do que alegam, as autoridades monetárias não têm como sanear as finanças, levando à estratosfera a dívida do Tesouro.






Com a composição e capitalização da elevadíssima taxa SELIC, o crescimento dessa dívida compromete, em definitivo, a independência do País. 






No círculo vicioso, a produção e o emprego caem, e os recursos que os viabilizariam, são carreados para o pagamento de impostos, a fim de sustentar rendas exclusivamente financeiras, enquanto definham as suscetíveis de gerar produção.






A presente crise é pretexto para cortes profundos, também na área militar, vital para que se recupere algum grau de autonomia. Ela perdera substância, quando da crise da dívida externa do início dos anos 80.






Dita crise resultara da estrutura industrial desnacionalizada e concentrada que fizera acumular déficits externos incompatíveis com a capacidade de pagamento do País.






Hoje revivemos a daquela época, quando foram desativadas importantes indústrias de defesa, devido à falta de encomendas das Forças Armadas. A partir dos anos 80, não cessaram de ocorrer perdas e desnacionalizações de empresas brasileiras.






Nos anos mais recentes, após um esforço de ressurgimento, promove-se, de novo, desmonte nas pastas militares, tendo o governo cortado R$ 500 milhões no projeto (KC-390) da EMBRAER, com mais de 1.000 engenheiros e 10.000 técnicos envolvidos. Podam-se também os projetos da HELIBRAS e os dos submarinos.






Em suma, o País fica sem indústria e sem tecnologia, e à mercê das potências imperiais. O Reino Unido, à frente delas, obteve a demarcação de áreas imensas em Roraima e em outras regiões amazônicas, a pretexto de criar reservas indígenas e ecológicas. Pouco falta para essas áreas serem alijadas do território nacional.






Todos deveriam saber que o Reino Unido ocupa as Ilhas Malvinas da Argentina há mais de duzentos anos e recusa-se a reconhecer a soberania platina sobre essa área rica em petróleo.






A realidade do Brasil é a de um país dominado pelas corporações estrangeiras e desestruturado, que sofre assalto antigo, agora em fase aguda, desferido também sobre Petrobrás e à engenharia nacional, cujos conglomerados têm importante atuação nos segmentos tecnológicos da defesa. 






Por que o inimigo ataca, confiante? Por que nem a Petrobrás é mais unanimidade. Porque a coesão nacional foi dilacerada. Porque o País está sem liderança política alguma, digna de crédito, e sem que qualquer dos poderes do Estado o defenda.









Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.




Posted: 23 Jun 2015 03:59 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Vinicio Tomei






Sim, se você pensou no filme de Luc Besson, onde forças do mal planejam destruir a terra acertou, pois é esse mesmo o título que encima este artigo.


Inexiste a pretensão de se fazer uma análise profunda dos males que afetam nossa Pátria, pois isso exigiria algumas centenas de pesquisadores e algumas décadas de estudo e compilação de dados. O mais prático, e mesmo mais indicado será uma necropsia da Nação, para analisar as causas da morte da sociedade brasileira, já em estado comatoso.






Vivemos um momento de profundas transformações, para pior, do estado de saúde política do país. O desenvolvimento de movimentos sociais colimados com um viés comunista, tem amiúde causado transtornos a paz social e indiscutivelmente são um desafio a Lei e a Ordem, com a destruição da propriedade privada e de pesquisas científicas, anos de trabalho árduo de nossos pesquisadores.






O autointitulado movimento social MST, apoiado e financeiramente suportado pelo governo, teve em um primeiro momento, como bandeira e objetivo a reforma agrária, pois segundo seus líderes os trabalhadores rurais não possuíam sequer um pedaço de chão para plantar, um pedaço de chão para chamar de seu. É claro que o apelo é comovente, e durante certo tempo contou com o beneplácito da sociedade, entretanto essa bandeira do MST continha símbolos conflitantes.






O contrassenso residia no clamor de "ter um pedaço de terra" para chamar de seu, uma vez que contraria a filosofia comunista da "não existência da propriedade privada", conforme lecionaram os ídolos dessa malta, professores humanistas como Lenin, Stalin, Pol Pot, Mao, Fidel, Che Guevara e outros genocidas com propósitos sociais.






A escória do MST se apoia na Carta Magna brasileira que determina que a propriedade deve ter função social. Ao se aperceberem da idiotice de sua bandeira, abandonaram a ideia inicial e começaram a invadir e destruir as propriedades produtivas, sob os auspícios do governo. Desconhecem propositadamente que a função social da propriedade é pagar impostos, e se improdutivas, impostos progressivos.






Afrontam os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e sob a regência do governo buscam instalar o caos na Nação.






Se vivemos hoje uma situação calamitosa em termos de estabilidade social, devemos reconhecer que esta situação é resultado da ação positiva do poder executivo em instalar um regime comunista no País, que ao corromper o congresso criou uma situação de eclipse no parlamento, e muito objetivamente busca agora anular o poder judiciário.






Esse poder (o Judiciário) é o ultimo pilar da Democracia, e ao ungirem ao STF aquele que é sem nunca ter sido, fica quase pronto a obra prima. Esse que nunca passou em um exame para juiz, que afronta os princípios básicos para ter assento no tribunal, quais sejam "reputação ilibada" (esta sendo processado) e "reconhecido saber jurídico" (não passou nos exames para juiz), hoje terá assento para julgar os escabrosos casos de corrupção que destruíram a Petrobras.






Esse senhor não é o quinto integrante da Turma, MAS É SIM O QUINTO ELEMENTO, AQUELE COM MAIOR PODER DESTRUTIVO PARA O CONTRATO SOCIAL.






Vivemos um momento delicado, e o acertado seria a própria sociedade civil ter condições de efetuar o "recall" daqueles que fugiram aos princípios morais básicos, de agir em nome do povo em busca do bem comum, e transformaram as instituições em balcão de negócios.






Para que isso ocorra é preciso que a sociedade tenha a garantia de que sua vontade será respeitada, que terá o apoio das instituições militares. 






Gostaria muito de acreditar que as mudanças exigidas pela sociedade civil ocorressem sem confronto com as força do Mal, mas é impossível desconhecer que o lado negro da força tem a capacidade de devorar a razão e a luz dos cérebros por ela contaminados.






SE VIS PACEM PARA BELLUM









Vinicio Tomei é Advogado e foi piloto da extinta VARIG.




Posted: 23 Jun 2015 03:59 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Dorrit Harazim






A indagação foi postada nas redes sociais feito garrafa lançada ao mar, sem destinatário certo: "Onde podemos nos sentir seguros? Onde podemos ser livres? Onde podemos ser negros?". Era o resumo da desesperança da América negra após a chacina racial na Igreja Metodista Emanuel de Charleston, estado da Carolina do Sul. Uma interrogação que não se imaginava mais necessária nem urgente.






Em 1863, quando Abraham Lincoln pronunciou o crucial discurso de Gettysburg sobre o qual foi construída a ideia de nação, ele alertou para a "obra inacabada" que o país ainda tinha pela frente. Por certo não imaginou que entre 1877 e 1968, ano do assassinato de Martin Luther King, ainda ocorreriam quase quatro mil linchamentos de negros por supremacistas brancos. E que mais de 25 cidades do país teriam suas comunidades negras atacadas em um único verão, o sinistro "Verão Vermelho" de 1919.






À luz da profusão de dados divulgados desde a matança em Charleston, fica-se sabendo que entre 1995 e 1998 houve mais de 700 atentados ou tentativas de ataques à bomba contra locais de culto da população negra. Basta repetir esse dado — mais de 700 episódios em três anos — para entender que a pergunta "Onde podemos ser negros?" nada tem de retórica.






Nela está embutido o tenebroso retrocesso histórico e a frustração coletiva do negro americano em 2015. Para os filhos e netos da geração que em 1963 entoou "We Shall Overcome" com Martin Luther King coberta de cicatrizes, porém vitoriosa, nada há a comemorar. Ser negro em 2015 é se sentir invisível. Ser negro e jovem nos Estados Unidos de hoje é ter no horizonte um embate com a polícia, a Justiça, o abuso. A terra conquistada no passado voltou a lhe ser estrangeira.






O retrato desse revés esteve no semblante do presidente Barack Obama durante a fala em que compartilhou com a nação seu pesar por mais essa chacina. Era a décima quarta vez desde sua eleição a ter de prestar homenagem a vítimas americanas de fuzilarias selvagens praticadas por matadores que, além de brancos, são ultra-americanos.






Quem aguarda com ansiedade um discurso histórico de Obama sobre a urgência de uma América pós-racial provavelmente terá de se contentar com a leitura de suas futuras memórias, na condição de ex-presidente. Ele já deu provas suficientes de que, enquanto estiver na Casa Branca, evitará obrigar a nação a se confrontar com uma questão que Abraham Lincoln sabia estar não resolvida 200 anos atrás.






Mas há outro aspecto embutido na chacina de Charleston que, ao contrário dos atentados de extrema-direita anteriores, talvez não consiga ser escamoteado desta vez. Imagine-se que o perpetrador não tivesse sido o americano de franjinha loira Dylann Roof, de 21 anos, e sim um muçulmano de feições escuras bradando "Allahu Akbar". Tanto a narrativa na mídia americana teria sido diferente como seria diferente o aparato de segurança nacional acionado para lidar com o caso.






Segundo dados levantados pela Fundação New America, 26 pessoas foram mortas por ataques jihadistas nos Estados Unidos desde o 11 de Setembro. No mesmo período, atentados praticados por extremistas racistas e militantes antigoverno americanos mataram 48 pessoas. Ainda assim, a resistência em classificar as chacinas domésticas de atos terroristas é enorme. Prefere-se atribuir essas matanças a atos isolados praticados por jovens problemáticos — os chamados "lobos solitários" com problemas mentais.






Se a definição mais genérica de terrorismo é um ato de violência contra civis por indivíduos ou organizações com propósitos políticos, é hora de definir os atentados racistas como terroristas e tratar do assunto como questão de segurança nacional verdadeira — a do futuro de sua gente.


O apresentador Jon Stewart, hoje a voz mais respeitada da televisão americana, deixou de lado o habitual tom satírico e fez o desabafo que nenhum homem público teve coragem de fazer:






"Nós invadimos dois países, gastamos trilhões de dólares, inutilizamos milhares de vidas de soldados americanos e disparamos máquinas da morte não tripuladas sobre cinco ou seis países para garantir a segurança dos Estados Unidos. Nós até torturamos em nome da segurança nacional. E aqui, fazemos o quê? Damos de ombros. Falamos em 'uma tragédia visitou essa igreja sagrada'. Não, isso não foi uma tragédia. Tornados são tragédias. Isso é racismo, preto no branco, é terrorismo doméstico, nada a ver com lobo solitário, é matilha. Al-Qaeda? EI? Eles não são nada comparados com o que nós fazemos contra nós mesmos, regularmente".









Dorrit Harazim é Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 21 de Junho de 2015.




Posted: 23 Jun 2015 03:57 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I.S. Azambuja






Para merecer o título de superpotência mundial, um país deve ocupar o primeiro lugar em quatro domínios: econômico, tecnológico, militar e cultural. Os EUA são atualmente o único país – e o primeiro da História – que preenche essas quatro condições de uma só vez em escala planetária.

A União Européia, por sua vez tem avançado muito lentamente na busca da concretização de um centro único de decisão diplomática e militar. Como, sem unidade, poderia ela fazer contrapeso à política externa norte-americana, desde que, para esboçar uma ação, por mínima que seja, precisa de antemão obter a unanimidade dos atuais 25 países-membros?

A União Européia (UE) aos poucos se transformou num paquiderme, face ao inchaço do aparato institucional, já conhecido como eurocracia. Os números impressionam, mas nem só de gente vive a eurocracia. Somente o Conselho Europeu produz diariamente cerca de 3 mil documentos, o que significa mais de 35 mil páginas. Já a Comissão Européia, braço executivo da UE, gera cerca de 10 mil documentos por ano, além dos cerca de 1.500 comunicados à imprensa. O Parlamento Europeu, por sua vez, sequer consegue contabilizar a papelada. O que se sabe é que sua biblioteca acumula mais de 150 mil publicações internas.

Com a admissão dos dez novos membros, chegaram também nove novos idiomas, para os quais os documentos terão que ser traduzidos. Outro elemento complicador da engrenagem eurocrática é a necessidade de rotação da presidência do Conselho, a cada 6 meses exercida por um país. Embora a estrutura central fique em Bruxelas, a cada semestre desloca-se parte do centro do Poder para a capital da vez. A estrutura do Parlamento Europeu também contribui para a confusão administrativa. Os cerca de 700 deputados alternam sessões em Bruxelas, em Estrasburgo e em Luxemburgo.

A conta de tudo isso é salgada. A previsão orçamentária para gastos administrativos em 2005 foi de 6,36 bilhões de euros. Mais de R$ 24 bilhões!

Todos sabem que foram os europeus que tornaram o Século XX o mais negro da História. Provocaram dois cataclismos sem precedentes, que foram as duas guerras mundiais; foram eles que inventaram os dois regimes mais criminosos jamais infligidos à espécie humana. E isso em menos de trinta anos!

Se à decadência européia pelas duas guerras mundiais e pelos dois totalitarismos forem acrescentados os transtornos resultantes das seqüelas deixadas no Terceiro Mundo pela colonização, é lá, na Europa, o local onde devem ser procurados os responsáveis, pelo menos em parte, pelos impasses e convulsões dos subdesenvolvidos. Foi a Europa, ou mais precisamente, foram a Inglaterra, a Bélgica, a Espanha, Portugal, a França, a Holanda e, mais tardiamente, e em menor grau, a Alemanha e a Itália, que conquistaram ou tentaram apropriar-se de outros continentes.

À situação criada pelas tentativas européias de suicídio, constituídas pelas duas guerras mundiais e à propensão dos europeus para engendrar regimes totalitários, também intrinsecamente suicidas, veio juntar-se, a partir de 1990, a obrigação de absorver o campo em ruínas deixado pelo comunismo.

Deve ser louvada a perplexidade do cidadão de Montana, por exemplo, ou do Tenessee, treinando para a intervenção norte-americana na ex-Iugoslávia. Ele pode perguntar-se que interesses têm os EUA em mergulhar no lodo sangrento dos Bálcãs, obra-prima multissecular do inegável talento europeu. Mas nesse caos mortífero que construiu com suas próprias mãos, a Europa revelou-se incapaz de pô-lo em ordem sozinha. Foi necessário, para fazer cessar ou diminuir os massacres balcânicos, que os EUA se encarregassem da operação, sucessivamente na Bósnia, no Kosovo e na Macedônia. Os europeus agradecem de imediato, tratando-os, no entanto, de imperialistas, e chamando-os de isolacionistas vis no momento em que eles falam em retirar suas tropas.

Determinadas críticas infundadas revelam as fraquezas e os fantasmas daqueles que as formulam. Por certo, como todas as sociedades democráticas, a sociedade americana tem muitas deficiências e merece numerosas críticas e a imprensa americana não cessa de fazê-las. Contudo, para exprimir algo mais que a fobia de seus detratores, seria necessário que essas críticas fossem justificadas e os defeitos fossem verdadeiros. Elas seriam legítimas e úteis se baseadas em um mínimo de argumentação racional.

Mas quando Vladimir Putin diz que foram os "crimes" da OTAN – o que significa, segundo ele, os EUA – no Kosovo, que "desestabilizaram" a Iugoslávia – desestabilizada por si só desde 1991 -, está-se em presença não de uma crítica racional, mas de uma mentira deliberada.

Confusão semelhante reina nos espíritos a propósito das realidades econômicas. Por um lado, os estrangeiros censuram os americanos por desejarem "impor aos outros um modelo econômico e social". Por outro, quando ocorre uma desaceleração nos EUA, os outros países sofrem, mais ou menos, com seus compromissos. Todos, neste caso, ficam à espreita da "retomada" da economia americana, esperando que as suas próprias se grudem nela. Fica no ar uma perplexidade: como é que uma economia considerada tão ruim, da qual ninguém, pretensamente, desejaria copiar as receitas, tem a capacidade de servir de locomotiva ou de freio às economias de tantos outros países?

Por outro lado, o princípio denominado de "razão de Estado", indiferente à moral e ao interesse dos outros, produziu fracassos na política internacional desde a Guerra de 1914-1918. Ele foi substituído pelo princípio da "segurança coletiva", levado dos EUA à Europa por Woodrow Wilson, em 1919, e reafirmado com vigor por Franklin Roosevelt e Harry Truman em 1945. A política internacional inspirada nesse princípio é de invenção norte-americana e funciona desde 1945 sob a direção dos EUA. Dificilmente existiria outra que pudesse conduzir a um mundo mais aceitável.

Para que essa política internacional de segurança coletiva – incluindo, evidentemente, a luta contra o terrorismo - não desse lugar a uma "hiperpotência" (palavra cunhada por Hubert Vedrine, ministro francês dos Negócios Estrangeiros no governo da "esquerda plural", que considerou muito fraco e banal o termo "superpotência", muito embora o prefixo grego "hiper" tenha o mesmo sentido do latino "super"), seria necessário que numerosos outros países tivessem a inteligência de se associarem à sua elaboração e implementação, ao invés de falar mal dos promotores.

Finalmente, que a economia do final do Século XX e do início do Século XXI seja ao mesmo tempo globalizada, capitalista e preponderantemente norte-americana não é expressão de qualquer "arrogância" e nem mesmo o efeito de uma escolha. É a conseqüência do encontro operado pelo determinismo histórico entre três séries de fatos devidamente comprovados:

- os cataclismos econômicos e políticos produzidos pela experiência, especialmente européia, das economias fechadas entre as duas guerras;

- a demonstração, ampla e definitivamente estabelecida, da incapacidade do socialismo em fazer funcionar uma economia, seja qual for e por pequena que seja;

- o enfraquecimento dos europeus, devido às suas próprias aberrações, acumuladas ao longo de toda a primeira metade do Século XX. Esse enfraquecimento implicou, por contraste e de forma por assim dizer mecânica, a escalada dos EUA.




Artigo escrito com dados extraídos do livro "A Obsessão Antiamericana", do francês Jean-François Revel, editora UniverCidade, 2003.









Carlos I.S. Azambuja é Historiador.




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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015