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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Alerta Total




Alerta Total


  • Marcelo Odebrecht terá coragem e sensatez de acabar com a Nova República fazendo delação premiada? 
  • O Brahmané 
  • Lei da Corrupção 
  • Desgovernança destrutiva 
  • Double Face 
  • A vez dos grandes 
  • Presidente, constrangedor é o seu governo! 
  • Como a Al-Qaeda foi descoberta 



Posted: 22 Jun 2015 03:45 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






Antes de ser preso, sexta-feira passada, Marcelo Bahia Odebrecht teria feito uma ligação e mandado um recado geral: "É pra resolver essa lambança ou não haverá República na segunda-feira"... Por isso, persiste a pergunta: Será que o mundo acaba a partir de logo mais, por causa da Erga Omnes da Lava Jato? Marcelo ou seu pai Emílio (que teria dito o mesmo que o filho) terão coragem e sensatez de cumprir a ameaça emocionalmente feita, ou tudo não passará de mais uma bravata que desaparece após o desespero inicial?






Quem conhece de perto os herdeiros de Norberto Odebrecht sabem que o pai e o filho não estão de brincadeira e são capazes de tudo para salvar seu império - o quinto maior grupo brasileiro - que é um parceiro de negócios das maiores estatais de economia mista, dos governos federal, estaduais e municipais e de países estrangeiros (sobretudo na África). Por isso, não será surpresa se Marcelo Odebrecht partir para ofensiva, em sua estratégia de defesa, aderindo a uma surpreendente colaboração premiada que, com certeza, arrasaria com a tal "Nova República".






A advogada Dora Cavalcanti entrará com pedido de habeas corpus para soltar Marcelo. Se não for bem sucedida, ainda mais porque a prisão preventiva está bem fundamentada pelo juiz Sérgio Moro nas "delações premiadas" feitas por empreiteiros e por Paulo Roberto Costa, a tendência é que a família Odebrecht parta para um acordo judicial. Este é o maior temor de Luiz Inácio Lula da Silva - apontado como grande beneficiário dos favores da empreiteira. A tese de Odebrecht poderia ser bem simples: a empresa foi forçada pelo modelo estatal brasileiro a operar no sistema de corrupção. O Capimunismo tupiniquim explica a sacanagem melhor que Freud...






Se a Odebrecht tentar se defender da maneira convencional, tentando negar tudo e apostando no seu imenso poder de influência política (inclusive nas altas esferas do judiciário), o risco de um fracasso é quase certo. Agir na defensiva coloca em risco a saúde do conglomerado, que opera com elevadíssima alavancagem, principalmente em títulos de dívida com estrangeiros. Se a empresa resolver colaborar, poderá fazer como a também baiana OAS - que sexta-feira apresentou seu plano de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O bicho começa a pegar forte a partir da tarde desta segunda. O juiz Sérgio Moro deve começar a ser ouvidos alguns dos 12 presos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. Primeiro, serão tomados os depoimentos de quatro pessoas que tiveram decretada prisão temporária, como o executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, os executivo da Andrade Gutierrez Antonio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lúcio Magalhães, além de Christina Maria da Silva Jorge, da Hayley do Brasil. Até 3 de julho, Moro deve ouvir todos. A expectativa é pelo depoimento de Marcelo Odebrecht.


Antes disso, ainda hoje de manhã, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef devem participar de uma acareação na sede da Polícia Federal em Curitiba. O objetivo é contrapor fatos conflitantes apresentados nos depoimentos prestados pelas duas peças-chave da Operação Lava-Jato, como o pagamento de dinheiros a políticos.


Os principais pontos a serem esclarecidos pela dupla Costa/Youssef se referem: 1) a um suposto pedido de R$ 2 milhões feito pelo ex-ministro Antônio Palocci para financiar a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010; 2) a uma suposta doação, também de R$ 2 milhões, para a campanha da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que envolve o também ex-ministro Edson Lobão (PMDB-MA). 
Releia o artigo de domingo: Confissão ou Testamento do Lula






Conto do Vigário











Morte do Boato






A coisa anda tão horrível para o impopular desgoverno Dilma que, desde sábado, uma piada lançada sábado nas redes sociais, ontem se transformou em um boato mórbido.






Não passou da mais pura mentira o "informe" de que Dilma teria tentado se suicidar, tomando overdose de tranquilizantes, no Palácio da Alvorada.






De todo modo, se fosse notícia verídica, já seria falta no nascedouro, porque Dilma está mais que viva, mas a Presidenta já morreu logo que assumiu o segundo mandato, e tem zero chance de ressuscitar...






Volume Morto da Politicagem











Por falar em morte, o Grupo Globo quer arrasar com a PTlândia, antes que os petralhas e a concorrência estrangeira acabem com ele...






Caidona











Time bom











Equipe do juiz Sérgio Moro - que apavora os corruptos sistêmicos no Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita - faz sucesso nas redes sociais.






Tem cabimento?











Manifestação à vista











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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!








O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 22 de Junho de 2015.




Posted: 22 Jun 2015 03:40 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

O molusco ofídio cometeu um sincericídio.






Está como de urubú aborto, no fundo do volume morto.






Diz ser o próximo alvo do protegido de um rapinante calvo.






Como o do russo Rasputin, terrível será seu fim.






Termina o macabro festim. Prudente, dona Onça o fim espera, da luta entre cruz e esfera.






O melhor livro de Chesterton talvez, nunca foi traduzido ao português.("La esfera y la cruz" (ISBN 84-7702-524-x ou9788477025245 ).






"El Paraíso de los Ladrones" (ISBN 950-695-116-0) acabará por ataque de drones.






Nunca dantes na história deste país vimos novela com final tão feliz.









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 22 Jun 2015 03:38 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Sérgio Alves de Oliveira






A questão que tentarei responder é onde se localiza o ninho, o berço, o nascedouro, da roubalheira generalizada que se instalou mais fortemente nos governos de FHC e LULA/DILMA, onde especialmente tomou contornos inimagináveis. Sei que isso será tão difícil como encontrar um ninho de cobras.






Por um lado,a Polícia e o Ministério Público federais,bem como a própria Justiça, que talvez até estejam, efetivamente, empenhados em combater a corrupção no serviço público, conseguiram pegar somente a "pontinha" do iceberg. Mas essa "amostragem" já foi o suficiente para se explicar as razões pelas quais o Brasil está em primeiro lugar no mundo na cobrança de impostos não correspondentes ao retorno que é dado à sociedade. Afinal,grande parte dos impostos têm que ser desviados para alimentar tanta corrupção.






Mas todos esses organismos federais combatem somente os EFEITOS, nunca as CAUSAS, ao menos as principais, da corrupção. Certamente é um paradoxo, mas essas causas estão precisamente embutidas dentro da LEI, às vezes num parágrafo quase "escondidinho". 






As leis sobre licitações, e muitas outras, são feitas por políticos com vocação à corrupção e tem a "competente" ajuda de empresários que só buscam seus próprios interesses, que se resumem em ter o Serviço Público como um cliente "preferencial", que paga melhor, bem melhor, que os outros. É desse "plus" que saem as generosas "gorjetas", milhões e bilhões, para políticos e gente da Administração.






O lema da minha turma de formandos de 1968 na Faculdade de Direito foi: "Para Sermos Livres Temos que Ser Escravos da Lei". Hoje me envergonho desse lema, que acho até ridículo, mas que adorei naquela época de "santa ingenuidade", pois aprendi que os reais interesses da lei podem estar na contramão da justiça, da ética e da dignidade, favorecendo interesses escusos.






Finalmente chegou a hora. Estou falando das leis que regularam e regulam as licitações no serviço público. Começa pelo Decreto–Lei Nº 200, de 1967, cujos artigos 125 a 144 tratavam das licitações. Depois veio o Decreto-Lei 2.300/1986, que também se referia às licitações na Administração Pública. Acolhido o regime das licitações na Constituição Federal de 1988, artigo 37, XXl ,a matéria hoje é regulada nas Leis 8.666/93 e 10.520/2002. 






Progressivamente a legislação foi "apertando o cerco" das licitações na Administração Pública, com isso ampliando, paralelamente, os focos de corrupção. Bom é lembrar, por exemplo, que o D.L 200/67 obrigava somente os órgãos da Administração Federal a seguir os seus princípios. Depois foi estendido aos Estados e Municípios,incluindo seusórgãos da Administração Indireta.






Os que hoje nos governam, cujo partido (PT) está no poder há doze anos, na verdade podem "lavar as mãos", pois não estavam na posição de mando que hoje têm quando foram elaboradas as principais leis sobre licitações. 






Portanto,"eles" não têm culpa. Mas foram eles os que mais se "aproveitaram" dessas leis. Comparados com os desvios da "Era do PT" e, em menor escala, da "Era FHC" (lembram das privatizações, onde a Embratel saiu por menos de 2 "bi"?), os corruptos do passado podem ser considerados ladrões-de-galinha, exceto alguns poucos remanescentes daquela época que sobreviveram e hoje estão "coladinhos" com a nova geração de ladrões do erário, com eles até formando "sociedades" nos interesses comuns.






O problema nas leis que regulam as licitações na área pública está na própria lei, que contém indecências com o selo da "legalidade". Os tais de "Editais" das licitações já são feitos para determinados interessados num universo extremamente limitado. São geralmente "dirigidos". Somente os que preencherem os requisitos exigidos poderão participar do certame. Aí fica muito fácil a reduzida "quadrilha" de competidores acertar entre si, previamente,qual será o vencedor da licitação, o que será compensado mais tarde no "rodízio" acordado entre eles. Esse esquema é a regra geral. Ocorre em todas as grandes licitações. O "mais barato", que vence, nessa hipócrita "moralidade", certamente é muito mais caro do que o preço que mesmo produto seria vendido no comércio comum.






Rapidamente vou contar-lhes uma situação que vivenciei. Em certa ocasião fui designado para compor uma "comissão de licitação", numa empresa paraestatal qualquer. O objetivo era a compra de fios FE-160. O Edital exigia que poderiam participar do certame somente os fabricantes do fio. 






Na abertura das propostas o melhor preço foi na casa dos 700 (nem lembro a moeda)o metro. Por minha iniciativa consultei um comerciante na cidade que vendia o mesmo fio, perguntando-lhe o preço do metro. Fiquei estupefato com a resposta: na casa dos 400. Pode isso?






O Juiz Federal Sérgio Moro, de Curitiba, competente para processar e julgar os casos da "Operação Lava-Jato", tem se notabilizado ao afirmar que a melhor pista na caça aos corruptos é "seguir o dinheiro". Mas o problema não para aí. Se as causas da corrupção não forem atacadas, essa caça aos corruptos será eterna. Certamente a causa maior está na deficiência moral dos políticos, administradores públicos e empresários que negociam com a Administração. Mas a origem de tudo se dá no "berçário" das leis, seja no Poder legislativo ou no Poder Executivo. Está na própria lei, portanto.






Nessa ótica, a Justiça opera como um "corpo de bombeiros". Só age para "apagar o incêndio", encontrar e punir os corruptos, eventualmente recuperando o que foi roubado (quando sobrar alguma coisa,claro). Ela não vai às origens do problema. E tem mais: ela age inconscientemente com cumplicidade, defendendo com mão férrea as leis sobre licitações elaboradas nos outros Dois Poderes. Sua missão é servir de "cão-de-guarda" das leis, muitas vezes imorais, como são as referentes às licitações. Depositar alguma esperança que através da Justiça o combate à corrupção dará algum resultado será sempre um equívoco, portanto. O problema é muito mais complexo. A linha seguida pelo Juiz Sérgio Moro não basta. Corrupto cresce como erva daninha. Para cada um que vai para as grades nasce mais meia dúzia. Se o "berçário" da corrupção não for destruído, nenhum resultado positivo advirá.






Ora, então a conclusão é de estarrecer. Se de fato a lei é a principal fonte do direito positivo, e outras leis existirem com vícios à semelhança das leis sobre licitações, na verdade não se estaria vivendo no propalado "estado-de-direito", e sim já no seu estado oposto, ou seja, no "estado do antidireito", obrigatoriamente seguido pelos próprios juízes que aplicam as leis nas demandas que lhes são submetidas.









Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.




Posted: 22 Jun 2015 03:36 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Henrique Abrão






As grandes aberturas feitas no mercado acionário repercutiram favoravelmente ao conceito de governança corporativa e do novo mercado, neuer market como acontecia há muitos anos na desenvolvida Alemanha. Entretanto,por falta de previsão, de regulação e supervisão, o que assistimos nos últimos anos consubstancia uma verdadeira desgovernança destrutiva.E se explica, sem mais delongas.






O mercado que passava de 70 mil pontos com todos os aspectos de crescimento e influencia do capital estrangeiro, além dos investidores locais, tudo isso foi desmoronando, pouco a pouco, em razão de conceitos e preceitos de empresas as quais alimentaram seus acionistas de prejuízos incalculáveis. E agora, na contramão da história, os arautos de plantão querem introduzir o juízo arbitral como cláusula pétrea entre companhia e acionista, uma carta de alforria para liberar o controlador dos seus abusos, desmandos e desvios, notadamente nas sociedades de economia mista.






Esse mecanismo que une a imprudência de um lado e a omissão doutro fez com que milhares de investidores pegassem o caminho de volta e se decepcionasse a ponto de não mais confiar no mercado. Os sinais de desconfiança e descrédito, essencialmente quando não são policiadas as operações pelo xerife do mercado, assustam e minam as resistências, a


tal momento que hoje o que observamos é um mercado minguado, recuado, amedontrado e no mais das vezes que anda de lado para dizer o menos.






Os investidores que sonhavam com os papéis do futuro para uma aposentadoria cômoda, como existe nos EUA, ao se levantarem viram o verdadeiro pesadelo, não apenas o preço derruiu de vez, mas os dividendos e juros sobre capital não mais serão pagos e por um bom tempo. Ninguém em qualquer país desenvolvido do mundo ousará comprar um papel de macroempresa, não receber boa remuneração e mais


além ver a queda acentuada e somente contabilizar o prejuízo.






Tentam consertar a qualquer custo a desgovernança corporativa que minou as expectativas e implodiu os fundamentos da Lei Sarbannes Oxley e Dodd Fred, mas nos EUA a fiscalização é muito presente, dinâmica e as multas elevadíssimas, ao contrário do que assistimos aqui, quando a multa maior gira em torno de 500 mil reais,e a seguradora paga a cobertura feita na apólice e o administrador que se desvia do objeto social da empresa, ao invés de ser proibido por dez anos a voltar nessa posição,


fica impune e imune, pois que basta o pagamento da astreinte para não mais repousar sobre ele qualquer imputação, infração ou cometimento de ilicitidude. 






Todo o plano de infraestrutura acompanhado das grandes obras os ingredientes vinham do mercado, e agora que a crise mostra a cara, os juros sobem, a dúvida é como as empresas conseguiram recursos se o mercado está apático, anêmico, esquelético, sem vibração ou sinal de transformação, melhora,aprimoramento e aperfeiçoamento. 






Essa situação é bem delicada pois quem já perdeu seus recursos


acumulados ao longo de décadas não enfiará mais a cara para bater, daí porque ou as empresas tenderão a fechar o capital, ou se distanciar da bolsa, e as aberturas serão coisa do passado, infelizmente. O jogo vergonhoso de perdas para muitos e ganhos para um grupo pequeno alardeou o sonoro grito de atenção para a fenomenologia da desgovernança destrutiva.






A reconstrução do mercado acionário passa sobretudo pela autofiscalização, supervisão e gerenciamento do órgão regulatório. Não basta ser xerife e mostrar o distintivo. É preciso agir não espaçadamente, mas em todos e quaisquer circunstâncias nas quais a transparência, a falta de informação, o insider trading, o insider information, e todos os contrapontos fortemente influenciaram para que o nível um e o novo mercado fossem solapados por empresas cujos administradores não ouvem, não escutam, e não se sensibilizam com nada exceto a ambição pelo lucro, a cupidez pela ganância e a soberba de querer romper as pilastras de normalidade e do bom funcionamento, aspectos que incrementam os negócios, hoje em desuso.









Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.




Posted: 22 Jun 2015 03:35 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Paulo Roberto Gotaç






A presidente Dilma, falando em nome dos Bolivarianos, liderança aparentemente não outorgada pelos demais membros, tentou vender, em Bruxelas, aos líderes da União Europeia (UE), com pouca chances de ser bem sucedida, face às crises nos governos companheiros da Argentina e Venezuela, as potencialidades do Mercosul, procurando persuadir os europeus da pujança comercial do grupo, acenando com a possibilidade de assinatura ainda este ano de acordo comercial amplo. 






Dentro da mesma linha de guia espiritual da comunidade latino americana, anunciou ser inadmissível qualquer interferência em relação aos acontecimentos de amordaçamento e repressão que vêm ocorrendo na Venezuela de Maduro, cujo governo mantém presos representantes da oposição e profissionais de telecomunicações que não rezam de acordo com a cartilha oficial. 






Tais atitudes, apoiadas, por omissão, por Brasília, estão a merecer críticas contundentes, com ameaças de sanções, da comunidade internacional, guiada por preceitos democráticos e de direitos humanos, imperativos, aliás, expressos nos regimentos do próprio Mercosul, dos quais o Brasil é signatário, embora, tenha tomado, em 2012, iniciativas contra o governo Paraguaio, expulsando-o do grupo, quando ele, através do seu Senado, usando de dispositivos previstos na constituição, defenestrou, por "mau desempenho", o estranho Bispo Fernando Lugo que rezava pela cartilha Bolivariana. 






Contradições de uma política externa sonsa, "double face", a mesma que já defendeu o diálogo com o Estado Islâmico e que, com manobras constrangedoras, angariou para o país a melancólica alcunha de "anão diplomático".









Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.




Posted: 22 Jun 2015 03:34 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Aristides Marchetti Filho






Mesmo o cidadão de congnição mediana já percebeu que o partido de oposição no Brasil é a Polícia Federal.






Essa instituição pública está a imiscuir-se em todos os imbróglios os quais vem caracterizando a administração pública no país.






Não que existem santos, em absoluto, mas nos últimos anos a situação está por demais endemoniada.






Agora os respingos estão chegando nos grandes.






A Odebrecht é uma gigante.






Uma gigante na terra de pigmeus acéfalos.






Há instituições maiores, muito maiores.






E a ânsia de poder e dominação total, a nova ordem, não irá poupar ninguém.






Parece que a instrumentalização da Polícia Federal, com um poder de fogo jamais visto, enceta o arquétipo da Nova Polícia.






E todos aqueles que não forem suficientemente grandes irão sucumbir.






E o Brasil, a América Lat(r)ina, quintal terceiro mundista do mundo civilizado, esse Brasil promotor do desenvolvimento às custas do erário público está irremediavelmente perdido, não somente porque é corrupto, mas porque está sucumbindo a forças e pressões muito maiores do que aquelas vãs falcatruas sonhadas pelos "poderosos" de plantão.






Tempos difíceis vêm por aí, cidadãos.









Aristides Marchettti Filho é membro do Observatório Civil da Violência em Ribeirão Preto (SP).




Posted: 22 Jun 2015 03:31 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Percival Puggina






Como brasileiro, sinto-me constrangido. Cheguei da Inglaterra na semana passada. Sem exceção, todas as perguntas que me fizeram sobre o Brasil, em estações de trem, no metrô e no comércio, se referiam aos escândalos e à perda de credibilidade do governo. Algo assim é incompreensível no Reino Unido porque lá o regime proporciona condições para que maus governos caiam naturalmente, dentro da norma constitucional.






Após as manobras restritivas e antidemocráticas em que o governo de Nicolas Maduro envolveu o grupo de senadores brasileiros que visitavam o país, a presidente Dilma avaliou que a iniciativa da oposição colocou seu governo numa "armadilha", criando "constrangimento" para o Brasil. O Planalto sustenta que a viagem foi uma intromissão em assuntos internos da Venezuela.






Ah! Então não é o governo venezuelano que deve ficar constrangido com o fato de manter oposicionistas presos, há mais de ano, sob a acusação de estimular manifestações contra o regime bolivariano? Não é o governo de Maduro que deve corar diante da percepção internacional de que implantou uma ditadura sobre seu povo, fechando jornais, impedindo a livre manifestação das ideias, executando manifestantes durante gigantescas manifestações de rua? Não é a senhora, presidente, que deve ficar constrangida por sua atitude ao sequer receber as esposas de Daniel Ceballos e Leopoldo Lopez? Não a constrange a distância entre o nada convincente discurso local pela democracia e pelos direitos humanos e a afetuosa relação que mantém com as duas mais perversas e desastrosas ditaduras da América Ibérica?






Lembre-se bem do que seu governo fez quando as instituições paraguaias - em procedimento lisa e transparentemente constitucional - destituíram o presidente Lugo. Seu governo enviou observadores. Esses observadores deram palpite sobre os acontecimentos. A intromissão de seu governo culminou com a expulsão do Paraguai do Mercosul. Essa manobra escusa visou, na verdade, a atender o pedido de ingresso, no bloco, da "democrática" Venezuela, que vinha sendo vetado pelo Senado paraguaio. Em 2009, fora a vez de Lula proporcionar um tremendo escarcéu quando da destituição do hondurenho Manuel Zelaya, após sucessivas afrontas à Constituição do país.






As prisões cubanas ainda mantêm presos alguns dos dissidentes que foram recolhidos na onda repressiva de 2003. Passaram-se 12 anos! Sucessivas visitas de dirigentes e governantes petistas enfrentaram com silêncio conivente e sem qualquer constrangimento, os apelos dos familiares dos presos por uma atitude solidária do Brasil. Nada! Agora, a presidente não se constrangeu com as manobras para bloquear o tráfego dos senadores em direção ao presídio, nem com a emboscada armada pelos camisas vermelhas de Maduro. Ela se considera vítima de uma armadilha e constrangida pela viagem de solidariedade que promoveram.





Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.



Posted: 22 Jun 2015 03:30 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos I.S. Azambuja






Os terroristas são como baratas. Para cada uma encontrada existem centenas escondidas.

Desde o primeiro atentado ao World Trade Center em 1993, passando por um tiroteio diante da sede da CIA, até à bomba nos Jogos Olímpicos de Atlanta, entre outros, nenhum desses acontecimentos havia sido imputado pela CIA ou pelo FBI a algum organismo denominado Al Qaeda.




No dia 11 de setembro de 2001, os EUA e o resto do mundo puderam ver que um pseudo-financista excêntrico havia sido associado, de modo distante e especulativo, a um ou dois eventos mas não responsabilizado por eles. Segundo a CIA, talvez ele estivesse ligado ao fracassado atentado a americanos no Iêmen, em 1992, e provavelmente houvesse certa conexão entre ele e Ramzi Youssef, que praticara o atentado ao World Trade Centerem 1993 e fugira para as Filipinas. 






Supostamente conhecidos, os responsáveis pelos atentados terroristas discutidos pela mídia formavam um conjunto desconexo, com ameaças aparentemente controláveis: à Inteligência iraquiana, pelo atentado ao ex-presidente Bush; à Inteligência iraniana, pelo atentado à Força Aérea Americana nas Torres de Khobar, na Arábia Saudita; dois americanos excêntricos, pela bomba de Oklahoma; um clérigo egípcio, pelo plano para explodir os túneis da cidade de Nova York; um aspirante a policial, atuando como guarda de segurança, pela bomba nas Olimpíadas de Atlanta; um grupo de sauditas, logo decapitados pelas forças de segurança, pelo atentado à bomba contra a missão norte-americana em Riad; e um atentado à bala matando dois agentes da CIA, nas portas da Agência, praticado por Rim Amal Kansi, que quatro anos depois seria capturado no Paquistão por uma equipe da CIA.




Esse padrão regular de destruição e mortes fez com que a administração Clinton iniciasse uma escalada de verbas destinadas ao antiterrorismo. Paralelamente, Clinton enfocou o terrorismo em uma série de discursos importantes: na Academia da Força Aérea, em Oklahoma, na Universidade George Washington, em Annapolis, duas vezes nas Nações Unidas, duas vezes no Monumento aos Mortos do vôo Panam 103, na Casa Branca, em Lyon, França e em Sharm e-Sheik, no Egito. No entanto, a maior parte da mídia ignorou essas advertências.




Enquanto alguns funcionários federais encontravam-se alarmados diante da ascensão do terrorismo e trabalhavam diligentemente contra ele, outros, inclusive no FBI e na CIA, davam mostras de não terem percebido ainda a urgência do assunto. É isso que nos dizem os livros que resgatam esse passado.




Hoje sabe-se que o atentado ao World Trade Center, em 1993, fora uma operação da Al-Qaeda. Na ocasião, todavia, esse evento foi atribuído pela CIA e pelo FBI a Ramzi Youssef e ao xeque cego Omar Abdel al-Rahman, ambos presos em 1995, e mais Muhammad Sadiq Awda. Todos condenados pelos tribunais norte-americanos. Circulavam rumores de envolvimento árabe nos incidentes contra as tropas norte-americanas na Somália, mas a CIA não conseguiu confirmá-los.




Os detalhes do atentado à missão americana de treinamento militar em Riad não foram bem esclarecidos devido à falta de cooperação saudita. O atentado aKhobar, na Arábia Saudita, foi praticado pelo Hezbollah saudita, sob a estreita supervisão da Guarda Revolucionária do Irã. O Irã organizara também atentados terroristas em Israel, Bharein e Argentina.




Os atentados de Oklahoma e Atlanta haviam sido realizados por americanos ligados a milícias de origem local e a extremistas religiosos. Outro atentado, potencialmente devastador, havia envolvido também milícias americanas, que pretendiam explodir uma instalação de armazenamento de gás. A vigilância do FBI sobre essas milícias evitou uma calamidade.






Apesar da falta de provas de uma participação de Osama Bin Laden nessa série de eventos terroristas, membros importantes da comunidade de Inteligência dos EUA, em 1993 e 1994 continuaram a solicitar que se descobrisse mais sobre o homem cujo nome parecia soterrado nos relatórios da CIA como "o financista terrorista Osama Bin Laden", pois parecia improvável que esse homem, que tinha um dedo em tantas organizações aparentemente desconexas, fosse apenas um doador, um filantropo do terror. Tais organizações pareciam ter um poder centralizador e esse centro talvez fosse ele, que constituía o único elo conhecido entre os vários grupos terroristas.




Em 1991, o governo da Arábia Saudita desistira de tentar persuadir Osama Bin Laden a cessar suas críticas à família real, que havia permitido a presença de tropas dos EUA no país após a Guerra do Golfo e à aliança militar do país com os EUA, determinando que ele deixasse o país. Bin Laden decidiu ir para o Sudão, que na época era o supra-sumo do porto seguro para terroristas de todos os matizes. O governo do Sudão era dominado pela Frente Islâmica Nacional, chefiada por Hassan al-Turabi, um suposto líder religioso. Bin Laden chegou com seu dinheiro e seus homens, árabes veteranos da guerra no Afeganistão contra os russos. A maioria desses veteranos seria presa caso voltasse para o Egito, Kuwait, Argélia ou Marrocos.




Para entender Osama Bin-Laden é preciso entender o mundo em que ele operava: foi o ator principal de uma emaranhada e sinistra teia de Estados patrocinadores do terrorismo, chefões de serviços de Inteligência, como oISI-Serviço Interno de Inteligência do Paquistão, oVEVAK-Serviço de Inteligência do Irã, e terroristas experientes. Há que entender também que nenhum sistema de defesa resiste à determinação de alguém que quer tornar-se um mártir.




Como hoje se sabe, Bin Laden e al-Turabi estabeleceram vários projetos conjuntos: uma nova companhia de construção, uma empresa de investimentos, controle dos mercados sudaneses de commodities, um novo aeroporto, uma estrada entre as duas maiores cidades, novos acampamentos para treinamento de terroristas, uma fábrica de couro, residências para veteranos árabes da guerra afegã, remessas de armas para a Bósnia, apoio a terroristas egípcios em complôs para derrubar o presidente Mubarak e desenvolvimento de uma indústria nacional de armas (incluindo armas químicas). Os dois fundamentalistas eram almas gêmeas, compartilhando a visão de uma batalha mundial para estabelecer um Califado puro.




Nas sombras e utilizando suas empresas, Bin Laden coordenou uma vasta operação para introduzir na Somália e em Cartum, no Sudão, em 1993, cerca de 3 mil terroristas de vários países, a maioria dos quais que havia lutado no Afeganistão contra a invasão soviética, bem como grandes quantidades de armas e equipamentos, além de 900 combatentes do Hezbollah.




Desde Cartum, organizou um conjunto de linhas de comunicação e sistemas de apoio logístico, principalmente através da Etiópia e Eritréia. Em 26 de setembro de 1993, uma emboscada abateu um helicóptero Blackhawk em Mogadício, capital da Somália, e as imagens na TV mostraram uma turba arrastando os corpos dos militares americanos pelas ruas. Pode ser dito que esse foi o início da luta contra as tropas norte-americanas e da ONU que se encontravam na Somália e em 1º de março de 1994 grande parte das forças norte-americanas já havia deixado esse país.




Bin Laden, que já mantinha contatos com o Serviço de Inteligência paquistanês, nessa época estabeleceu relações com os Serviços de Inteligência do Irã (VEVAK) e do Iraque, que viriam a se mostrar úteis em seu caminho para o alto. Os acontecimentos na Somália podem ser considerados um marco em sua evolução, por ter sido a primeira vez que liderou um empreendimento de vulto, com complexas tomadas de decisões e formulações políticas.




Paralelamente, os muçulmanos aproveitaram o colapso da União Soviética para buscar independência para a província da Chechênia. Bin Laden enviou veteranos árabes afegãos, dinheiro e armas para o conterrâneo saudita Ibs Khatab, na Chechênia, que parecia um cenário perfeito para a jihad (guerra santa).




Também a Bósnia parecia se qualificar para uma jihad. A queda do comunismo na Iugoslávia fez com que as repúblicas étnicas naquela união artificial passassem a girar em torno de suas próprias órbitas. A província predominantemente muçulmana da Bósnia por muito tempo havia sido discriminada pelo centro cristão, e sua tentativa de independência em 1991 havia sido brutalmente reprimida pelo governo de dominação sérvia de Belgrado.




Ao contrário da jihad na Chechênia, que a Rússia tentou manter longe dos olhos do mundo, a Bósnia tornou-se o centro das atenções durante sua luta com a Sérvia. A partir de 1992, os árabes que anteriormente haviam sidomujahidins (aqueles que travam a jihad) afegãos, começaram a chegar. Com eles vieram os coordenadores, os homens do dinheiro, da logística e dos fundos de "caridade". 






Organizaram empresas e redes bancárias de fachada, tudo sob a coordenação direta de Bin Laden. Tal como haviam feito no Afeganistão, os árabes criaram sua própria brigada, supostamente parte do exército bósnio mas que operava por conta própria. Osmujs, como se tornaram conhecidos, eram ferozes lutadores contra os sérvios, se envolviam em horríveis torturas, assassinatos e mutilações que pareciam excessivas até para os padrões balcânicos.




O presidente bósnio, Alija Izetbegovic, decidiu aceitar toda espécie de ajuda que aparecesse. O Irã enviou armas. A Al-Qaeda fez melhor: enviou combatentes, homens treinados e durões. Os serviços de Inteligência europeus e americano começaram a rastrear o financiamento e apoio aos mujs, chegando até Bin Laden, no Sudão, e até às instalações que já haviam sido estabelecidas pelos mujs na própria Europa Ocidental.




Essas ligações levaram à Mesquita do Parque Finsbury, em Londres, ao Centro Cultural Islâmico, em Milão, e àAgência de Auxílio ao Terceiro Mundo, em Viena. Também levaram à Fundação Internacional de Benevolência, em Chicago, e à Organização Internacional de Auxílio Islâmico, na Arábia Saudita. Essas instituições de caridade estavam fornecendo fundos, empregos, documentos de identificação, vistos de viagens, escritórios e outros apoios à brigada internacional de combatentes árabes dentro e ao redor da Bósnia. Antes do 11 de Setembro, os governos ocidentais, entre os quais o norte-americano, não encontraram justificativa legal adequada para fechar essas organizações.




O dinheiro fluía através de um sistema financeiro imaginado e montado por Bin Laden. A princípio (meados dos anos 80) esse sistema foi organizado na então existente Fundação Al-Qaeda, uma instituição decaridade que Bin Laden criara para dar respaldo ao treinamento de guerrilheiros islamitas no Paquistão. Esse sistema semi-legal multiplicou-se rapidamente por todo o mundo em uma miríade de contas bancárias e obras de caridade aparentemente sem conexão e em organizações multifacetadas que interagiam e enviavam pessoas e fundos.




Não existe nenhuma Osama Bin Laden Inc. Em vez disso uma rede de companhias, empresas, parcerias e entidades em nome de outras pessoas, que interagem entre si e, por fim, encontram-se ocultas em outra camadas de entidades financeiras internacionais maiores, de modo que seu envolvimento em quaisquer desses investimentos não possa ser descoberto. 






Essas empresas administram investimentos, holdings imobiliárias, transporte marítimo, empresas comerciais, projetos de obras públicas, empresas de construção, locação de aeronaves, importação e exportação, empresas de contratação e empresas agrícolas. Esses empreendimentos possuem negócios na Ásia, África, Europa e América Latina. 






Com o seu envolvimento direto e o seu profundo conhecimento dos negócios internacionais na era da informática, solucionou os problemas relativos à movimentação clandestina e à lavagem de grandes somas necessárias para dar suporte ao terrorismo e à subversão em todo o mundo.




Além disso, Bin Laden mantinha participação em negócios politicamente corretos, que ajudam a sustentar o Sudão, o Iêmen e o Afeganistão, numa ampla variedade de empresas e negócios locais. Eis o resultado dosinvestimentos do Sudão no terrorismo internacional: em novembro de 2004, segundo as Nações Unidas, 1,6 milhão de pessoas passam fome em Darfur, no Sudão, mas esse número pode aumentar para 2 milhões no próximo ano.




Enquanto isso os organismos de Inteligência do Ocidente lutavam para deslindar a rede e concluíram, em meados de 1993, que na ex-Iugoslávia, especialmente na Bósnia, a maioria dos fundos para essas obras de caridade era coordenado pela Fundação Mostazafin, uma fachada da Inteligência iraniana, que mantinha de 4 a 6 mil terroristas islamitas em operação na Bósnia, sob a proteção de cerca de 20 "obras de caridade" ou "projetos humanitários".




Desde então, a situação não mudou muito.




No verão de 1995, a CIA passou a desenvolver planos para uma equipe exclusivamente destinada a investigar o que agora concordavam ser uma "rede Bin Laden". E, finalmente, em 1996, duas peças se moveram no tabuleiro: Bin Laden dirigiu-se ao Afeganistão, fechando algumas de suas empresas em Cartum, Sudão, e Jamal Al-Fadl, que tinha informações secretas sobre grande parte da "rede Bin Laden" baseada no Sudão, procurou proteção americana, pois vinha desviando fundos e receava que a Al-Qaeda o eliminasse.




O interrogatório de Fadl ajudou na descoberta do tamanho e forma da rede. Foi descoberto que ela era generalizada e ativa em mais de 50 países e dela faziam parte o xeque cego Omar Abdel al-Rahman e Ramzi Youssef. Bin Laden não era apenas seu financiador e mentor intelectual. Foi descoberto que a rede também tinha um nome. Osama Bin Laden, filho de um empreiteiro da construção, chamara sua rede terrorista pela palavra árabe Al-Qaeda ("A Fundação" ou "A Base"), uma primeira peça, a base necessária para o edifício que seria uma teocracia global, o grande Califado.




Muitos dos nomes encontrados na Bósnia, mais tarde, revelaram-se vinculados à Al-Qaeda. Entre os principais estavam Abu Sulaiman Al-Makki, que mais tarde apareceria ao lado de Bin Laden, em dezembro de 2001, quando o líder da Al-Qaeda elogiou os atentados de 11 de setembro; Abu Zubair Al-Haili, que seria preso no Marrocos, em 2002, num complô para atacar navios norte-americanos no Estreito de Gibraltar; Ali Ayed Al-Shamrani, que foi preso, em 1995, pela polícia saudita e rapidamente decapitado por envolvimento no atentado à missão americana de ajuda militar na Arábia Saudita; Khalil Deek, que seria detido em dezembro de 1999, por seu envolvimento no planejamento de atentados a bases americanas na Jordânia; e Fateh Kamel, que seria delatado como integrante da célula "Conspiração do Milênio", no Canadá. Embora as agências de Inteligência ocidentais nunca rotulassem a atividade dos mujs na Bósnia como uma jihad da Al-Qaeda, está claro agora que era exatamente isso que ocorria.




O governo dos EUA fez da cessação da guerra nos Bálcãs a sua mais alta prioridade de política externa, introduzindo tropas americanas e elaborando a duras penas o Acordo de Dayton. Uma parte desse Acordoprevia a expulsão dos mujs da Bósnia após o fim dos combates. Ainda não se sabia que eles eram da Al-Qaeda, mas sabia-se que eram terroristas internacionais.




Em 1998, na medida em que ficava claro que a diplomacia não estava funcionando inteiramente, tropas francesas invadiram uma das bases mujs restantes, que ainda operavam na Bósnia, em violação ao Acordo de Dayton. Prenderam onze deles, entre os quais dois diplomatas iranianos e nove mujs. A base estava cheia de explosivos, armas e planos para atentados terroristas a tropas americanas e outras tropas ocidentais. Ainda em 1998, um carregamento de explosivos plásticos C-4 foi interceptado, na Alemanha, a caminho de uma célula terrorista da Jihad Islâmica Egípcia. Havia indícios de que os explosivos destinavam-se a uma rodada de atentados a bases militares americanas no país.




Os EUA ameaçaram o presidente Izetbegovic com uma interrupção da ajuda militar e, depois, de uma cessação de qualquer ajuda, se ele não implementasse integral e fielmente o Acordo de Dayton, mediante a expulsão dosmujs.




Ainda em 1998, em maio, no Afeganistão, Osama Bin Laden, já então um dos dirigentes da Frente Islâmica Mundial para a Jihad (luta) contra Judeus e Cruzados – constituída em março desse ano, agrupando terroristas de organizações de diversos países - declarou "que as fronteiras geográficas não têm importância para nós. Somos muçulmanos e desejamos o martírio. Não temos preconceito de cor ou raça. Apoiamos cada muçulmano oprimido e pedimos a Deus que nos ajude e nos faça capazes de ajudar cada muçulmano oprimido". 






Essa declaração antecedeu os atentados terroristas simultâneos, organizados por essa Frente Islâmica, em 7 de agosto de 1998, uma sexta-feira, contra as embaixadas dos EUA em Nairóbi, Quênia e Dar-es-Salaam, Tanzânia, que causaram 224 mortes e centenas de feridos. Esses atos terroristas foram assumidos oficialmente pelo Exército Islâmico para a Libertação de Lugares Sagrados, entidade até então desconhecida, e patrocinados por um Estado terrorista: o Irã. Dez dias depois, em 17 de agosto, a Frente Islâmica Mundialemitiu uma Declaração endossando e elogiando as operações do Exército Islâmico, sendo que essa Declaração foi divulgada praticamente ao mesmo tempo em que as mensagens do Exército Islâmico sobre os atentados, não deixando dúvidas sobre suas ligações.




O fato de Bin Laden não receber créditos pelas operações, mas antes encorajar as entidades locais a fazê-lo, identificando-se por nomes fictícios, tais como esse "Exército Islâmico", atraíram para ele a estima dos comandantes locais, que não o viam como uma ameaça às suas posições pessoais.




Nesse mesmo ano de 1998, em outubro, um alto funcionário de um Serviço de Inteligência árabe afirmou que Osama Bin Laden havia adquirido armas nucleares táticas das repúblicas islâmicas da Ásia Central criadas após o colapso da União Soviética. Evidências do número de armas nucleares adquiridas pelos chechenos para Bin Laden variavam de "algumas" (Inteligência russa) a "mais de vinte" (Serviços de Inteligência de países árabes conservadores). A maior parte das armas foi comprada em quatro dos antigos Estados soviéticos: Ucrânia, Cazaquistão, Turcomenistão e Rússia. Os preparativos para a utilização dessas armas constituem um grande segredo.




Voltando à antiga Iugoslávia, somente no ano de 2000, em sua última semana no cargo, Izetbegovic expulsou o líder muj remanescente, Abu Al-Ma'ali, que foi acolhido pela Holanda. No entanto, Izetbegovic nunca chegou a expulsar todos. Células da Al-Qaeda na Bósnia foram identificadas e desmanteladas pela polícia bósnia até o ano de 2002.




Finalmente, analistas internacionais apontam três fatores como tendência regional em favor do Islamismo: 1) É a única ideologia crescente e verdadeiramente popular no Oriente Médio. Muitas pessoas acreditam genuinamente que "o Islã é a solução", mesmo que variem as idéias do que possa ser esse "Islã"; 2) Os regimes conservadores pró-Ocidente estão perto do colapso, mais por autodestruição do que por qualquer outro fator, especialmente a Arábia Saudita; 3) A tendência histórica dominante na região é a inflexível oposição à mera existência de Israel.




Em uma conferência realizada com os chefes dos 56 escritórios regionais do FBI, antes de setembro de 2001, Richard Clarke, Coordenador Nacional para Segurança, Proteção de Infraestrutura e Antiterrorismo nos governos de George Bush, Bill Clinton e George W. Bush assim definiu a Al-Qaeda:
"A Al-Qaeda é uma conspiração política maquiada de seita religiosa. Ela comete o assassinato de inocentes para chamar a atenção. Seu objetivo é uma teocracia à moda do Século XIV no qual mulheres não têm direitos, todos são forçados a serem muçulmanos e a Sharia (Lei de Deus) é o sistema legal, que corta mãos e apedreja pessoas até a morte. Ela usa um sistema financeiro global para financiar suas atividades. Essas pessoas são inteligentes, muitas estudaram em nossas universidades e têm visão em longo prazo. Eles acreditam que pode levar um século até que alcancem seus objetivos, um dos quais é a destruição dos EUA. Eles têm uma rede eficiente de espiões e formam células e grupos de ataque que planejam suas ações anos antes de agir. Eles são o nosso inimigo número um e estão entre nós. Achem eles!".

Dados Bibliográficos:




"Bin Laden – O Homem que Declarou Guerra à América", Editoral Prestígio, 2002




"Contra Todos os Inimigos", Richard A. Clarke, Editora Francis, 2004





Carlos I.S. Azambuja é Historiador.



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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015