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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Alerta Total





Risco de CPI força BNDES a liberar, só parcialmente, dados sobre US$ 1,9 bi em contratos externos de obras 
ANTArANTAda Pedalada! 
A contrapartida dos deveres 
Reforma Processual 
O desabafo de um empresário 
Acabou... Acabou... 
Carta de Renúncia à Presidência da Fifa 
Uma Era em Vermelho & Preto: 35 anos do primeiro título Brasileiro da Geração de Ouro Zico & Cia 



Posted: 03 Jun 2015 03:22 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






Pelo menos parcialmente, o desgoverno Dilma Rousseff se viu obrigado a se curvar às pressões políticas vindas das ruas, das redes sociais e do parlamento, ao tornar públicos, na internet, informações ainda muito parciais e incompletas sobre US$ 1,9 bilhão em contratos de exportação de serviços de engenharia a países firmados pelo BNDES entre 2007 e 2015. 






Mesmo assim, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não fica livre de fornecer informações que forem solicitadas pelo Ministério Público Federal - se a instituição quiser cumprir seu papel fiscalizados. A "transparência pela metade" ainda censura dados essenciais para identificar indícios de operações ilegais ou corruptas. Parece a transparência levyana - invisível por conveniência... 






Por alegado sigilo bancário, não foram divulgados pelo BNDES dados sobre a estratégia de negócios, a situação financeira da empresa, existência de alavancagem maior ou menor, a estrutura de endividamento e a análise do balanço - o que origina o rating ou nota de crédito. Pelo mesmo motivo, não foram fornecidas as condições legais e cadastrais das pessoas físicas, os contenciosos com a Receita e a Justiça e outras informações que dizem respeito à estratégia comercial de negócios. No governo em que sempre se alega que ninguém sabe de nada quando acontece algo errado, o BNDES avançou muito...






Na verdade, o medo concreto de uma CPI do BNDES falou mais alto. Tanto que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, prometeu liberar, nas próximas semanas, dados sobre 1.753 contratos, no valor de R$ 320 bilhões, em operações domésticas. Sobre os contratos externos, foram liberadas informações detalhadas: valores contratados, países, taxas, prazos e garantias dos financiamentos de exportação para obras no exterior. Os dados envolvem nove países. Seis da América do Sul e Central: Argentina, Equador, Costa Rica, República Dominicana e Cuba. E mais três da África: Angola, Gana e Moçambique.






Luciano Coutinho prometeu que, no caso das operações internacionais, até então eram publicadas informações consolidadas por exportador e país de destino, com as datas de contratação. Brevemente, serão conhecidos os exportadores - com CNPJ - além dos demais dados imanentes ao projeto, sempre respeitando o sigilo bancário das empresas.


O poderosíssimo Luciano Coutinho comemorou, marketeiramente: "O BNDES está dando um grande passo em matéria de transparência, com a decisão de desclassificar determinadas informações. A instituição se tornou a instituição financeira mais transparente entre os bancos de desenvolvimento e bancos oficiais de exportação do mundo inteiro".






A mídia amestrada pela grana do BNDES bateu palminha para a "transparência pela metade" - ou abaixo disto. Acesse o BNDES Transparente para ver como é bonitinho o trabalho que vai ser completado, em breve na base da legítima pressão popular ou do oportunismo parlamentar. Abre a caixa preta, BNDES! Confira: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/






Bicicleta cara











Especialistas no assunto "bike" garantem que a magrela pilotada pela esbelta Dilma Rousseff não custa menos que R$ 45 mil reais.






A Presidente tem salário e renda, se economizar, para comprar um bem de luxo na corrida diária pela boa forma e perda de peso em sua "Dieta Ravenna", na qual já perdeu 15 kg.






Certamente, a bicicleta dela, importada, ficou ainda mais cara depois do recente aumento do tributo sobre importação imposto pelo Joaquim Levy...






Dilma tem mesmo de pedalar, para ver se a popularidade aumenta, pelo menos entre os bicicretinos de plantão...






Apanha, Dilma...











O imperdoável "aliado" Renan Calheiros aproveitou a deixa praticar seu esporte predileto nos últimos tempos: bater na Dilma Rousseff, principalmente quando ela sai da dieta política e não fecha a boca para falar bobagem:






"O papel do Legislativo é fiscalizar o Executivo, e vice-versa. O fundamental é a transparência, é abrir a caixa preta, é dar a resposta que a sociedade está cobrando. É uma resposta do Legislativo ao desalinho das estatais, de todas, inclusive da Petrobras. Os poderes são complementares. Não há absolutamente interferência".

Renan Cabeleira criticou a reclamação de Dilma contra o anteprojeto de Lei de Responsabilidade das Estatais, na qual a Presidanta ponderou que a nomeação de dirigentes é do Executivo, e não do Legislativo.






Moral da História: Dilma, sempre que sair ou não de bicicleta, tenha a certeza de que tomará uma facada do Renan, do Eduardo, e de tantos outros aliados...






Detonados






A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e o executivo da Odebrecht, Márcio Faria, como líderes da organização criminosa denunciada à Justiça Federal, que entre 2004 e 2014 teria desviado mais de R$ 6 bilhões da Petrobras, por meio do pagamentos de propinas, que variavam de 1% a 3% dos contratos da estatal, a agentes públicos e políticos.






O chamado "Clube" envolve administradores das empreiteiras Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon, MPE, Skanska, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix, Setal, Setal Óleo e Gás, GDK e Galvão Engenharia.






Todos são acusados de terem se voltado para a "prática de crimes de cartel e licitatórios contra a Petrobras, de corrupção de seus agentes e de lavagem dos ativos havidos com a prática desses crimes".






Tudo detalhado






Os procuradores descrevem as operações falcatruosas: 






"O núcleo formando pelas empreiteiras, aproveitando-se da garantia de altos lucros pela eliminação da concorrência, subverteu fundamentos da República Federativa do Brasil, como a livre concorrência e o pluralismo político":






"As empreiteiras reuniram-se em conluio para inicialmente fraudar a concorrência dos certames da Petrobras; posteriormente tal prática se tornou sofisticada, ocorrendo reuniões com representantes das empresas cartelizadas para a divisão de obras mediante regras previamente estabelecidas".






Implodidos






No memorial, penúltima fase do processo antes do juiz federal Sérgio Moro dar sua sentença, os procurados descrevem o esquema desbaratado pela Lava Jato:






"Apurou-se um gigantesco esquema criminoso voltado para a prática de crimes contra a empresa Petrobras, o qual ocorria através de um núcleo econômico formado pelas grandes construtoras do País, que constituíram um verdadeiro cartel".

Segundo a força-tarefa do MPF, "houve o pagamento de propina a pessoas que detinham altos cargos na referida estatal, além de agentes políticos, a fim de preservar o alto lucro das empresas formadoras do cartel e a divisão das obras na forma escolhida pelos executivos das empreiteiras. Frustrava-se, assim, a competição dos certames e garantia-se a hegemonia das empresas cartelizadas".






Gente inocente






Bacana é a insistência da sempre blindada Odebrecht, maior transnacional brasileira depois da Petrobras e da Vale, em negar envolvimento em qualquer negociata.






A mais recente nota oficial da empresa segue aquele "Padrão PT" de inocência e falta de sabedoria sobre qualquer coisa errada:






"A Odebrecht nunca participou de cartel, nem de oferecimento ou pagamento de propina em contratos com qualquer cliente público ou privado. Para o entendimento geral, é importante ressaltar que sempre foram públicas as desavenças entre a Camargo Corrêa e a Odebrecht na disputa de importantes contratos, o que não surpreende que o presidente da Camargo, sentindo-se obrigado a prestar declarações em troca de sua liberdade, o faça motivado por um sentimento de vingança concorrencial".






Fifa cortando na carne











Por pressão inglesa e norte-americana, Joseph Blatter, que ontem anunciou seu próprio corte programado da Fifa, durante comilança em uma churrascaria durante a Copa de 2014 no Brasil.






Agora, segundo o New York Times, Blatter já é alvo de investigações do FBI nas apurações de falcatruas na Fifa...






Fuga para a Vitória











Candidato da Nação Rubro-Negra






O craque Arthur Antunes Coimbra aceitaria ser candidato à Presidência da Fifa, conforme comunicou no Facebook:






"Por que não? Minha vida sempre foi dentro do futebol. Uma paixão que exerci com seriedade e respeito no Brasil e em outros países. Jantando com Sandra pensei nisso. Minha mulher e meus filhos me apoiaram. Fui Ministro dos Esportes, tenho experiência com meu clube e no apoio ao Kashima, ao Japão. Penso no futebol acima da política. Não tenho apoio ainda, mas se é aberto eu posso me candidatar à Fifa. Ainda é uma idéia... Quem sabe?".






Já que a gente não consegue ter o Zico na presidência do Flamengo, porque a oligarquia do clube absurdamente o rejeita, tomara que tenha melhor sorte no desafio da Fifa...












Palpite infeliz 











Haja Bolsa Família











No Facebook, ficamos sabendo que a indiana Sarah, com o barrigão acima, na mesa de cirurgia, deu a luz a 11 crianças...











Novo livro do Lobão






João Luiz Woerdenbag Filho, o poderoso cantor Lobão, acaba de produzir mais um livro.






Vai ter o poético título: "Em busca do rigor e da misericórdia".






Lançamento previsto para novembro, segundo o autor, junto com novo disco do roqueiro...






Cadeados do amor






Do jornalista João Baptista de Abreu, no Facebook, sobre uma polêmica decisão de segurança tomada na França:






"Essa história da Ponte do Amor em Paris dá margem a muitas interpretações. A Prefeitura decidiu retirar as correntes e cadeados colocados lá por casais de namorados que fazem juras de amor eterno, devido ao peso de 45 toneladas que estaria abalando as estruturas da ponte de pedestres, construída no século XIX, O caso nos leva a deduzir que qualquer amor eterno pode causar danos, principalmente os acorrentados. Das duas, uma: ou o amor eterno representa uma ameaça ou os engenheiros franceses são uns incompetentes".






Sexo pra quê?











Cientistas da Flórida (é flórida!?) descobriram que fêmeas de peixe-serra estavam se reproduzindo sozinhas, sem necessidade de acasalamento com um macho.






A revista Current Biology informa que a descoberta foi feita durante uma pesquisa de rotina que tinha como intenção verificar se a população de peixe-serra, que está em extinção, estava se reproduzindo com parentes devido à escassez da espécie.




Os peixes-serra são os primeiros a procriarem desta forma em habitat natural.

Em cantos da Cornualha...









Colabore com o Alerta Total






Neste momento em que estruturamos mudanças para melhor no Alerta Total, que coincide com uma brutal crise econômica, reforçamos os pedidos de ajuda financeira para a sobrevivência e avanço do projeto.






Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente conosco poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades.

Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções:

I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão.

OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim.

II) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito).

III) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior.






Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!









O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 3 de Junho de 2015.




Posted: 03 Jun 2015 03:06 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Atar a Anta não adianta. Nem Pai Artur vai trazer de volta o amor do povão.






Melhor seguir seu rastro até o meio da floresta, infestada por bicho que não presta.






Oprimida de forma bem discreta, resolveu posar de "atreta".






Parece que agora desatina ao tornar-se " bicicretina".






Por sinceridade, ato falho ou bicho de pé, quase falou: "Sou, mas quem não é!"






Na falta do taumaturgo terá que fazer expurgo.






"Renúncia uma ova! Nomeio porcada nova!"






Deve temer um demiurgo que legisla como Licurgo.






De conversa mole já farta, será rude como Esparta.






Pensa que é Palas de Atenas e não uma pobre anta, apenas.






Aflita, ansiosa, hesita em fazer papelão, chutando pênalti fora (ou na trave do petrolão).






"AFI!" - Falou a Anta











Mensagem subliminar dos marqueteiros, foi fazer a Anta andar de camelo.






O bicho em que ela trepou vale 45 paus. Coisa de bicicretino da zelite!






Na Suíça, pensavam que o blaterador havia superado o mau bocado, reeleito na quinta.






Engano ledo! O cartola entrou pelo cano; levou finta, tomou gol e se borrou de medo.






Alguem gritou: "Sai daí Zéf", como em velhas bacanais, a mando de um tal efebeais, a mando dos controladores globais.






Os britânicos gritaram: "Fora". Tio Sam agiu na hora. Blatteram no cara e denunciam um grande desvalcke... 






Aliás, baixando a bola aqui, a bagunça no Amazonas é tolerada porque ela ama zonas.






O índio bolívio não terá alívio e a Veneza do Zé Ruela vai encher a boca dela.






O rio está cheio de pirarucú e o povo de tomar na rima, ainda mais com o leão encima, levado na contramão pelo levyano de plantão.






Agora é só questão de tempo pro pirão da Anta desandar.






O conflito está na rua e chegará ao terceiro andar.






A verdade, nua e crua, não dá mais pra tapar.









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 03 Jun 2015 03:04 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Rogério Medeiros Garcia de Lima






A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, realizou, em 12 de setembro de 2008, seminário alusivo aos vinte anos de vigência da Constituição Brasileira de 1988.






Após as brilhantes conferências e debates, os participantes puderam constatar que o Brasil, mesmo com a notável evolução econômica e social verificada no decorrer do século 20, chegou àquela Assembléia Constituinte com enorme débito histórico a resgatar. O desafio era instituir o controle do Estado pelo povo e assegurar a plena cidadania a todos.






A nossa democracia está consolidada. Realizamos eleições periódicas e transparentes, sob a segura direção da Justiça Eleitoral. Cidadãos tiveram ampliados os seus direitos e recorrem maciçamente ao Poder Judiciário para fazê-los prevalecer.






A Justiça brasileira, ainda ineficiente para enfrentar tamanho desafio, luta para melhor se estruturar. Ainda há enorme débito social a solver, sobretudo no que se refere à saúde, educação e qualidade de vida nas grandes cidades.






Recordei, então, que atualmente passamos a nos portar como se vivêssemos na Suécia. O Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante n° 11: "Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado".






O Superior Tribunal de Justiça anulou ação penal contra empresários do Paraná, porque continha provas resultantes de escutas telefônicas prorrogadas por quase dois anos, sem a fundamentação devida pelo juiz que as autorizou (STJ, Habeas Corpus nº 76.686-PR, julg. 09.09.2008).






Na seqüência, o Conselho Nacional de Justiça percebeu que os magistrados brasileiros são os "infratores" que mais "amedrontam" a sociedade brasileira. Adotaram a "ousada" prática de autorizar escutas telefônicas. 






Por isso, o CNJ inusitadamente invadiu a seara jurisdicional e baixou resolução destinada a monitorar as quebras de sigilos de ligações telefônicas em todo o país (jornal Estado de Minas, 10.09.2008, p. 4).






O Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal decidiram que os candidatos réus em ações penais podem disputar as eleições municipais de 2008, baseados na garantia constitucional da presunção da inocência (Notícias do STF, 06.08.2008).






No entanto, algum cidadão brasileiro, ignorante das garantias constitucionais, poderia formular indagações. Qual a contrapartida para tão firme defesa de garantias individuais? Passaremos a viver em um país muito mais seguro e incorruptível? Vamos ter menos crimes de colarinho branco? O Judiciário será mais eficaz?






Esse cidadão implicante poderia mesmo citar a clássica reflexão de Rudolf von Ihering (A Luta pelo Direito):






"Qualquer norma que se torne injusta aos olhos do povo, qualquer instituição que provoque seu ódio, causa prejuízo ao sentimento de justiça, e por isso mesmo solapa as energias da nação. Representa um pecado contra a idéia do direito, cujas conseqüências acabam por atingir o próprio Estado. Nem mesmo o sentimento de justiça mais vigoroso resiste por muito tempo a um sistema jurídico defeituoso: acaba embotando, definhando, degenerando".









Rogério Medeiros Garcia de Lima é Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Doutor em Direito Administrativopela UFMG e professor universitário; Originalmente publicado pelo jornal Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 de setembro de 2008, seção Opinião, p. 11.




Posted: 03 Jun 2015 03:02 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Henrique Abrão






Tudo no Brasil conspira para desafogar o judiciário e criar no seu espírito a justiça do futuro, com efetividade permeada na EC 45/04, celeridade e instrumentalidade, mas sem ceticismo ou exagerado otimismo precisamos, antes de mais nada, enxergar a realidade. Foram aprovadas novas leis de arbitragem e mediação, além é claro do novo CPC que em março de 2016 vigorará.






Sempre que se pretende comprovar a ineficiência de alguma coisa se procura mudar radicalmente o que existe para termos a exata sensação que o melhor chegará, com temperança e senso de um amanhã promissor. 






O crescimento explosivo da demanda nas últimas duas décadas não se compara, nem de longe, com o decréscimo do número de juízes e a falta de bons candidatos, além do número elevado de faculdades que na maioria das vezes não ensinam o elementar.






O mesmo pode ser dito em relação ao Novo Código Comercial com imprecisões gritantes e retrocessos alarmantes, mas como não é possível e plausível a mudança do Brasil, nos contentemos com a alteração da legislação e ponto final.






Em relação ao novo código de processo civil, demandando esforço da coletividade e a participação no diálogo das fontes, temos que as causas não foram tratadas ou disciplinadas. Faltam estrutura, número de juízes, funcionários, bons prédios, orçamento, e governança judicial, aliada ao quesito do planejamento.






Montanhas de processos que se avolumam na era digital, e se conservam por falta de uma uniformização jurisprudencial, além do que o STJ terá acumulo por causa do juízo de admissibilidade. Mudamos prazos, somente são computados dias úteis, não haverá mais prazo em dobro no processo eletrônico, capítulos destinados à justiça gratuita, inclusive para sociedades estrangeiras, revisão dos infringentes, dos declaratórios, com vista ao embargado, mobilidade e flexibilidade no entendimento entre as partes no aspecto convencional, e todos os demais aspectos que anunciam uma mudança de mentalidade em relação ao antigo código Buzaid.






A dinâmica e operação somente serão sentidos com os anos de aplicação e o tratamento que a jurisprudência considerar eficiente e efetivo, mas é muito pouco considerar que novas leis farão a diferença. Enquanto a Europa busca o caminho de menor inteferência legiferante, e a unificação dos diplomas legais, na comunidade econômica européia, no Brasil qualquer movimento é em direção à reforma legal.






Pensamos que, pelo nosso espírito de formação romano germanica, ao contrário da common law, basta alterar o espírito da Lei para termos um outro cenário e revermos conceitos erráticos arraigados numa infra estrutura carente e de falta de juízes para enfrentamento da pletora.






São quase cem milhões de processos, a grande parte manejada pela administração pública na qualidade de autora, muitas vezes ré, cujo desaguar acabará em precatórios e seus pagamentos irão para as calendas. Anos e anos de frustração para que os herdeiros recebam naquelas filas que mais parecem o caótico transito das grandes e médias cidades à velocidade claudicante.






Criam-se centros de conciliação, armam-se modelos de mediação, projetam-se novos tempos de arbitragem, sobrecarregados os juizados especiais, e um furor de litigar sem igual, no qual a maior parte das financeiras, seguradoras e planos de saúde não fazem a mínima para a demora de uma década da causa, de tal sorte que voltamos ao padrão do circulo vicioso, razão pela qual dizem os italianos: "feita a lei encontrado o engano".






Não é muito diferente em solo nacional. A reforma do código de processo civil, ainda que engenhosa e feita por meio da intervenção de seleta classe de cooperadores e colaboradores, não será suficiente para reduzir o congestionamento de 70% das cortes brasileiras, de primeira instância, da etapa da propositura até o julgamento definitivo. 






Assim, quanto mais se colore o processo, mais escuridão se observa no procedimento. Em linhas gerais os defeitos não estão na legislação. Todo e qualquer aperfeiçoamento e aprimoramento são desejáveis mas insuficientes. 






Sem um quadro de autonomia financeira, treinamentos constantes, uniformização da jurisprudência, definição do objeto litigioso, decisão sobre provas e concisão sobre as questões suscitadas estaremos remando contra a maré e na contramão da história da modernidade, pois que para construirmos o futuro do judiciário as mudanças legais são apenas um paliativo que não desafiam os pontos nodais.






Não tocam na ferida ou se incumbem de desvendas as causas mais agudas do emperramento da maquina judiciária em pleno século XXI. E poucos anos mais adiante serão suficientes para comprovar o que agora afirmamos: as reformas, ora as reformas, plus ça change plus ça reste la meme chose.






A alteração de única ferramenta, o CPC é apenas o primeiro passo para o engrandecimento de novo horizonte da justiça brasileira e não a propalada solução dos desencontros e atravancamentos que pedem desafios corajosos à altura do tamanho dos conflitos processuais que instigam reposicionamento condizente com a massificação das demandas e a priorização em tempo real de remédios ambicionados pela sociedade civil que entre a incerteza e o tempo imoderado amarga o maior prejuízo de um litígio que tem data para começar e não para findar.









Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.




Posted: 03 Jun 2015 03:01 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Raio Privatizador 






"Quer me chamar de coxinha, paneleiro, elite branca, bebedor de Black Label (parabéns pra esse último! Sensacional!)...




Ok. Acho até divertido...




Mas faz um favor para o seu país antes!




Emprega alguém!




Na CLT!




Paga tudo direitinho!




Pega TODA a sua grana e coloca na sua ideia...




No seu negócio.




Pega um financiamento, com a maior taxa de juros do mundo, e arrisca seu pescoço na sua iniciativa...




Aluga um escritório ou uma loja!




Compra um estoque!




Corre o risco de verdade!




Se o governo tirar o incentivo para o consumo, não desanima...




Pega outro empréstimo, com a maior taxa que o mundo moderno já viu!




Paga os juros do primeiro empréstimo com outro empréstimo!




E vai com fé na sua ideia!




Paga o décimo terceiro e as férias do teu funcionário!




Sem vender merda nenhuma em Dezembro... Janeiro... Fevereiro...




Nem no mais lindo Carnaval do mundo, quando todo mundo para de trabalhar...




Ou na Copa das Copas que te deu 12 dias úteis num mês corrente...
Paga mais para os teus fornecedores, já que os seus custos também aumentaram devido à energia, gasolina e dólar...




Mas, diminui o seu preço, pra tentar ser competitivo numa economia recessiva...




Então, tenta fazer com que uma estrutura enxuta seja perene. Acaba com sua eficiência!




Vai ser difícil, já que o seu cliente está quebrado e não pode te pagar mais...




E corre o risco de quebrar de vez, perdendo todo capital que você investiu...




Fez tudo isso?




Então beleza!!!




Me chama do que quiser... Você é um herói e não me interessa qual partido apoia!




Tem o meu respeito!!!



Não fez nada disso?




É político de carreira?




Está encostado em alguma bolsa?




Mama na teta do governo?




É vagabundo?




... E pensa que pode falar sobre patrão e empregado, classes sociais, oportunidades e exploração da cadeia produtiva...




Desculpa, mas...









Texto publicado no Facebook do Raio Privatizador. Compartilhado por mais de 22 mil internautas.




Posted: 03 Jun 2015 03:00 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Percival Puggina






Outro dia, escrevi sobre o comportamento abusivo de setores sociais que se consideram corregedores da opinião pública. Referia-me a grupos empenhados em nos instruir segundo seus próprios padrões de conduta. Estranhamente, percebi hoje, deixei de lado os autores e diretores de novelas da Rede Globo.






Como fui esquecê-los? A explicação é simples: há muitas décadas não assisto novela alguma. Mas sei que foi constante e persistente o trabalho desses profissionais para impor à sociedade suas pautas e suas posições político-ideológicas, através da audiência da maior emissora de tevê do país.






Serviram à população, lentamente, doses crescentes de drogas que a tornasse dependente e destruísse seus princípios e seus valores. Muitos dos atuais males vividos pelas instituições nacionais, partindo da família, passando pelo sistema de ensino, até chegar à política e às instituições do Estado, resultam, em boa parte, do longo processo sobre o qual aqui escrevo. A discussão sobre ele é antiga e se resume, essencialmente, em saber quem reflete o quê: a novela expressa a vida ou a vida reflete a novela?






Essa dúvida eu nunca tive. Durante anos participei de um grupo que fazia palestras sobre a formação do senso crítico, para criar mecanismos de defesa no ambiente familiar e escolar, construindo trincheiras de consciências bem formadas. Com o passar dos anos, o grupo se desfez por motivos que nada tiveram a ver com a tarefa em si. Mas sinto uma ponta de orgulho em saber que, há tanto tempo, tivemos claro discernimento sobre para onde a nação estava sendo conduzida.






Em entrevista que li lá pelo início dos anos 90, um dos maiores da profissão, filiado ao PCB, Dias Gomes, admitiu explicitamente que sua atividade profissional sempre estivera orientada nessa direção, inclusive durante os governos militares.






Por todas essas e por muitas outras, a matéria da Veja sobre a reação de Gilberto Braga e Dennis Carvalho, respectivamente autor e diretor da novela Babilônia, me fez muito feliz. Encantou-me o desalento da dupla que quis aumentar um pouco mais a dose da droga que serve à sociedade e obteve como resposta uma sólida rejeição. 






A novela virou o maior fiasco do horário em toda a história da TV Globo. Mas o melhor de tudo foi ler que a dupla está estarrecida com a "caretice" da população. "Nós estamos no século 21, em 2015, e de repente as pessoas ficam chocadas com coisas que não chocavam antigamente", lamuriaram-se.






Mas não é a novela que imita a vida, senhores? Agora mudou tudo? A rejeição da sociedade a essa novela mostra que sempre foram vocês que estiveram conduzindo a população através da falta de caráter e limites de seus personagens.






E agora, que os telespectadores lhes dizem – Basta!" - têm a audácia de atribuir a rejeição ao "politicamente correto"? Mas essa maldição do politicamente correto foi outra construção do mesmo plano sinistro que conduziam!






Esse ardiloso uso do poder da televisão também chega ao fim. Aquelas três novidades tecnológicas que mencionei outro dia – internet, telefone celular e redes sociais - estão derrubando o comércio de droga à população através da TV.






As pessoas estão sabendo mais, lendo outras coisas, assistindo vídeos de formação, ampliando seu discernimento e percebendo que com a perda da noção de limites são perdidos, também, muitos dos mais valiosos bens de que todos podemos dispor para nossa felicidade.









Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do sitewww.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.




Posted: 03 Jun 2015 02:57 AM PDT




Blatter tira o time na Fifa; Dilma podia imitá-lo no Brasil...






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Joseph Blatter






"Eu tenho refletido profundamente sobre minha presidência e sobre os 40 anos nos quais minha vida tem sido inseparavelmente ligada à Fifa e ao grande esporte do futebol. Eu cuido da Fifa mais do que qualquer coisa e quero fazer apenas o que for melhor para a Fifa e para o futebol. Eu me senti compelido a me candidatar à reeleição, pois eu acredito que essa era a melhor coisa para a organização. Essas eleições acabaram, mas os desafios da Fifa, não. A Fifa precisa de uma inspeção profunda.






Apesar de eu ter um mandato dos filiados da Fifa, eu não sinto que tenha um mandato para o mundo inteiro do futebol - os torcedores, os jogadores, os clubes, as pessoas que vivem, respiram e amam futebol tanto quanto nós todos na Fifa. Por isso, eu decidi entregar meu mandato para o congresso de eleição extraordinário. Eu continuarei a exercer minhas funções como presidente da Fifa antes dessa eleição.






O próximo Congresso será em 13 de maio de 2016 na Cidade do México. Isso poderia criar um atraso desnecessário, e eu vou acelerar o Comitê Executivo para organizar um Congresso Extraordinário para a eleição de meu sucessor o mais breve possível. Isso precisará ser feito de acordo com os estatutos da Fifa, e nós devemos permitir o tempo suficiente aos melhores candidatos para se apresentarem e fazerem campanha. Como eu não serei um candidato - e estou, portanto, agora livre das restrições que as eleições inevitavelmente impõem -, serei capaz de me concentrar na condução de longo alcance, reformas fundamentais que transcendem os nossos esforços anteriores. Por anos, nós trabalhamos duro para colocar em prática reformas administrativas, mas está claro para mim que enquanto isso deve continuar, eles não são o bastante.






O Comitê Executivo inclui representantes de confederações nas quais nós não temos controle, mas para essas ações a Fifa é responsável. Nós precisamos de mudança estrutural nas raízes mais profundas. O tamanho do Comitê Executivo deve ser reduzido, e seus membros devem ser eleitos através do Congresso da Fifa. As verificações de integridade para todos os membros do Comitê Executivo devem ser organizadas centralmente através da Fifa e não através das confederações. 






Nós precisamos limitar reeleições não apenas para o presidente, mas para todos os membros do Comitê Executivo. Eu lutei por essas mudanças antes e, como todos sabem, meus esforços foram bloqueados. Desta vez, eu vou conseguir. Eu não posso fazer isso sozinho. Eu pedi a Domenico Scala para dirigir a introdução e a implementação de essas e outras medidas.






Domenico Scala é o presidente independente de nosso Comitê de Auditoria eleito pelo Congresso da Fifa. Ele é também o presidente do comitê eleitoral e, assim, ele organizará a eleição do meu sucessor. Domenico Scala tem a confiança de uma grande quantidade de constituintes dentro e fora da Fifa e tem todo o conhecimento e experiência necessários para ajudar a fazer essas reformas maiores.






É meu profundo carinho pela Fifa e pelos seus interesses, o que eu apoio candidamente, que me levou a tomar esta decisão. Eu gostaria de agradecer àqueles que sempre me apoiaram de uma maneira construtiva e leal como presidente da Fifa e que fizeram muito pelo jogo que nós todos amamos. O que importa para mim mais do que qualquer coisa é que quando tudo isso acabar, o futebol será o vencedor."






Joseph Blatter permanece na presidência da Federação Internacional de Futebol Association até o próximo congresso extraordinário da entidade - que deve ocorrer entre dezembro deste ano e março de 2016.









Nota da Redação do Alerta Total: A Dilma Rousseff bem que poderia escrever uma cartinha bem parecida, na mesma linha de análise crítica sobre inspeção, auditoria e reeleição.




Posted: 03 Jun 2015 02:56 AM PDT









Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Marcelo Baglione






Vamos começar, para sermos justos, com o ano de 1979, quando teve início o ciclo de rivalidades e grandes confrontos entre Flamengo x Atlético. Para ser mais exato, em 06 de abril deste ano, quando realizou-se um jogo beneficente em favor das vítimas das chuvas em Minas Gerais.

No ano de 79, o mengão já tinha um grande time – bem como o Atlético. Mas como se não bastasse com o que tinha em campo, o Mais Querido do Brasil teria neste dia um convidado que teria a honra de ostentar o Manto Sagrado: Pelé, o Rei do Futebol. Não dava nem pra acreditar, Zico ao lado do negão – com a 9 – e o ilustre convidado, com a camisa do galinho, a 10. Um luxo histórico que tive a alegria de presenciar, com um maraca derramando de gente.






Estabeleceu-se neste dia, também, o que passou a ser rotina para o mengão na década seguinte: recordes de público e renda no Maracanã; sendo que algumas, por razões técnicas, nunca mais serão batidas, já que o maraca foi emasculado pela FIFA, e hoje não passa de um grande capão, um castrati que não faz jus aos anos de glória, onde verdadeiros êxodos determinaram públicos históricos, como o da decisão do tricampeonato brasileiro do Flamengo sobre o Santos que teve um público de 155.253 pagantes ou o maior público em campeonato brasileiro.

Acho que todos estavam embriagados com a presença do negão, vestindo o manto, sabe? O Flamengo não estava bem, embora tenha chegado ao empate no primeiro tempo. Mas no segundo…

Sim, no segundo tempo, já sem Pelé, o Flamengo imprimiu um ritmo que atropelou o galo e virou o jogo. Resumo da ópera rubro-negra? Júlio César "Uri Geller, o entortador" 5x1 Atlético.

Daí em diante, nos anos 80, foram confrontos históricos e inesquecíveis entre estes dois grandes times. No entanto, o mais importante aconteceu em 01 de junho de 1980, quando o mengão levantou o primeiro dos seus seis títulos nacionais.

Nossa, quanto tempo! Sei que é uma expressão muito usada, batida, mas não posso fugir dela: "parece que foi ontem", mas já se passaram 35 anos!

Nos dias que antecederam esta decisão mitológica, não havia outra expectativa no Rio: todos sabiam que o maior do mundo estaria entalado de rubro-negros até às marquises. E assim se fez.

Não sei por quais motivos, eu, mais um bando, saímos de Botafogo já um pouco tarde e… "sem ingressos". Todos adolescentes; portanto, cabeça de jerico, mesmo.

Vocês sabem para que horas estava marcada a decisão? 17 horas. Mas chegamos às imediações do marca às 16 horas. Em volta do estádio, não havia uma viva alma ou qualquer trânsito de carros ou ônibus; tudo estava parado como se fosse um feriado. Fomos correndo às bilheterias, mas – claro! – não havia mais ingressos à venda em guichê algum do entorno do Maracanã. 






Pensei: "de jeito algum foi ficar do lado de fora e deixar de ver o mengão ser campeão brasileiro". O que fiz? Fui para a entrada do Bellini e nem pensei: pulei o portão e… fui preso por um policial. Não farei maiores narrativas sobre este episódio da prisão em flagrante por pular o enorme portão de ferro, situado na entrada tradicional da torcida do mengão, o da estátua do Bellini.

Conforme-se apenas em saber que eu entrei, tá? Rs…

Vocês podem imaginar o que significava chegar ao ex-Maracanã em torno das 16 horas, numa decisão que recebeu o modesto público – todo vermelho e preto!!! – de 154.355 pagantes? Pois bem, eu não só cheguei uma hora antes do jogo, como também sentei. Um verdadeiro milagre!

Considero este jogo e esta vitória, uma das maiores alegrias e glórias que já tive como rubro-negro, até hoje.

A partida em si, foi um jogo dificílimo, onde tanto Flamengo como Atlético fariam jus à vitória e ao título, mas a taça foi mesmo para a Gávea, porque naquele dia, embora o Reinaldo estivesse impossível, empatando o jogo duas vezes para o galo, a festa seria, mesmo, do Mais Querido do Brasil.

O jogo se aproximava dos 40 minutos do segundo tempo, e para o mengão, só valia a vitória. O estádio, empilhado de flamenguistas em todas as direções, não arredou o pé um segundo sequer. Foi quando, aos 37 minutos, Nunes, o artilheiro das grandes decisões, pegou uma bola na esquerda e gingou na frente do atleticano Silvestre. Vamos concordar, gente! Nunes nunca gingava, tá?, quem fazia isso – e muito bem – era o Julio César. O Nunes, no máximo, flertava com o blefe, mas foi neste blefe que o Silvestre caiu e o Nunes nos deu este título histórico.

Cara…, o maraca explodiu de alegria! É como se o público tivesse dobrado a partir do gol que determinou nossa vitória e a conquista do título inédito de Campeão Brasileiro.

Como diria o Zé Keti… "Quantos risos, ó quanta alegria..." ou o nosso hino "que emoção no coração".

Toda a vez que assisto o vídeo desta partida histórica, me emociono, pois eu tive o privilégio de testemunhar, como rubro-negro, um período raro no futebol arte. Era muito comum, nos anos 70, você ir a um estádio e ver em torno de cinco a seis craques – e até mais – num jogo. Digo: craque de verdade, não jogadores de propaganda, fake, de mentirinha como se tem hoje em dia. O que aconteceu com o Flamengo, é que ele passou a ser um time que tinha, só do seu lado, de sete a oito craques. Logo, não eram simples partidas, mas sim bailes de futebol arte.

Há 35 anos.. Flamengo 3x2 Atlético. Hoje é um dia cívico para todo rubro-negro, pois a nação sabe e agradece por esta data e este título inesquecíveis.









Marcelo Baglione é Torcedor do Mengão.




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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015