Título



Add this Smart Layers

Analytics Liga Antiterrorismo

Google+

Pesquisar este blog





Placeat tibi Sancta Trinitas





sábado, 23 de maio de 2015

Boletim IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira




Boletim IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira





Posted: 22 May 2015 06:47 AM PDT


Um ex-membro do Serviço Secreto da Rumania comunista que fugiu para o Ocidente nos anos 1970, Ion Pacepa (foto acima), concedeu recente entrevista à Catholic News Agency, na qual descreve como a KGB (serviço secreto e polícia política soviética) teria criado a Teologia da Libertação. "O movimento nasceu na KGB e tinha um nome inventado pela […]




You are subscribed to email updates from IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

To stop receiving these emails, you may unsubscribe now

Email delivery powered by Google 


Google Inc., 1600 Amphitheatre Parkway, Mountain View, CA 94043, United States









Sábado, 23 de Maio de 2015











A KGB inventou a Teologia da Libertação? Simples demais…



7


22 de maio de 20151 comentário
Luiz Sérgio Solimeo





Um ex-membro do Serviço Secreto da Rumania comunista que fugiu para o Ocidente nos anos 1970, Ion Pacepa (foto acima), concedeu recente entrevista à Catholic News Agency, na qual descreve como a KGB (serviço secreto e polícia política soviética) teria criado a Teologia da Libertação.

“O movimento nasceu na KGB e tinha um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação”, afirma Pacepa. E conta como Krushev e um general russo infiltraram agentes no Conselho Mundial das Igrejas e por esse meio manobraram um grupo de bispos sul-americanos reunidos em Medellin, Colômbia, em 1968.
A realidade é mais complexa

Embora não se possa descartar a ação de Moscou na difusão desse movimento revolucionário, a realidade, no entanto, é muito mais complexa: a Teologia da Libertação foi fruto de um longo processo no interior de setores da Igreja, trabalhados pelo Modernismo e pelas filosofias imanentistas modernas, bem como pela influência do protestantismo liberal.

Assim, devemos traçar suas origens, para não ir mais longe, aos pontificados dos Papas Leão XIII (1878-1903) e São Pio X (1903-1914).
Heresia Modernista

Por meio de vários documentos e medidas disciplinares, o Papa São Pio X condenou um conjunto de erros filosóficos, teológicos, morais e sociais que fermentavam há tempos em instituições de ensino eclesiásticas. A esse conjunto ─ que ele afirma ser “a síntese de todas as heresias” ─, deu o nome de Modernismo. Trata-se da heresia Modernista.

O Modernismo ─ descrito especialmente na Encíclica Pascendi Dominici Greges, de 1907 ─ é uma versão mais radical do liberalismo católico, que tenta infiltrar na Igreja o espírito e a mentalidade do mundo. O Modernismo é fundamentalmente naturalista e imanentista, negando o sobrenatural e a transcendência divina, e reduzindo a religião a um mero sentimento, sem verdades dogmáticas nem preceitos morais imutáveis.

Embora o Modernismo tenha sido condenado por São Pio X, infelizmente, seu espírito e muitas de suas doutrinas e metas continuaram a serpentear nos meios eclesiásticos e leigos. Em 1910 o santo Pontifice publicou o Motu Proprio Sacrorum Antistitum, no qual afirmava: “Os modernistas, mesmo depois que a Encíclica Pascendi dominici gregis arrancou-lhes a máscara com que se cobriam, não abandonaram seus desígnios de perturbar a paz da Igreja. Eles, com efeito, não cessaram de procurar e agrupar em uma sociedade secreta novos adeptos… [Eles] estão injetando o virus de sua doutrina nas veias da sociedade Cristã”. [1]
“Nouvelle Théologie”

Os erros teológicos e filosóficos disseminados por essa sociedade secreta modernista foram condenados mais tarde, em 1950, pelo Papa Pio XII, por meio da Enciclica Humani Generis. Entre os erros condenados está o naturalismo e o “evolucionismo místico” de Teilard de Chardin, o qual identificava Jesus Cristo com a evolução, tornando assim irrisória qualquer verdade dogmática ou moral ensinada pela Igreja. Essa corrente tornou-se conhecida como “Nouvelle Théologie”, por serem seus mentores sobretudo franceses.
Modernismo sócio-político-econômico

  • Marc Sangnier.

O aspecto sócio-econômico dessa fermentação teológica modernista foi representada no começo do século XX por Le Sillon(“o sulco”), de Marc Sangnier. Esse movimento leigo pregava um igualitarismo sócio-economico radical, tendo por isso sido condenado igualmente por São Pio X, em 1910, através da Carta Apostólica Notre Charge Apostolique.

Essa tendência foi sistematizada mais tarde em termos filosóficos por Jacques Maritain, filósofo francês convertido ao Catolicismo, no seu livro Humanismo Integral (1936), que o Pe. Anonio Messineo S.J. qualificou de “naturalismo integral” nas páginas daCiviltá Cattolica.[2]

Em seu livro, embora Maritain critique o ateísmo e o totalitarismo do comunismo, ele elogia “a profunda intuição” de Marx; intuição que Maritain acredita “ser o grande fulgor de verdade que percorre toda a obra de Marx.” Esse “fulgor de verdade” é a tese de Marx da “alienação imposta pela sociedade capitalista à mão de obra e a desumanização que atinge tanto o proletariado como os proprietários.” [3]

Ou seja, Maritain aceita a essência do marxismo, que é a luta de classes e o papel “redentor” do proletariado. E ele diz ser papel dos católicos desengajarem o “fulgor de verdade” da doutrina marxista, de seu arcabouço filosófico ateu. Porque, diz ele “por maior que fosse a aversão pessoal de Marx pelo cristianismo, essa intuição, em si mesma, é impregnada dos valores judeo­-cristãos.”[4]

  • No seu livro Humanismo Integral (1936), Jacques Maritain, embora critique o ateísmo e o totalitarismo do comunismo, elogia “a profunda intuição” de Marx que é “o grande fulgor de verdade que percorre toda a obra de Marx”.

Contrariando o anticomunismo católico que então imperava, Maritains sugere uma “Terceira posição” ou “Terceira via” nem capitalista nem comunista.

Esse livro tornou-se a como que a “cartilha” do movimento da Ação Católica e de seu braço político, a Democracia Cristã, em especial na América Latina.

Essa pretensa neutralidade entre o capitalismo e o socialismo foi conduzindo a Ação Católica e a Democracia Cristã cada vez mais para a esquerda.
A “Terceira Posição”: “Nenhum inimigo à esquerda; nenhum amigo na Direita”

Em 1947 reuniu-se em Montevidéu, Uruguai, o I Congresso da Democracia Cristã na América, com o fito de expandir a “Terceira Posição” maritainiana. A declaração final do evento afirmava que os democrata-cristãos baseavam-se na doutrina social da Igreja e no “Humanismo Integral” de Maritain. O documento criticava o fascismo, o comunismo e o capitalismo. Mas mostrava sua aversão pelo anticomunismo, visto como “promotor de discórdia.[5] Em suma, a “Terceira Posição”, nem capitalista nem comunista, era sobretudo anti-anticomunista, segundo a fórmula “Pas d’ennemis à gauche, pas d’amis a droite;” ou seja, nenhum inimigo entre os esquerdistas nem amigos entre os direitistas.
Da Ação Católica à guerrilha comunista

  • Atentado terrorista cometido pela Ação Popular no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 25 de julho de 1966.

Com a morte do Papa Pio XII (outubro 1958), a Democracia Cristã começou, na Itália e por toda a parte, a chamada “apertura a sinistra”, aliando-se a partidos socialistas e chegando a falar em um “socialismo cristão.” No Brasil, por exemplo, a juventude da Ação Católica ─ que constituía a base da Democracia Cristã ─ foi mais longe e, a partir de 1960 fez aliança com os comunistas no movimento estudantil. Essa aliança foi tão longe que, em 1962, ela se destacou, completamente da Igreja e deu origem a um movimento político socialista, a Ação Popular. Esse movimento levou os antigos jovens católicos a entrar na guerrilha urbana comunista do fim dessa década.

As teorias da Nouvelle Théologie e a filosofia política de Maritain penetraram também nos Seminários por todo o mundo, influenciando os jovens sacerdotes e Religiosos. Ainda no Brasil, em 1969, três noviços Dominicanos, oriundos da Ação Católica, foram presos pela polícia por suas ligações com a guerrilha comunista.
O caldo de cultura da Teologia da Libertação


Foi nesse ambiente de intensa fermentação modernista e esquerdista que teólogos como o uruguaio Juan Luis Segundo, S.J., os brasileiros Hugo Assmann e Frei Leonardo Boff, O.F.M. (foto acima), e o peruano Gustavo Gutierrez lançaram as bases da chmada Teologia da Libertação. Na Argentina essa “teologia” teve um caráter mais populista por causa da influência peronista, tendo como corifeus os padres Juan Carlos Scannone, S.J. e Lucio Gera.
Uma “teologia” latino-americana?

Embora se diga que a Teologia da Libertação seja uma “teologia” latino-americana, na verdade ela é toda calcada em autores europeus, católicos e protestantes, e nos teóricos comunistas Karl Marx e Antonio Gramsci.

O ponto central dessa “teologia” é o endeusamento do pobre, como fez Marx em relação ao “proletário”, apresentando-o como o “Redentor” da humanidade.

A Teologia da Libertação não pretende ajudar o pobre, como os grandes santos da Igreja sempre fizeram, mas apenas servir-se dele. O pobre é apenas uma arma usada contra os “ricos” (todo aquele que goza de boa posição econômica ou social), segundo a teoria marxista da luta de classes.

Da mesma forma, também não deseja melhorar a situação econômica dos países onde atua, mas conduzi-los à miséria, que esses pseudo-teólogos identificam com a “perfeição evangélica”. O seu modelo é Cuba, endeusada como uma espécie de “paraíso na terra,” onde a miséria assumiria um caráter como que “sagrado”. Eles seguem as heresias “miserabilistas” da Idade Média decadente, segundo testemunho de Leonardo e Clodovis Boff: “Inspiradores são também para a Teologia da Libertação, as experiências evangélicas singulares de tantos profetas heretizados … sem esquecer a contribuição preciosa dos movimentos pauperistas medievais de reforma, bem como as postulações evangélicas dos grandes reformadores” [6].

Por este rápido apanhado histórico, vê-se que, com KGB ou sem KGB, a crise interna que grassa na Igreja há tanto tempo teria levado logicamente à Teologia da Libertação.
“Baldeação Ideológica Inadvertida”


É possível que a KGB tenha contribuído na disseminação dessa ideologia político-religiosa, que se apresenta como teologia católica: ela é muito útil para a expansão comunista, sobretudo em meios católicos, e para a manutenção desse regime nos infelizes países que caíram sob seu domínio.

Entretanto, o fator decisivo nos surgimento e proliferação da Teologia da Libertação, e de sua aplicação prática na América Latina, foi a verdadeira “baldeação ideológica inadvertida” [7] ─para usar a célebre expressão cunhada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (foto acima) ─ sofrida por jovens idealistas que entravam para os Seminários ou a Ação Católica e foram sendo conduzidos paulatinamente, de um fervor religioso e da ortodoxia católica, para a afinidade com as teorias marxistas do igualitarismo e da luta de classes.

Portanto, o comunismo, e a KGB, não se encontram no começo do processo que conduziu ao aparecimento da Teologia da Libertação, mas sim no seu final, como consequência necessária da aceitação dos princípios igualitários e evolucionistas dos teóricos heréticos dos inícios do século XX.

_______________________


[2] Antonio Messineo, S.J, “Umanesimo Integrale”, Civilta Cattolica, September 1, 1956.

[3] Jacques Maritain, Integral Humanism, Freedom in the Modern World, and A Letter on Independence, University of Notre Dame press, Notre Dame, Indiana, 1996, p. 181.

[4] Id.Ibd. nota 8.

[5] Cf. Aureo Busetto, A democracia cristã no Brasil: princípios e práticas, UNESP, 2001, pp. 28-30.

[6] Leonardo Boff e Clodovis Boff, Como Fazer Teologia da Libertação, Vozes, Petrópolis, 1986, p. 57.



1 comentário para A KGB inventou a Teologia da Libertação? Simples demais…


LUIZ CLAUDIO

22 de maio de 2015 à 18:31


Magistral esclarecimento!!!
Agradeço imensamente ao IPCO por essa aula que nos explica tanta coisa dessa “Teologia”.

[Citar] [Responder]


Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Nome *

Email *

Site

Comentário 

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>










Artigos Relacionados


Artigos




Dossiês


Blogs Políticos

Blogs sobre Catolicismo

Blogs sobre Família e Cultura

Blogs sobre Idade Média















Nenhum comentário:

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015