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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Alerta Total




Alerta Total


  • Documentos que comprovam que OAS bancou obra do triplex de Lula no Guarujá podem incluí-lo na Lava Jato 
  • Anté Loguinho 
  • O idiota sou eu mesmo 
  • O Estado e o Patrimonialismo Brasileiro 
  • Destruição econômica e Social 
  • República, Capitalismo e Comunismo 
  • Projeto de voto distrital para municípios 



Posted: 19 May 2015 03:42 AM PDT








Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net






Sabe aquele triplex de luxo, no edifício Solaris, na belíssima Praia das Astúrias, no Guarujá (litoral de São Paulo), financiado pela problemática Cooperativa Habitacional dos bancários (Bancoop) e cheio de benfeitorias bancadas pela empreiteira OAS? A crença maior nos bastidores do Judiciário é que este seja o maior calcanhar de Aquiles de Luiz Inácio Lula da Silva - proprietário do imóvel junto com o filho Fábio (que odeia ser chamado de Lulinha pela mídia adversária ou inimiga).






Lula tem grandes chances de ter o nome efetivamente envolvido em algum processo da Lava Jato, caso dirigentes da construtora baiana entreguem ao Ministério Público Federal as planilhas das obras que beneficiaram o rico patrimônio da família da Silva. A mídia petista tentou negar, mas Lula comprou o imóvel, ainda na planta, em 2006, pela bagatela de R$ 47.695,38 por Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Marisa Letícia. Em 2010, cada morador desembolsou mais R$ 120 mil para a OAS terminar a obra. Hoje, apê de Lula, reformado pelo filho Lulinha, com 297 metros quadrados, á beira mar, com elevador privativo a partir do 16o até o 18o, vale em torno de R$ 1,5 milhão. Há corretor que avalie em R$ 1,8 milhão.






Ainda persiste o temor de que o dirigente Léo Pinheiro, da OAS, revele detalhes sobre como ajudou a bancar a obra no triplex de Lula. Quem também tem um apê no mesmo prédio é o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que presidiu a cooperativa habitacional dos bancários, respondem a processos por problemas durante sua gestão. Também são investigados os ex-dirigentes da cooperativa que desde a sua fundação (em 1996) participaram da gestão da BANCOOP: Ricardo Berzoini, como Diretor Financeiro, João Vaccari Neto, que chegou a presidi-la e o já falecido Luiz Gushiken.






Desastrada operação da República dos Sindicalistas do PT, a Bancoop pegou mais de R$ 100 milhões, de 15 mil famílias, e simplesmente quebrou, sem concluir os empreendimentos imobiliários de Torres de Pirituba, Casa Verde, Butantã, Ubatuba e Praia Grande. A cooperativa quebrou, deixando uma dívida de R$ 86 milhões (em valores atuais). Pelo menos 3.100 cooperativados reclamam, judicialmente, de obras que não ficaram prontas ou que não receberam posso definitiva ou escrituras dos imóveis. 






Dos 57 empreendimentos tocados desde o ano 2000, 14 ainda estão inacabados. Por isso, João Vaccari Neto, ex-presidente da cooperativa, responde pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O MP denunciou que a cooperativa desviou dinheiro para o PT. O promotor José Carlos Blat define que "a Bancoop era um verdadeiro balcão de negócios a serviço de uma organização criminosa".






Uma outra operação da Bancoop também chamou a atenção do MP. O braço direito de Lula, Freud Godoy, recebeu da cooperativa pagamentos de R$ 1,5 milhão, entre os anos de 2005 e 2007. Freud teve sua empresa contratada por Vaccari para prestar serviços de segurança aos empreendimentos (a maioria então inacabados) da cooperativa. Freud tem excelência no assunto, pois prestou os mesmos serviços na sede nacional do PT, em Brasília. Freud tem importância na história petista pois era um dos amigos do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel.






Trumbicados?











Condenar previamente não pode...






O polêmico desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio, deferiu uma liminar que suspende o processo contra 23 ativistas acusados de associação criminosa e atos violentos em protestos de 2013 e 2014:






"A presença de adolescente em suposta associação criminosa não se confunde com o tipo legal de corrupção de menores. Entendem os impetrantes, portanto, a ocorrência de cerceamento de defesa e ausência de correlação entre a acusação e sentença, inclusive porque não se adotou o procedimento previsto no artigo 384 do Código Processual Penal. Portanto, defiro a liminar para determinar a suspensão do processo até o julgamento do presente habeas corpus".






A decisão coloca sub judice no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a acusação de corrupção de menores, o que pode ajudar na obtenção de habeas corpus para os acusados: Elisa Quadros, conhecida como Sininho, Karlayne Moraes Pinheiro, a Moa, e Igor Mendes da Silva, o único dos acusados que está preso.


Em resumo: o processo foi suspenso devido a uma acusação de corrupção de menores usada nas alegações finais pela promotoria, que citou ainda a associação criminosa e o uso de armas.






Começão avaliadora?









Star Wars ensina...






"Que a força esteja com você. Faça ou não faça. A tentativa não existe. Treine a si mesmo a deixar partir tudo que teme perder. O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento". (Mestre Yoda).






Definição genial de Amor











Postado no Facebook da velha amiga Ana Lucia Godoy e roubado para o meu, pela sabedoria do argumento de uma criança de 5 anos de idade.






Alagoanos em guerra











Colabore com o Alerta Total






Neste momento em que estruturamos mudanças para melhor no Alerta Total, que coincide com uma brutal crise econômica, reforçamos os pedidos de ajuda financeira para a sobrevivência e avanço do projeto.






Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente conosco poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades.

Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções:

I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão.

OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim.

II) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito).

III) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior.






Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!








O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Maio de 2015.




Posted: 19 May 2015 03:38 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Para estudar as crises provocadas por vulcões, a Anta viajou para um país andino.






Foi recebida por uma colega baixa e lenta, que também grave crise enfrenta.






O local ideal para o encontro foi em Antafagasta, recomendado para anta gasta.






Comentou primeiro sobre um vulcão com o nome da cidade paulista antes chamada Falcão.






Depois falou d'um vaidoso que de glabro se fez veloso. Como nicanor harpista, não há quem seu charme resista.






Falou de um molusco velho e decadente, que só tem mêdo de dor de dente causada pela branquinha "marvada".






Foi-lhe indicada uma estória muito útil à escória, de um grego por nome Tântalo, que por menos estropício, sofreu grave suplício.






"Deve ter sentido a dor de não ser mais senador !" (exclamou a anta ignara) e já farta de ouvir falar de dona Marta, que de cutucá-la não para.






Voltou de mãos vazias de cobre e de esperança, quem sabe estar no fim a festança.









Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




Posted: 19 May 2015 03:35 AM PDT




Flagrante do Editor-chefe do Alerta Total em missão diária






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Sérgio Alves de Oliveira






O texto a seguir vai servir como uma espécie de "carta aberta", hoje tãoem moda, ao Jornalista Jorge Serrão.






Após o retorno e repercussão "zero" do meu último artigo no Alerta Total (MAIS-VALIA VERSUS CORRUPÇÃO NO BRASIL), resolvi repensar meus valores e atitudes,bem como fazer deste artigo o último, agradecendo o prestígio que sempre recebi do seu Editor-Chefe. Até mesmo para não prejudicar o interesse público pelo blog, um dos raros que ainda se preocupam com a verdade.






Ocorre que cheguei à conclusão que escrever desviando um só milímetro das discussões políticas que ocupam a cabeça de todo o mundo, e que estão na "moda", dá no mesmo que discursar para as paredes ,"muros de lamentação", ou nadar contra a forte correnteza. Escrever só para o papel dá no mesmo.






Sempre ousei dizer que o Brasil já havia atingido o triste índice de enquadrá-lo entre as sociedades em que a "idiotia" já havia tomado conta do seu povo. Essa situação,verdadeira, caracteriza o regime da IDIOTOCRACIA. Os "dez passos" para chegar-se a isso estão previstos na web. Todos foram dados.






Mas esse estado de consciência coletiva, com algumas exceções, é claro, de gente que não se deixou contaminar, tornou-se uma forte correnteza, contra a qual ninguém tem forças para nadar e vencer. E quem tentar ,este sim, será o idiota. É o meu caso.






Sempre procurei publicar meus artigos no "Alerta Total", como qual mais me identifiquei todo esse tempo, seja pela admiração que tenho pelos seus articulistas, seja pela postura editorial do seu titular, sempre inteligente, franco, ousado, corajoso e claro.






Desde a minha juventude, até agora, que já estou velho, fui um inconformado com o "status quo" que se instalou no Brasil, onde a patifaria tomou conta da política. Conclui até que o "Brasil não deu certo", seja como Colônia, Império ou República, e que deveríamos tentar a sua divisão para que cada um dos seus povos se organizasse como país independente, começando pelo "meu" SUL (PR,SC.RS), onde as pré-condições estão "fervendo".






Tive a felicidade de dar o pontapé inicial nessa discussão, com o lançamento do livro INDEPENDÊNCIA DO SUL, em 1986. A ideia cresceu tanto que não vai demorar muito o alcance desse objetivo. O Brasil, dividido, dará certo. Mas isso não ocorrerá nessa geração acovardada, afogada na mediocridade,não escapando nem a que vive hoje no Sul,que acabou se "abrasileirando" há todo vapor. Talvez na próxima isso ocorra. Mas será preciso que os culhões dos sulistas voltem ao lugar de origem . E saiam da "garganta" ,onde hoje estão.






Na verdade creio que perdi muito anos da minha vida lutando para que o Sul ficasse independente. Mas com essa geração que aí está, ele nem merece. Parece que a sua submissão à bandeira brasileira confirma uma frase que está no "Hino Rio-Grandense": "Povo Sem Virtude é Povo Escravo".






Onde está o espírito libertário que fez a história do Sul?






Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado.









Nota da Redação do Alerta Total: Repense sua atitude. O que você escreveu naquele artigo é de imensa gravidade. Quando escrevemos coisas assim, nem sempre temos resposta dos leitores. Já aconteceu com vários artigos meus que pegam pesado em questões polêmicas que as pessoas não querem ou preferem não enxergar ou encarar de frente. No final, tudos os brasileiros pagam caro por tal postura de omissão no enfrentamento dos problemas. Você é um livre pensador. O Alerta Total precisa de livres pensadores como você. Publicamos seu artigo e aguardamos outros. Idiotas como você - e como eu - ainda somos necessários, de algum modo. Algumas pessoas ainda avaliam assim. Quando todos desistirem, aí, sim, seremos forçados a aderir à unanimidade burra proclamada pelo Nelson Rodrigues.




Posted: 19 May 2015 03:30 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Hélio Duque






Na história brasileira, desde a independência, diferentes modelagens constitucionais foram votadas democraticamente e outras paridas pelos regimes ditatoriais. As diferentes Constituições, elaboradas por constituintes ou as impostas pelo autoritarismo, tem um consenso: o Estado burocrático e patrimonialista é intocável. O notável escritor latino-americano Octávio Paz definiu que "patrimonialismo é a vida privada incrustada na vida pública." No Brasil, patrimonialismo é secular. Muito bem caracterizado pelo jurista e historiador Raymundo Faoro em "Os Donos do Poder". Demonstra que a herança ibérica ao lançar as bases para a formação do Estado tutor nele "o governo tudo sabe, administra e provê, distribuindo riqueza e qualificando os opulentos".






Na mesma perspectiva, o historiador Sérgio Buarque de Holanda, em "Raízes do Brasil", comprova que o patrimonialismo brasileiro tem profunda resistência à meritocracia e impessoalidade na administração da gestão pública. Certamente havia lido "Economia e Sociedade" de Max Weber, adaptando o seu pensamento à realidade brasileira. Nele, Weber afirma que o patrimonialismo é quando o governo adona-se dos recursos do Estado, distribuindo para grupos poderosos na economia. O interesse público e o privado torna-se aliado intocável na dominação e usufruto da máquina do Estado. O populismo, com diferentes roupagens ideológicas, é a sua principal fornalha alimentadora.






Os predadores da riqueza estatal tem caminho livre para transformar a administração pública em extensão dos seus próprios negócios. O aparelhamento da estrutura pública consolida o tráfico de influência, gerando a corrupção incontrolada. A "Operação Lava Jato", traduz com indiscutível clareza o enorme poder do patrimonialismo brasileiro. Dependesse da apuração dos ilícitos, a ação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tudo continuaria como d'antes no quartel de Abrantes. Coube ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, órgãos de Estado, com autonomia assegurada pela Constituição, deflagrarem a operação que denunciou a dilapidação da Petrobrás, pela incompetência dos seus dirigentes, gerando a corrupção que hoje envergonha os brasileiros. Aliado ao fato de um juiz sério, ético e competente como Sérgio Moro, ser o julgador.






A privatização dos bens públicos gerando o enriquecimento rápido de agentes estatais e de grandes grupos empresariais é comportamento aceito pelos governos brasileiros, independente de suas filiações ideológicas. A política patrimonialista é um sólido alicerce do nosso Leviatã tupiniquim. A anti-modernidade nas áreas políticas, econômicas e sociais permeia a formação do poder nacional. E a grande vítima é o brasileiro anônimo que, com o seu trabalho empreendedor, é o principal gerador das riquezas expropriadas pelo clientelismo patrimonialista.






Um exemplo: na última década, o Tesouro Nacional transferiu recursos de R$ 435 bilhões para o BNDES, pagando taxas de mercado. São emprestados a juros negativos, a TJLP, para empresas "apelidadas" de campeões nacionais do desenvolvimento. Hoje o grupo JBS (Friboi) tem 25% de participação do banco e outros como Eike Batista deram com "os burros n'água". A fila é gigantesca. Hoje a TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo é de 6% ao ano.






A rigor, o populismo econômico é parte indissociável dos governos amantes do populismo político. Nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff atingiu-se o nível máximo. Consolidando um padrão diferenciado, extremamente nocivo para os brasileiros. Emergiu um patrimonialismo inovador aliançando sindicalismo e uma parcela da elite larápia, dona de apetite pantagruélico em cima dos recursos públicos. Traindo a própria história do PT, que pregava um "projeto de Brasil" na sua origem e no governo o renegou, buscando consolidar um "projeto de poder" a qualquer custo.






O contubérnio de interesses públicos e privados é obstáculo ao verdadeiro desenvolvimento econômico. A crise econômica e social que vem atingindo os brasileiros, após a euforia do "nunca antes na história desse país", é o resultado gerado pelo populismo clientelista-patrimonialista dos últimos anos. 









Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.




Posted: 19 May 2015 03:27 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Adriano Benayon






Foi muito divulgada esta asserção do professor Wanderley Guilherme dos Santos: "Depois de criado, o Estado liberal transforma-se no estado em que a hegemonia burguesa não é seriamente desafiada. Trata-se de um estado cuja intervenção em assuntos sociais e econômicos tem por fim garantir a operação do mercado como o mais importante mecanismo de extração e alocação de valores e bens."






Esse cientista político destaca a óbvia natureza intervencionista (não-admitida) do Estado dito liberal, sem, porém, propor uma denominação que saia dessa contradição em termos.






De resto, os muitos que repetem o termo (neo)liberal, mesmo sabendo-o falso, colaboram com a enganosa comunicação social do capitalismo.






O mesmo cientista afirma: "O Estado liberal não é de modo algum um Estado não intervencionista. Muito pelo contrário, o Estado liberal está sempre intervindo, a fim de afastar qualquer obstáculo ao funcionamento 'natural' e 'automático' do mercado."






Aí está um engano sério. O mercado, nas mãos dos oligopólios e carteis, não funciona natural nem automaticamente: ele é controlado e manipulado por eles, e lhes serve de álibi, ao usarem o termo impessoal "mercado" em relação a ações praticadas por pessoas físicas, a serviço de grupos concentradores de poder econômico e financeiro.






Isso é exatamente o contrário do funcionamento 'natural' e 'automático' do mercado e também do que teorizaram os clássicos da economia sobre mercados livres, com participantes igualmente submetidos à concorrência. Na realidade, a intervenção do Estado capitalista:






1) afasta a aplicação dos mecanismos de defesa econômica do Estado, coibidora dos abusos praticados pelos concentradores;






2) promove o aumento da concentração do poder da oligarquia financeira, através de subsídios governamentais e das políticas fiscal e monetária, entre outras.






Portanto, capitalismo é o sistema político e econômico que não admite restrições à concentração dos meios de produção e financeiros, ademais de a fomentar, nas mãos da oligarquia, por menor que seja o número das pessoas que a compõem.






Nos países centrais ou imperiais, o Estado liderou o desenvolvimento econômico e nunca abandonou o fomento ao setor privado. À medida que este ganhou corpo, o Estado passou a apresentar-se como liberal, a fazer concessões no campo social e a adotar, na política, formas exteriormente democráticas.






Nos períodos de crescimento e bem mais nos de crises, a concentração foi crescendo, e regrediram os avanços, surgindo o fascismo (antes da 2ª Guerra Mundial). E o fascismo não-declarado, como nos EUA, desde antes do inside job de setembro de 2001 (destruição das Torres Gêmeas e míssil lançado no Pentágono).






A concentração do poder financeiro mundial alcançou o incrível grau presente (147 corporações transnacionais, vinculadas a apenas 50 grupos financeiros, detendo mais de 40% da riqueza mundial). 






Isso se foi intensificando por mais de 100 anos após se terem os concentradores tornado bastante fortes, para que o Estado capitalista os protegesse adicionalmente. Os setores mais aquinhoados foram o das armas e a finança.






O grande impulso recente deu-se através da financeirização da economia, abusando os bancos dos privilégios de criar moeda e títulos de toda sorte. Seus acionistas e executivos locupletaram-se assim, beneficiados pela desregulamentação dos mercados financeiros, a qual lhes proporcionou abusar da alavancagem e de fraudes diversas.






Ilustrativa da subordinação do Estado capitalista, falsamente dito liberal, à oligarquia financeira foi a resposta ao colapso financeiro de 2007/2008, provendo mais de 20 trilhões de dólares em ajuda aos banqueiros delinquentes, ao invés de realizar as correções estruturais necessárias ao bem da economia e da justiça.






De há muito, as intervenções imperiais - militares ou não - recrudescem em todos os continentes, gerando sistemas políticos pró-imperiais e Estados vassalos, como se tornou o Brasil, à raiz do golpe de Estado de agosto de 1954, passando a partir das Instruções 113 da SUMOC e seguintes (janeiro de 1955) a subsidiar os investimentos estrangeiros diretos, de modo absurdo.






Não há como falar em capitalismo periférico. Há somente indivíduos riquíssimos originários das periferias, como muitos outros dos países centrais, subordinados à oligarquia capitalista mundial.






À medida que essa oligarquia se foi apropriando, no Brasil, da estrutura econômica, foi também promovendo sucessivas intervenções e manobras, no campo das instituições políticas, que propiciaram intensificar ainda mais essa apropriação.






Temos agora mais uma crise. Nesta, a baixa resiliência – devida à desindustrialização e à desnacionalização – combina-se com o déficit das transações correntes exteriores, mais os déficits das contas públicas nos três níveis da Federação, resultando em grande salto qualitativo para nova degradação econômica e social.






Consideremos as taxas básicas dos juros dos títulos públicos, uma das mega-fontes de agravamento do caos decorrente do "ajuste" em curso.






Nos últimos cinco meses, a taxa SELIC foi elevada várias vezes. Era 11,25%, em novembro de 2014, e chegou a 13,25%, em 30.04.2015, o que significa taxa efetiva em torno de 16,25% aa.






Em artigo anterior, comparei a aplicação das taxas de 12% aa. e de 18% aa., durante 30 anos, sobre o atual montante da dívida mobiliária interna, de cerca de R$ 3 trilhões: a primeira resultaria em R$ 90 trilhões, e a segunda em incríveis R$ 430 trilhões, quantia igual ao dobro da soma dos PIBs de todos os países do mundo.






A taxa atual alçaria o estoque da dívida para R$ 274,73 trilhões de reais.






Tal como as letais taxas de juros, as demais políticas do "ajuste" só podem ter por objetivo concluir a desestruturação (destruição) econômica e social do País.






Em função dos estratosféricos juros da dívida e também da intenção restritiva do "ajuste", os investimentos públicos sofrem enormes cortes. Do mesmo modo, a demolição de direitos sociais, incluindo generalizar a terceirização, significa extrair sangue de organismos anêmicos.






É inútil esperar resultados positivos de tais medidas, porque, na atual estrutura, dominada pelos carteis transnacionais, e dada a infra-estrutura existente, nenhum "ajuste" levará a diminuir significativamente o "custo Brasil", qualquer que seja a taxa de câmbio.






Até mesmo as subsidiárias das transnacionais, que poderiam apresentar custos competitivos, inclusive por não precisarem do crédito local, absurdamente caro, preferem, em vez disso, auferir lucros fabulosos no País, reforçados pelos incríveis subsídios que lhes dão a União, Estados e municípios.






Elas remetem esses lucros ao exterior, disfarçados em despesas por serviços, superfaturamento de importações (dos equipamentos, máquinas e insumos) e subfaturamento de exportações. Assim, seus custos são forçosamente altos.






Já as empresas de capital nacional vêm sendo alijadas do mercado, desde 1954. Além de não contarem com as vantagens dos incentivos e subsídios, que só as transnacionais estão em condições de aproveitar, elas foram desfavorecidas pelas políticas públicas e deixadas à mercê das práticas monopolistas dos carteis multinacionais.






A política de crédito as afeta de modo especialmente agudo, pois os juros que despendem - são múltiplos da taxa dos títulos públicos. Já as transnacionais, além de não necessitarem de crédito, bastando-lhes reinvestir pequena parcela dos lucros, têm acesso a crédito barato no exterior.






A partir dos anos 90 e após a devastação produzida pela dívida externa, passou-se às indecentes privatizações, já que a classe dominante eram os controladores das transnacionais, cujos governos impõem suas vontades, diretamente e através de agentes, cooptados e corrompidos.






Sob o modelo dependente, o País carece de poder armado e financeiro para fazer valer seus interesses na esfera mundial, e sua inserção externa é a pior possível, pois os segmentos de maior valor agregado e maior emprego de tecnologia são controlados pelos carteis mundiais.






A própria infra-estrutura, como a dos transportes, inclusive em sua orientação geográfica, foi desenhada para servir o interesse das corporações estrangeiras, tal como a escolha dos investimentos, priorizando a extração de minérios em escalas imensas, com pouco ou nenhum processamento no País.






Também na agricultura, privilegia-se a grande escala, segundo as regras dos carteis mundiais do agronegócio e suas tradings, abusando-se dos agrotóxicos, transgênicos e fertilizantes químicos, para grande dano dos solos e da saúde pública.






Entre os grandes escárnios ilustrativos da submissão do Brasil à condição de periferia imperial é a Lei Kandir, que isenta de tributos as exportações primárias. A Inglaterra entendeu, já no Século XIII, que era vital sair dessa condição, quando a lã de seus carneiros ia para as indústrias de Flandres e da Itália.









Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.




Posted: 19 May 2015 03:26 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho






Durante o Congresso Ibero Americano, ocorrido na Espanha, Glória Alvares citou e comentou com brilhantismo, as formas básicas de governo descritas por Aristóteles na Grécia antiga. Em seu discurso havia uma proposta clara e objetiva para combater o Populismo, usando como instrumentos a República e a tecnologia. 






As formas principais formas de governo, que ainda permanecem até hoje são: O GOVERNO DE UM SÓ (Monarquia ou Ditadura); A ARISTOCRACIA, representada pela nobreza ou pela classe de maior poder econômico e social. A DEMOCRACIA, onde o povo participa diretamente do governo, debatendo, escolhendo seus representantes e governantes. Esta escolha pode se dar de forma direta, quando o povo vota e escolhe seus representante e governantes. Ou de forma indireta, quando escolhe os seus representantes e estes investidos pelos poderes a eles outorgado, terminam os governantes. Cada voto de um cidadão em uma democracia é, na verdade, uma "procuração" que o povo outorga aos seus representantes, para tomar decisões em seu nome.






A República ("a coisa pública") é uma estrutura política de Estado, uma forma de Governo em que são necessárias três condições fundamentais, como: um número significativo de pessoas, que mesmo tendo ideias, hábitos e haveres diferentes formem uma "comunidade" de interesses e afinidades (sentimentos comuns, tradições, cultura histórica...); e uma identidade comum de direitos, deveres e obrigações. Atualmente a República se caracteriza pelas boas Inter-relações de poder do Estado de Direito, harmoniosamente distribuídas entre o legislador, o executivo e judiciário. Desses três poderes reunidos de forma independente e responsável comungando para o bem da "comunidade" nasce à liberdade.


Em cada uma dessas formas de governo existe o risco frequente de uma disfunção ou inversão de valores sociais, econômicos e morais, contradizendo seu o princípio proposto.






No GOVERNO DE UM SÓ: MONARQUIA ou DITADURA, temos a TIRANIA, onde o abuso do poder e as ambições do governante extrapola qualquer outro direito, ou os aniquila. Na ARISTOCACIA há uma forte tendência da formação de uma OLIGARQUIA onde o governo passa a legislar em causa própria em detrimento do desenvolvimento político, social ou bem estar do povo. Usando inclusive a força bruta para suprimir opiniões contrárias ou oposições ao cumprimento de "suas" leis.






NA DEMOCRACIA existem várias formas de disfunção. Algumas apropriadas das demais formas de governo. Entretanto a mais comum e nefasta é o POPULISMO. Que nos tempos atuais se assemelha a forma de governo de um CAUDÍLIO. O POPULÍSMO se caracteriza por um governante, ou proponente a governante, que procura estabelecer sua forma de liderança usando sua personalidade e seu carisma pessoal para arrebanhar o apoio do povo, ou da massa popular representativa. Tornasse o ícone de um governo.






Com esse apoio popular significativo o governante passa e exercer seu poder de mando subvertendo toda e qualquer forma de controle. A admiração e a confiança neste governante, não incomumente, sobrepõe suas palavras e opiniões às verdades dos fatos, a realidade cotidiana e mesmo assim o povo acredita nele e o apoia cegamente. Ele deixa de ser visto como um simples líder, passa a ser o herói das histórias em quadrinhos personificado, o libertador idealizado. 






A partir de então este governante passa a conduzir o seu "rebanho" (o povo) segundo seus próprios objetivos, metas e ambições. Não incomumente explora a boa fé de seus seguidores, geralmente passa a perseguir seus opositores e enriquece com o sofrimento e a pobreza de seu próprio povo. Não seria nenhum absurdo afirmar com toda a convicção que o POPULISMO ama tanto os pobres que faz com a pobreza nunca acabe, pelo contrário, se multiplique... Um populista pode se tona o maior inimigo de uma nação, porque sua liderança não é racional é emocional. Na REPÚBLICA observamos a "anarquia legalizada" uma estratificação social injusta e os conflitos de interesses e poderes.






Toda e qualquer forma de governo precisa, conscientemente ou não, de um modelo ideológico que defina sua forma de comando e promova sua subsistência. Na antiguidade as mais comuns eram: o GOVERNO E UM SÓ e a ARISTOCRACIA. Mas nos tempos modernos se destacaram no cenário mundial o capitalismo e o comunismo (como ideologia pura), sendo que esta última nunca conseguiu colocar na vida prática seus verdadeiros ideais de liberdade e crescimento social igualitário, muito pelo contrário.






O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção, distribuição e investimentos são em grande parte, ou totalmente, orientados pelo setor privado, com fins lucrativos bem definidos, como o crescimento e a acumulação de capital. Os lucros são distribuídos entre os proprietários do capital (bens e dinheiro) que investiram nos meios de produção e onde predomina o trabalho assalariado, a contraparte da produção. A relação entre a oferta, à demanda e custo de produção são os principais formadores do mercado de bens e consumo e servem de base para formação dos salários, assim como os preços dos bens e serviços produzidos.






O nome dado pelos idealizadores deste sistema político-econômico ocidental (capitalismo) foram os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros é, LIBERALISMO. O termo capitalismo foi introduzido e utilizado por socialistas anarquistas como: Karl Marx, Proudhon, Sombart e outros no final do século XIX, logo após a revolução industrial, para identificar o sistema político-econômico existente nas sociedades ocidentais quando se referiam a ele em suas críticas, principalmente a chamada "Mais Valia", que é o lucro obtido e retido pelos investidores sem que nenhuma parcela fosse distribuída entre a mão de obra operária, que segundo esses livres pensadores, eram os verdadeiros produtores de riquezas.






Esta crítica, porém não contemplava os riscos envolvidos, prejuízos ou os problemas operacionais e financeiros. E não levava em conta que o trabalho operário era sempre pago em caso de lucro ou prejuízo, sem alteração. Mais recentemente o capitalismo introduziu derivações que o definem como um sistema onde parte dos meios de produção está em mãos privadas, e a outra está nas mãos do governo, formando a chamada Economia Mista.






O comunismo não é um sistema econômico ou governamental. É uma ideologia política que pretendia promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais, apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção pelos trabalhadores. O comunismo puro, conforme idealizado por Karl Marx e outros previa a não existência de governos e que as decisões seriam tomadas pelos trabalhadores, que escolheriam o que produzir. 






As decisões econômicas e sociais seriam tomadas democraticamente ao nível de mercado, permitindo que cada membro da sociedade participasse do processo decisório com o propósito de bem estar e não pela ideia do lucro, ou acumulação de capital. No entanto o anarquista e filosófico Karl Heinrich Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) nunca forneceram uma descrição de como o comunismo poderia atuar como um sistema econômico e muito menos como funcionaria, na prática, uma forma de ordem em um sistema sem governo. Para estes o princípio estaria no capitalismo que, esgotando a sua capacidade evoluía, naturalmente para socialismo e o comunismo seria o destino final da produção e da sociedade plena.






A Revolução russa, que deu origem ao primeiro governo comunista do mundo começou, na verdade, com o descontentamento do exército e da nobreza com o Czar Nicolau ll (Nikolái Alieksándrovich Románov) imperador da Rússia, rei da Polônia e grão-príncipe da Finlândia. Czar, Tsar ou Tzar foi o título usado pelos monarcas do Império Russo entre 1546 e 1917 como um símbolo da natureza da monarquia. 






Para um império cujas raízes estavam na agricultura, sustentada principalmente pela nobreza rural, o advento da industrialização capitalista, com o início da extração e exportação de petróleo, implantação de uma grande malha ferroviária e o desenvolvimento da indústria siderúrgica, deveria resultar em crescimento econômico e social. Mas na verdade, introduzido de forma não muito estruturada, em meio a conflitos de toda ordem, acabou por provocou um grande desequilíbrio e a formação de uma nova classe de trabalhadores. 






A concentração dos investimentos nos principais centros urbanos, formou um operariado de aproximadamente 4 milhões de pessoas, que eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias, com salários miseráveis, péssimas condições de trabalho, moradia e que não recebiam alimentação ou qualquer benefício social dos seus empregadores.






A eles seriam somados os camponeses iletrados, pobres e também descontentes, recém-saídos da condição de servos. O somatório destes fatores e a inércia administrativa governamental tornava o descontentamento em um verdadeiro barril de pólvora. O aumento das relações comerciais com a Europa Ocidental levou para a Rússia correntes políticas e sociais que entravam em choque com o antiquado absolutismo do governo Czarista.






O fracasso das campanhas militares lideradas por Nikolái ll, que não tinha afeto ao poder e nenhuma aptidão para ser Czar, considerando estas tarefas como uma obrigação. Somada a uma gestão econômica "decadente" contribuíram muito para fortalecer o descontentamento crescente e a revolta. A nobreza e o proletariado pleiteavam uma Constituição que distribuísse o poder absolutista da monarquia, o que era absolutamente rejeitado pelo Czar, de acordo com a forma doutrinada pela qual foi educado. Sem conseguir chegar a um acordo negociado, Nicolái II decidiu aprovou a Constituição e ao mesmo tempo abdicou em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, Alexei Románov, em favor de seu irmão mais novo, o grão-príncipe Miguel Alexandrovich Romanov.






Apesar de todo o empenho do Czar, não houve acordo. Por um lado o grão-príncipe declaradamente nunca havia tido nenhum interesse em se tornar monarca. Por outro os nobres e o exército queriam que o príncipe Alexei, ainda muito menino, ascendesse ao trono, para manter a tradição Russa e a continuidade representativa da dinastia da casa dos Romanov. Mas Nicolái ll não podia admitir a possibilidade de ser expatriado com a Czarina e as 4 (quatro) filhas deixando Alexei sozinho. O príncipe herdeiro era hemofílico e esse fato era o segredo mais bem guardado da monarquia. Naquele tempo não havia medicação eficiente. Alexei era proibido de montar a cavalo, correr, brincar com as outras crianças no campo e às vezes com as próprias irmãs. Um simples tombo mais forte poderia causar a sua morte por hemorragia.


A Rússia sempre viveu em estado de beligerância, mas a partir de 1898 os conflitos internos se acirraram muito. O POSDR - Partido Operário Social-Democrata Russo foi extinto e expurgado. Mas se reorganizou no exílio, tendo como principais líderes Gueorgui Plekhanov, Vladimir Ilyich Ulyanov (conhecido como Lênin) e Lev Bronstein (conhecido como Trotsky).






Em 1903 o Partido sofreria uma divisão entre suas duas correntes predominantes, os Mencheviques e Bolcheviques (este último traduzido como "maioria" em russo). Os Mencheviques eram moderados e negociadores, admitiam a existência de um capitalismo burguês como o princípio de uma sociedade socialista e sua posterior elevação para o comunismo, enquanto os Bolcheviques acreditavam em saltar etapas, através da luta armada e a implantação da ditadura do proletariado, agregando também os camponeses.






Em 1904 a Rússia entra em guerra com o Japão pelo domínio da Manchúria, mas foi derrotada. Ainda em 1905 um erro crucial dos militares, que nunca ficou bem esclarecido, interpretou uma manifestação popular pacífica e desamada como uma revolta popular, que entrou para a história como "Domingo Sangrento", porque muitos milhares de manifestantes foram mortos e outras centenas gravemente feridas pelas tropas do governo.






Com o fim da guerra com o Japão o governo mobilizou suas tropas especiais (os Cossacos) para reprimir os últimos trabalhadores que a partir de então haviam se rebelado. Os líderes foram mortos ou aprisionados e o Soviete de São Petersburgo completamente desarticulado.






Ainda sofrendo os reflexos da derrota para o Japão e tendo enfrentado resistências e revoltas internas a Rússia incentivada por seus aliados: franceses e ingleses, entra na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), mesmo sendo o Czar casado com uma princesa Alemã e sem apoio popular. E novamente estava sendo derrotado com aproximadamente 6 (seis) milhões de soldados mortos e outro milhares feridos nos combates contra os alemães, nos primeiros anos. A longa duração da guerra provocou o desabastecimento nas cidades e desencadeou uma série de greves e revoltas populares.






Ápós a abdicação, com o receio de que a família real deixasse a Rússia o Czar, sua esposa o príncipe herdeiro e as quatro filhas foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre, em Tsarskoye Selo. Os nobres iniciaram um processo mal sucedido de constituir uma república capitalista. Posteriormente, já sob o julgo comunista, a família real foi transferida para Casa do Governador em Tobolsk e finalmente para a Casa Ipatiev em Ecaterimburgo. Nesta última, em um episódio que nunca ficou bem esclarecido, a família real e os seus serviçais mais próximos, inclusive o médico da família, foram acordados no meio da noite e levados para o porão com a justificativa de que precisavam tira uma fotografia para a posteridade. Eles se perfilaram e foram cruel e brutalmente assassinados a tiros por um grupo de rebeldes proletários, que os mantinham sob prisão. Seus corpos foram desnudados e enterrados em um local mantido em sigilo. Mas essa barbárie não acabou com os conflitos.






Em outubro de 1917 os bolcheviques articularam uma contra revolução, que marcou a primeira vez que a um grupo comunista, o Partido Bolchevique, se tornava governante de um Estado. 






O que se seguiu foi uma sucessão de conflitos políticos e sociais durante os quais os operários proletários e camponeses, sucessivamente, derrubaram a autocracia russa, o governo provisório e expropriaram campos, fábricas e demais locais de trabalho. Estes eventos aconteceram durante os anos de 1917 e 1918 e resultaram em uma guerra civil que durou de 1918 a 1921. Durante este processo, o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lenin e Leon Trotski se transformou na única força política capaz de restabelecer a ordem. Submeter igualmente a classe burguesa, operária, camponesa e os demais partidos, ao mesmo tempo em que adotou o discurso socialista que justificativa a imposição de uma ditadura do proletariado.






As formas dominantes do comunismo, como o Leninismo (na Rússia, a partir de 1921) e o Maoísmo (na China de Mao Tsé-Tung e seu Livro Vermelho) com base no apoio do Partido Comunista da China, durante a Guerra Civil Chinesa, conhecida como a Guerra de Libertação (1946-1950) são baseadas no marxismo, embora cada uma dessas formas tenha modificado as ideias originais (puras), mas versões não marxistas do comunismo (como Comunismo Cristão e o Anarco-comunismo) também existem, pelo menos em teoria pura.






O comunismo é muitas vezes usado para se referir ao bolchevismo na Rússia, como um movimento político. Realmente o sistema comunista, no seu início, teve uma grande uma preocupação com o bem estar do proletariado. Mas infelizmente esse esforço foi descontruído com as dificuldades operacionais de sua ideologia.






Pouco depois de os Bolcheviques terem chegado ao poder durante a Revolução Russa, eles mudaram o seu nome para o Partido Comunista de Toda a Rússia (Bolcheviques) em 1918 e passaram a ser conhecidos apenas como Partido Comunista da União Soviética. Entretanto, foi apenas em 1952 que o Partido Comunista da Rússia aboliria a palavra Bolchevique do seu nome.






Tanto o Leninismo (na Rússia) e o Maoísmo (na China) se desenvolveram tendo por princípio as ideias de Karl Marx, que era alemão. Porem para a manutenção e subsistência do Estado e abolir a anarquia muitas modificações alteram o estado puro do comunismo, que precisou abdicar de alguns dos seus princípios básicos: como a participação popular no processo de administração, uma ordem severa, radical e restritiva, na condução da produção ou qualquer forma de participação no processo das decisões sociais e políticas. Assim o proletariado acabou por perder sua identidade livre e espontânea que foram subvertidas. Hoje o comunismo é o Estado e tudo pertence ao Estado, inclusive o proletariado (pessoas cujo único bem são os próprios filhos, a "prole").






Os governantes não são escolhidos pelo povo. Este não vota nem indica candidatos. Os governantes são escolhidos pelos chamados Conselhos Populares que são organizados e mantidos pelo próprio governo. Uma vez eleito um governante, este tende a se perpetuar no poder. O comunismo precisou abrir mão da liberdade, dos direitos individuais, de princípios religiosos, tradições e até da cultura popular, apagada da história como verdadeira, para fortalecer o sentido de coletivo e alicerçar o direito e as prioridades do Estado. Suprimir qualquer forma de oposição a qualquer preço. Até o pensamento ideológico passou a ser propriedade do Estado. Pensar de forma diferente significava subversão, ou traição .


No conflito entre ideologias nos tempos atuais costumasse dizer que o capitalismo é a exploração do homem pelo homem e que o comunismo é exatamente o contrário.






As ambições de poder, o apego aos bens materiais, somados com a vaidade de egos e a desconstrução da família consomem toda e qualquer forma de razão lúcida. As ideologias acabam sobrevivendo da propaganda que vende ideias paradisíacas de um mundo paradoxo. Por exemplo, a propaganda quase que "inocente" desses movimentos progressistas modernos e modelo políticos que prometem grandes avanços sociais a curto, propondo um mundo mágico e igualitário... O céu para terra, fazendo uma alusão a uma realidade utópica.






Conseguem obter resultados surpreendentes junto aos grupos sociais que se sentes mais prejudicados e desesperançados social e politicamente. Enfraquecem a capacidade de raciocinar dos potenciais fieis, tornando-os vulneráveis e levando-os a acreditar em um mundo lúdico. Como uma espécie de lavagem cerebral anula as individualidades, conceitos pessoais, sentimentos, ideais, descontroem o princípio de família, cultura e tradições. A propaganda transcende o eu interior de cada um e conduz as pessoas a se identificar e procurar pertencer a grupos semelhantes, que antes já foram doutrinados. A partir de então já não aceitam o diálogo e recusam qualquer opinião diferente que não concorde ou se submeta às suas novas crenças. Mesmo que essas novas ideias se oponham a tudo o que sempre acreditaram antes.






As pessoas são compelidas a endeusar líderes carismáticos e modelos políticos extremistas totalitários, se agarram a eles como se fossem verdadeiras tábuas de salvação. Seus líderes são seus heróis e mentores, fazem as pessoas acreditar no impossível e as convencem de são felizes, mesmo quando sua qualidade de vida é muito ruim, mesmo quanto o básico para a sua sobrevivência é escasso, quando o sofrimento é quase insuportável a causa é justa.






A partir de então essas pessoas buscam uma forma de reconhecimento entre os seus pares e naturalmente se tornam voluntários para aumentar o "rebanho", mesmo que para isso tenham de mentir, enganar e forjar realidades inexistentes... Porque são orientados a pensar que suas atitudes são certas e o que fizerem será o justo.






Modelos políticos assim fazem lembrar regimes como o Nazismo da Alemanha de Hitler; o Fascismo de Benito Mussolini, na Itália; o Comunismo: de Stalin na Rússia e o de Mao Tse Tung na China; também foi assim na República Socialista do Vietname (Vietnã); República Democrática Popular Lau (Laus ou Laos); na República Popular de Kampuchea (Cambosja ou Camboja) governada na época pelo Khmer Vermelho. É assim na República Democrática do Congo; República Democrática Popular da Coreia (Coreia do Norte), em Cuba e mais recentemente temos o triste exemplo da Venezuela, vizinha nossa.






Que já foi o país com a melhor qualidade de vida da América Latina e hoje está devastado. Os venezuelanos sofrem com a falta do atendimento de suas necessidades básicas de sobrevivência: racionamento de alimentos, produtos de higiene, falta de medicamentos, assistência médica sucateada. O povo está o tempo todo em estado de beligerância e sob um estado de opressão violenta.  






Se a voz do povo fosse "ouvida" nesses governos, a qualidade de vida, expressa pelas liberdades individuais e livre direito de escolha seria plena e igualitária. Haveria total direito de ir e vir, moradia própria com infraestrutura, dignidade e conforto; Educação, Saúde Pública, Transportes de qualidade; Segurança Social e outros serviços públicos. Mas isso não acontece. 






No comunismo não é permitida qualquer expressão, reivindicação ou protesto (individual ou coletivo) que não esteja de acordo com os interesses do governo e por ele autorizado. Qualquer tentativa de manifestação livre é severa e violentamente reprimida. Ao mesmo tempo a revista Forbes apresenta Fidel Castro (líder da revolução libertadora e governante ditador absolutista de Cuba, por mais de 50 anos) como uma das pessoas mais ricas do mundo. E o povo cubano na miséria absoluta, sem voz e sem esperança.






Nos países citados, como aqui no Brasil, as principais lideranças políticas e seus aliados vivem nababescamente, imersos em grande riqueza, sem comprovar a real origem de suas fortunas. Mesmo assim, recebem todo tipo de subvenções disponíveis.






É em um país como a Coreia do Norte, Venezuela ou Cuba que queremos viver...??? É um país assim que queremos para deixar para nossos filhos...??? "Povo que não conhece a história tende a repetir suas desgraças". Pense nisso.









Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho integra a Central de Coordenação e Apoio de Intervencionistas (CCI).




Posted: 19 May 2015 03:25 AM PDT








Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


Por Reinaldo Azevedo






Eis aí uma excelente notícia!


De vez em quando, dá para a gente chegar aqui com uma boa notícia. O Senado aprovou nesta quarta projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que institui o voto distrital nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Atenção! Mais de 200 mil eleitores, não habitantes. São aqueles em que, hoje, há segundo turno na escolha do prefeito. Ao todo, são 84: 24 capitais e 60 outros municípios.






Só para destacar: a votação se deu na CCJ em caráter terminativo. Comissões permanentes, como é a de Constituição e Justiça, têm esse poder. O texto pode agora seguir para a Câmara se não houver recurso contra ele nos próximos cinco dias. Se 10% dos senadores — 9 — apresentarem um requerimento contra a tramitação terminativa, ela terá de ser examinada pelo plenário. 






Ainda que isso aconteça, o projeto de Serra será aprovado. O único que fez oposição aberta ao texto foi Humberto Costa (PT-PE), líder do PT na Casa. Segundo diz, o projeto seria inconstitucional porque violaria o princípio da representação, que estaria contido no Artigo 45 da Constituição. Não viola. A Constituição estabelece o sistema proporcional para deputados federais e estaduais.






Mas o que é o voto distrital? Vamos ver. São Paulo conta com 55 vereadores. Assim, a cidade seria dividida em 55 distritos. Cada um deles escolheria um vereador, que passaria a representar aquela região em particular. Os partidos definem seus candidatos para cada uma das áreas. 






Quais as vantagens desse sistema? Tomemos, de novo, a capital paulista:






1 - a capital tem 8,8 milhões de eleitores, e as centenas de candidatos têm de disputar o seu voto, numa campanha cara e insana;






2 - se a cidade for dividida em 55 distritos, cada grupo de 160 mil eleitores vai escolher um vereador;






3 - em vez de tentar falar a 8,8 milhões de eleitores, os candidatos terão de se ocupar de apenas 160 mil;






4 - o custo da campanha despenca;






5 – quando cada vereador passar a representar determinada área da cidade ou grupo de eleitores, terá de prestar contas permanentemente de seus atos. Ora, isso fará com que o eleitor vigie de perto o eleito. Acabará a amnésia pós-eleitoral. Não raro, o cidadão não se lembra do nome do vereador em quem votou.






Dá-se, assim, um passo importante rumo à efetiva reforma política. O modo de eleger um vereador é regulado por legislação eleitoral ordinária. Não está previsto na Constituição e pode ser mudado por projeto de lei. Há propostas de reforma em debate no Congresso que requerem mudanças da Constituição e que precisam contar com o apoio de três quintos dos deputados e dos senadores, em duas votações em cada Casa. Esse projeto de Serra pode ser aprovado por maioria simples.






Insista-se: o texto muda apenas a forma de eleger os vereadores nas cidades com mais de 200 mil eleitores, mas é uma oportunidade excelente para testar a efetividade do voto distrital. Milhões de eleitores já se adaptariam a ele, com vistas, quem sabe?, a uma mudança na Constituição que introduza o voto distrital no Brasil.






Na conclusão, destaco: entendo por que o petista Humberto Costa se opôs ao texto. O PT quer fazer justamente o contrário do que propõe Serra nesse projeto. O partido quer o voto em lista. Ou por outra: o eleitor escolheria apenas a legenda, e essa legenda definiria quem vai e quem não vai ser parlamentar.






Vale dizer: o projeto de Serra dá um rosto, dá uma cara, dá um corpo ao eleito. Ele terá de permanentemente prestar conta de seus atos aos eleitores. Já o voto em lista inventa o político sem face. Voto distrital: eis uma causa que merece o nosso apoio. É mais democrático, é mais racional e é mais barato. E os políticos não mais poderão se esconder dos eleitores.









Reinaldo Azevedo é Jornalista. Originalmente publicado no blog do autor, na Veja.




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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Polonia by Augusto César Ribeiro Vieira


(95) Vídeos de Isso é Brasil

Fico imaginando como deve ser louvor dos anjos!! Assista e veja o porque!

Posted by Ronaldo Nunes de Lima on Segunda, 24 de junho de 2013

Este vídeo é a minha singela homenagem ao policial Civil do Distrito Federal, Carlos Eugênio Silva, conhecido como Dentinho, morto em um acidente nos EUA.Aproveito para agradecer o Governo e a Polícia Americana pelo exemplo de tratamento e honrarias dispensados a um policial morto. Espero muito que o Governo Brasileiro se espelhe neles e trate esse nosso guerreiro com o devido respeito e admiração em solo Brasileiro.Temos que aprender a reverenciar principalmente o velório de quem põe a vida em risco por nós e por nossos familiares, não apenas as celebridades da TV.

Posted by Marcos Do Val on Quinta, 9 de julho de 2015