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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Entenda o caso Vladimir Herzog




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Entenda o caso Vladimir Herzog






Foto gera controvérsia sobre identidade de preso político
Foto: Divulgação





O jornalista Vladimir Herzog de 38 anos, casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado morto, supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo, em 25 de outubro de 1975. No dia seguinte à morte, o comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de repressão do exército brasileiro, divulgou nota oficial informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava preso.


A versão oficial da morte foi refutada pelos movimentos sociais de resistência à ditadura militar. Uma semana após a morte do jornalista, cerca de oito mil brasileiros participaram de uma missa ecumênica organizada por D. Paulo Evaristo Arns, pelo reverendo James Wright e pelo rabino Henri Sobel.


Três anos depois, no dia 27 de outubro de 1978, o processo movido pela família do jornalista revelou a verdade sobre a morte de Herzog. A União foi responsabilizada pelas torturas e pela morte do jornalista. Foi o primeiro processo vitorioso movido por familiares de uma vítima do regime militar contra o Estado.


No dia 18 de outubro de 2004, o Correio Braziliense divulgou duas fotos que seriam de Herzog em sua cela no DOI-CODI. As imagens seriam inéditas e reforçariam a tese de que o jornalista havia sido torturado antes de ser morto. Na única imagem conhecida até então, Herzog aparecia enforcado.


Clarice Herzog, viúva do jornalista, teria confirmado ao Correio que as fotos seriam mesmo do marido.


O Exército brasileiros divulgou uma nota oficial se posicionando sobre a divulgação das supostas fotos inéditas, que foi mal vista e duramente criticada por movimentos sociais e entidades como a Federação Nacional dos Jornais (Fenaj) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A nota dos militares é a seguinte:

"Á época, o Exército brasileiro, obedecendo ao clamor popular, integrou, juntamente com as demais Forças Armadas, a Polícia Federal e as polícias militares e civis estaduais, uma força de pacificação que logrou retomar o Brasil à normalidade". Afirma, ainda, "que o movimento de 1964, fruto de clamor popular, criou, sem dúvidas, condições para a construção de um novo Brasil, em ambiente de paz e segurança".


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou uma retratação por parte do Exército e do Ministério da Defesa. Assim, no dia 19 de outubro, após reunião entre Lula, o ministro José Viegas e comando militar, general Francisco Roberto de Albuquerque, comandante do Exército, afirmou que a forma como o assunto foi abordado pela sua assessoria não foi "apropriada e condizente com o momento histórico". A segunda nota oficial dos militares afirma que somente a ausência de discussão interna sobre o assunto pode ter sido responsável pela divulgação da primeira nota oficial. "O Exército também não quer ficar reavivando traumas da sociedade brasileira", garantiu o comandante Albuquerque.


Em entrevista à imprensa, no mesmo dia, o ministro da Defesa classificou a primeira nota do Exército de "inaceitável", e disse que a nova versão da nota oficial encerra o assunto sobre o assassinato do jornalista Vladimir Herzog. "Assunto encerrado. Bem resolvido. A nota esclarece definitivamente as coisas ao agravo do presidente da República e do ministro da Defesa", disse.


No dia 21 de outubro, foi divulgado que as supostas fotos inéditas de Herzog faziam parte do arquivo da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e teriam sido divulgadas à imprensa em 1997. Na época, ninguém teria relacionado a foto do homem nu a Herzog.


No mesmo dia, o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, afirmou que a Direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), lhe comunicou "que as fotos publicadas na imprensa durante esta semana não correspondem ao jornalista Vladimir Herzog, morto pela repressão em outubro de 1975". As imagens seriam produto de uma investigação ilegal conduzida em 1974 pelo antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) e que, por este motivo, o nome do homem fotografado não poderia ser divulgado.


No dia 22 de outubro, o perito Ricardo Molina, do Instituto de Pesquisa do Som, Imagem e Texto, da Universidade de Campinas, contrariou Miranda e a Abin sustentando no jornal O Estado de S.Paulo que pelo menos duas das três fotos que estudou são de Vladimir Herzog. Ao mesmo tempo, a viúva Clarice Herzog voltou a afirmar que ao menos uma das fotos é realmente do marido.


Ainda no dia 22, a Folha de S.Paulo publicou uma entrevista com o homem que seria o personagem das fotos divulgadas pelo Correio. Seria o padre canadense Leopoldo d'Astous, pároco durante 31 anos na Igreja de São José Operário, em Brasília, que foi investigado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) de 1972 a 1974 por envolvimento com grupos de esquerda. Ele teria sido fotografado em 1974, um ano antes da morte de Herzog.


Após reunião com o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), Nilmário Miranda, no dia 28 de outubro, a viúva de Herzog, Clarice, voltou atrás em suas afirmações e negou que as fotografias divulgadas fossem de seu marido.











comentários8 comentários
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João Soares12/12/2014, 05h59
Para entender (de forma imparcial) as ações extremas dos militares é preciso voltar a 1935 com o levante de 35 (Luís Carlos Prestes) onde infiltrados no exército os comunistas chegaram a sair em tanques e em carros do exército para tentar tomar o país, foram vencidos graças a não adesão de operários e a resistência da sociedade e dos demais militares, desta forma os militares passaram a fazer uma varredura em seu
plantel para expulsar comunistas, como consequência os militares ficaram cismados a todo indício de comunistas que pudessem estar infiltrados não só no exército como em todos os setores da sociedade, já os comunistas passaram a tentar se infiltrar e influenciar vários setores da sociedade (Faculdades, Mídia, Arte, Movimentos operários, Igreja...etc) para que quando tentassem novamente não tivessem resistência, é por isso os militares eram tão cismados com comunistas (se foi certo ou errado cada um que julgue mas não seja manipulado por meia verdade) 


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Milceir Guimarães de Oliveira27/12/2013, 09h27
PARA TRABALHAR O PRESENTE É NECESSARIO ENTENDER O PASSADO
Vlado Herzog de família judia fugiu da Iugoslávia por causa do nazismo que perseguia os socialistas principalmente judeu que tinha na alma esta ideologia foi para a Itália e depois Brasil. Aqui formou-se jornalista e foi assassinado pela ditadura militar.
As ideias socialistas sempre tiveram uma oposição severa, perversa e assassina orquestrada pelas superpotências que ditam a ordem mundial. Neste desenrolar estas sempre saem ilesas. Para mostrar o desenrolar deste quebra-cabeças vejamos desde o inicio: Em 1945 na Europa culpado o Nazismo. De 1964 a 1990 na América latina culpado a ditadura militar 


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Terra
Marcella Beltrão12/10/2012, 00h12
É triste sabermos que o Brasil passou por momentos tão difíceis na história nacional, durante a ditadura militar. Eram momentos de extrema direita, autoritarismo exacerbado e forte repressão. No entanto, mesmo em um cenário de esfacelamento dos direitos humanos, o povo brasileiro, principalmente, a classe mais jovem mostrou-se disposta à enfrentar a força federal, pois, tinha em mente a conquista do espaço para a sociedade brasileira não apenas no âmbito político, mas na esfera social, restaurando a liberdade de expressão, algo imprescindível para o desenvolvimento de uma nação. 


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olima22/04/2011, 22h50
democracia isso que vocrs gostam mulheres pelada na tv musicas com duplo sentido violoencia sem educaçao sem saude que democracia e essa que voces adoram e o que voces fazem para melhorar eu falo nada bando de hipocritas 


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myla05/03/2010, 13h24
essa ditadura até hoje é uma vergonha para o brasil e essa reportagem só mostra que o brasil sempre vai
ser o mesmo cheio de impunidades e descaso com pessoas que morrem e morreram por causa da ditadura brasileira. 


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welder18/11/2009, 12h41
viva a democracia?
só basta olhar o tetrocesso de Clarice, a viúva de Herzorg, que perceberemos que as coisas por aqui não mudaram. Ela não lembra do seu ex-marido ou teve de esquecer?
porém, o mais importante é olhar pra frente.. 


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junio29/10/2009, 13h23
Foi uma vergonha essa ditadura militar...
Viva a democracia... 


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“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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