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Rachaduras levam medo a sobreviventes do Bumba
Ex-moradores do morro dizem preferir abrigo a prédios tortos
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RAFAEL GALDO (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)
Publicado: 22/03/13 - 5h00
Má qualidade. Conjunto habitacional em construção: rachaduras e construções fora do prumo Marcelo Carnaval / O Globo
RIO — Há três dias, o clima era de uma ansiosa contagem regressiva. Mas desde que viram, estarrecidos, as imagens de rachaduras nos prédios do Minha Casa Minha Vida no Fonseca, em Niterói, para onde deveriam se mudar até meados do ano, a expectativa de sobreviventes da tragédia do Morro do Bumba se transformou em medo. Pelo menos 368 deles vivem há quase três anos em situação precária em quartos improvisados no 3º Batalhão de Infantaria (BI) de São Gonçalo. Mas na quinta-feira, após saberem da ameaça de ao menos dois dos 11 edifícios desabarem, muitos não escondiam a frustração e a desconfiança. E diziam preferir continuar no abrigo do que ir para o novo endereço.
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Um dos que escaparam com vida do deslizamento de abril de 2010 — que deixou 47 mortos e mais de três mil desabrigados —, Luiz Cláudio da Silva ainda lembra bem das quatro noite que passou acordado tentando encontrar corpos entre a lama e o lixo no Bumba. Feridas nas pernas que nunca maissararam são marcas físicas que contribuem para que ele não esqueça a tragédia. E já no abrigo, faz algumas semanas que ele perdeu um filho de dois meses de idade, vítima da pneumonia, uma das doenças que têm acometido crianças e adultos no BI. Mesmo assim, garantia Luiz Cláudio ontem, ele se sentia mais seguro em continuar ali do que ir para a casa própria.
— Tirei 12 corpos de debaixo da terra após as chuvas. Não quero tirar mais vizinhos dos escombros. Depois do que vi dos prédios no Fonseca, tenho medo de levar minha família para lá — dizia ele, destacando o contraste de sentimentos que os sobreviventes das chuvas em Niterói viveram nos últimos dias. — Alguns de nós já planejávamos comprar móveis e eletrodomésticos para a mudança.
Enquanto isso, outros moradores do abrigo falavam em “pânico” e “indignação”, e que bastaram as imagens das rachaduras para reavivar a tragédia em suas memórias. De fato, nem precisava ser engenheiro ou arquiteto para perceber que o medo dos desabrigados se justificativa. No terreno da Rua Teixeira de Freitas, na comunidade do Morro do Castro, onde estão sendo construídos os conjuntos Zilda Arns I e II, as rachaduras podiam ser vistas de longe ontem. Até crianças que brincavam próximo às obras — paralisadas desde que a denúncia dos problemas estruturais foram exibidas pelo RJ-TV, da Rede Globo, na quarta-feira — apontavam assustadas para as construções tortas, fora de prumo.
A própria Caixa Econômica Federal, que liberou a verba de R$ 27 milhões para a construtora Imperial Serviços Limitada erguer os condomínios, admitia ontem que dois prédios (que custaram R$ 2 milhões cada) teriam que ser demolidos — e não mais um, como havia dito no dia anterior. Mas eram perceptíveis que outros blocos também podiam ser afetados. Perto dos dois prédios que serão demolidos, por exemplo, uma construção apenas com andar térreo também tinha paredes tortas, com a base de cimento irregular. E se via áreas afundando em toda a proximidade.
Problemas que, para o engenheiro civil e conselheiro do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio) Antônio Eulálio, podem ter sido causados porque a estrutura da obra seria inadequada ao terreno. Moradores do Morro do Castro contam que, antes, ali era uma espécie de sítio, com muitas árvores frutíferas, como jaqueiras e mangueiras, e uma mina d’água cortando a área. E desde que o local começou a ser aterrado, dizem eles, muitos já estavam temerosos.
Segundo a Caixa, foi uma desestabilização do solo, devido ao excesso de chuvas, que teria provocado as rachaduras. Mas a conclusão final, ressaltou a instituição, dependerá da conclusão dos laudos técnicos que estão sendo feitos pela Caixa, pela construtora e por uma seguradora. Enquanto isso, ainda não está definido um novo cronograma para entrega dos imóveis. Mas se trabalha com a possibilidade de entregar os prédios em etapas, na medida em que sejam concluídos.
Até lá, os sobreviventes do Bumba continuarão no 3º BI, segundo a prefeitura de Niterói, com assistência de equipes de saúde e de assistência social. Em nota, o município afirmou ainda que cabe à Caixa e à empresa responsável a resolução do caso. Mas que dialoga com a Caixa “pedindo empenho na conclusão desse empreendimento com segurança”.
Já na Câmara dos Vereadores, na última sexta-feira o vereador Henrique Vieira (PSOL) entrou com um pedido de abertura de CPI para apurar possíveis irregularidades nas políticas para os desabrigados nos últimos três anos. Pedido que, até agora, conta com cinco das sete assinaturas necessárias.
— As políticas realizadas têm feito com que haja uma reprodução cotidiana da tragédia no sofrimento na vida dessas pessoas (os sobreviventes do Bumba). No 3º BI, as condições são desumanas. Há indícios de irregularidades no aluguel social. Agora, no Zilda Arns, prédios ameaçam cair antes mesmo de ficarem prontos — afirma o vereador.
Uma audiência pública convocada pela prefeitura de Niterói está marcada para a próxima terça-feira, com objetivo de discutir a situação dos conjuntos na Teixeira de Freitas. E, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o presidente da Comissão de Segurança Pública, o deputado Otávio Leite (PSDB), apresentou ontem um requerimento para que outra audiência pública fosse realizada, com a presença do Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do representante da Caixa Econômica Federal e do representante da Construtora Imperial Serviços.
Os problemas em conjuntos habitacionais recém-construídos no Rio, no entanto, não se restringem aos do Zilda Arns. Também em Niterói, outro condomínio, com 180 unidades, no Viçoso Jardim, em frente ao Morro do Bumba, moradores apontavam problemas ontem. Lá, a cada chuva desce terra de uma encosta nos fundos do conjunto, entregue no fim do ano passado. E uma área junto às janelas de dois blocos foi interditada. Já em Duque de Caxias, na Baixada, os condomínios do Minha Casa Minha Vida Santa Helena e Santa Lúcia, no Parque Paulista, foram invadidos pelas águas das chuvas desta semana.
Inundações que já tinham afetado os moradores do Minha Casa Minha Vida do Bairro Carioca, em Triagem, no Rio, que com menos de um anos depois de inaugurado apresenta rachaduras. Já em Realengo, há dois anos moradores dos condomínios Ipê Branco e Ipê Amarelo, do mesmo programa, convivem com afundamento do solo, ladrilhos despencando e infiltrações.
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COMENTÁRIOS (3)
Esta matéria não aceita mais comentários
Eliton Rosa22/03/13 - 19:17
Alô CREA! Boa tarde,acorda! Onde estás? Tão calado igual guri kagado
Shishiro Yamada22/03/13 - 11:44
Taí uma boa logo marca para substituir a barca papagoiaba lotada , a torre de pisa papagoiaba construída para atender a população carente do bumba. O povo de niteroi é comédia non sense, vive chamando a cidade maravilhosa de favela, e niteroi lotada de favela, e quando vai fazer alguma coisa para ajudar o povo carente faz essa droga que deve ter sido feita no sopapo,cadê os engenheiros papagoiabas ? Estão na Barca trabalhando na Guanabara enquanto niteroi se acaba na desventura de viver.
José Marques22/03/13 - 11:29
É sempre assim, com as chuvas de verão vemos cenas como esta acontecerem em todo o Brasil, vemos casos semelhantes acontecerem no Rio, em São Paulo, Minas, no nordeste, no sul, em nosso país não temos programas de prevenção, remoção de famílias de áreas de risco, estudos sérios sobre a geologia dessas áreas, é uma situação que ocorre em todos os estados brasileiros.
Ralph Strazburg22/03/13 - 20:40
Não me diga fake José Marques ou sera Paulista Desiludido, Fagundes, Varella, Descobrindo Paulista Disfarçado, Eduardo Oliveira e outros, todos aqui sabem que você é o mesmo
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